Olá meu povo, como estamos? Aos poucos, o site está retornando às atividades e retomando alguns quadros. E, junto com esse friozinho gostoso que chegou por esses dias, com o outono dando as caras e mostrando a que veio (especialmente aqui no Rio de Janeiro, que o maçarico estava ligado sem dó), deixo com vocês o resumo das leituras de verão.
2024 começou em animado por aqui, mas também um tanto devagar no quesito leituras. Isso porque, como falei no post anterior a este (o de boas vindas), estou em uma fase bem mais calma com minha saúde mental, o que se reflete na velocidade das minhas leituras.
Embora a lista seja menor em relação às edições anteriores, foram experiências muito boas e que logo trago as resenhas completas (da maioria) para vocês conferirem. Mas por enquanto, vejam as opiniões rápidas das minhas leituras de verão, edição 2024:
A Garota dos Olhos Azuis
Autoria: Karin Slaughter
Páginas: 130
Gênero: Thriller
Formato: Digital (disponível no Kindle Unlimited até o momento)
País: Estados Unidos
Nota final: 4,0
Uma linda garota caminha pela rua quando, de repente…
Julia Carroll sabe que muitas histórias começam assim. Bonita, inteligente, dezenove anos e recém-chegada à faculdade, ela deve tomar cuidado. Mas, mesmo com todo cuidado, ainda está apavorada, porque várias meninas estão desaparecendo.
Uma colega sua, Beatrice Oliver, desapareceu. Assim como uma moradora de rua chamada Mona-Sem-Nome. As duas sumiram no meio da rua, sem deixar vestígios.
Julia não quer ser a próxima… Sua única saída é descobrir as razões por trás desses mistérios.
A Garota dos Olhos Azuis é um emocionante e inesquecível prequel do best-seller da autora Karin Slaughter, Flores Partidas.
Esse é na verdade um prequel do que acontece em ‘Flores Partidas’, um romance de thriller psicológico bastante aclamado da autora. No entanto, recomenda-se que o leitor se prepare bastante e tenha estômago forte para muitas cenas que podem ser gatilhos. Em ‘A Garota dos Olhos Azuis’ não é diferente.
Os fatos são narrados em primeira pessoa, pelo ponto de vista de Julia (a vítima em ‘Flores Partidas’). Então temos um vislumbre do que se passava em sua cabeça (com bastante detalhe, aliás) até o momento derradeiro que dá início ao livro propriamente dito.
A escrita da autora é bem fluida e objetiva. Mas isso não me isentou de levar uns socos na boca do estômago, nem de ficar nervosa com as situações que a personagem passava. Confesso que minha curiosidade de conhecer ‘Flores Partidas’ diminuiu um pouco após ler o prequel, pois se com um conto já fiquei agoniada, talvez o outro volume não seja um livro para mim. No entanto, fica a recomendação, se vocês curtem leituras mais fortes e impactantes.
Arsène Lupin e O Triângulo de Ouro
Autoria: Maurice Leblanc
Páginas: 288
Gênero: Thriller
Formato: Impresso
País: França
Nota final: 3,0
Perigos surgem de todos os lados, a todos os momentos. Para se ver livre deles, o capitão Belval precisara da ajuda de alguém excepcional, de ninguém menos que do detetive ladrão, Arsène Lupin. Mas Lupin está morto: ele se jogou no mar do topo de uma rocha… Uma narrativa muito agradável de ler, com reviravoltas e humor. Um enredo bem montado, com um mistério que aguça a curiosidade.
Quem me acompanha há mais tempo, sabe o quanto eu fico panfletando as aventuras de Lupin na internet. Isso porque o personagem me ganhou na inteligência e elegância coma qual resolve seus mistérios. Além disso, a sua personalidade de anti-herói dá um charme a mais nas narrativas e eu me vejo investigando os casos junto com ele, hehe.
Mas também preciso ser sincera e falar que este foi uma grande decepção. Para começar, Lupin demora bastante para aparecer, sendo que ele é o personagem principal. Por ser o mestre dos disfarces, eu criei expectativas e pensava que ele a qualquer momento tiraria a máscara e mostraria que estava lá o tempo todo. Só que não foi bem assim que aconteceu e me frustrei um pouco.
Para substituir o Ladrão de Casaca, o autor colocou um outro personagem tão inteligente (e com senso se justiça) quanto o protagonista – Patrice Belval – que faz um excelente trabalho até a página 2. O rapaz se deixa levar muito pelas emoções e tem umas atitudes que me deram nos nervos.
O que salvava ele era a esperteza e só. Mas bastava Coralie (a mocinha) entrar em cena, que Belval só fazia besteira. Além disso, a trama foi ladeira abaixo quando Lupin dá as caras e surpreende tanto, que o rapaz até então brilhante e bom candidato a parceiro do Ladrão de Casaca, resolveu deixar o “tico e teco” em casa e deixava todo mundo à sua volta nervoso (incluindo Lupin, que eu seguraria para ele dar uns tapas na cara do rapaz metido a Romeu).
Contudo, o mistério central é interessante e o desfecho amarra as pontas de forma satisfatória. Por isso não me decepcionei tanto assim. Mas não é um volume que eu leria novamente.
Antes de Partir
Autoria: Charlie Donlea
Páginas: 224
Gênero: Drama
Formato: Impresso
País: Estados Unidos
Nota final: 4,0
As pessoas que amamos ficam conosco para sempre… às vezes de maneiras surpreendentes. Um ano depois do avião em que o marido viajava desaparecer no oceano Pacífico, Abby Gamble ainda tenta superar a dor da perda. O relacionamento entre ela e Ben era incondicional, profundo, e se fortaleceu ainda mais ao terem de lidar com uma tragédia anos atrás. Abby sabia que Ben iria querer que ela seguisse em frente. Seu primeiro passo foi entrar de cabeça no trabalho, dedicando-se a sua empresa de cosméticos… até que ela conhece Joel, um médico cujo passado é tão repleto de cicatrizes quanto o dela. Joel nunca se perdoou por uma decisão que tomou ainda na infância, que resultou numa fatalidade. Esse evento o fez direcionar todas as suas escolhas de futuro para se redimir do passado. Quando conhece Abby, ele decide se dar uma nova chance, mas Abby ainda resiste à ideia de deixar a história com Ben para trás. No entanto, desde que o avião caiu, Ben busca uma maneira de voltar para Abby. De alguma forma, ele precisa reencontrar a esposa novamente.
Donlea tem me ganhado a cada livro que lança e é evidente como ele vem dando o seu melhor. Quando ‘Antes de Partir’ foi anunciado, eu fiz questão de comprar a edição com os brindes. Mas acabou ficando esquecida na estante, até eu colocar na lista dos 12 Livros para 2024.
Esse volume, ao contrário de todos os que li do autor, não traz tanto um suspense, mas sim um drama. Algo que muito me surpreendeu, já que não é um gênero pelo qual Donlea ficou famoso, e me deixou mais curiosa.
E aqui, meu povo, eu fui arrebatada! Donlea mostrou que também tem uma mão boa para histórias mais séries e emocionantes, me arrancando até as últimas reservas de lágrimas que eu tinha. Passei alguns momentos de vergonha alheia e raiva com uns personagens (especialmente com Ben), mas depois eu entendi o motivo e o plot explodiu minha mente.
Logo trago a resenha desse para vocês entenderem um pouco melhor. Mas caso não tenham lido, recomendo de olhos fechados.
Um Experimento de Amor em NY
Autoria: Elena Armas
Páginas: 490
Gênero: Comédia Romântica
Formato: Digital
País: Estados Unidos/Espanha
Nota final: 3,0
Da mesma autora de Uma farsa de amor na Espanha.
Às vezes o amor só precisa de um pouquinho de inspiração
Depois de largar o emprego como engenheira para focar em sua carreira como autora de romances, Rosie Graham se vê presa em um bloqueio criativo e não consegue escrever uma única palavra do livro novo que precisa entregar à editora. Como se não bastasse, seu teto desaba em sua cabeça. Literalmente.
Desesperada, Rosie decide se abrigar na casa de Lina, sua melhor amiga, que está fora da cidade. O que ela não sabe é que Lina já havia prometido emprestar o apartamento para o primo, Lucas, o crush secreto de Rosie, que ela vem stalkeando há meses pela internet.
A princípio o lugar parece pequeno demais para os dois, mas Lucas sugere que eles o dividam até que ela possa voltar para casa.
E, assim que fica sabendo sobre o bloqueio criativo, ele resolve levá-la em uma série de encontros de mentira para trazer de volta sua inspiração romântica e ajudá-la a entregar o livro no prazo.
Rosie acha que não tem nada a perder com o experimento, já que a estadia dele em Nova York tem data para acabar. Mas quando Lucas começa a agir como um dos protagonistas dos romances dela – um que, em vez de uma armadura brilhante, usa só uma toalha em volta da cintura, tem um sorriso lindo, um sotaque irresistível e ainda sabe cozinhar –, seis semanas começam a parecer um tempo longo demais para manter a atração por ele sob controle.
Desde que li ‘Uma Farsa de Amor na Espanha‘, estava me sentindo órfã do elenco e doida para ler qualquer coisa deles novamente. Quando eu vi que seria a leitura da vez no Clubinho da Pequena Jornalista, aproveitei a oportunidade e tratei logo de comprar o e-book… mas me arrependi amargamente.
A história, ao contrário do que acontece no primeiro volume, é focada em Rosie (a melhor amiga de Lina) que realiza o sonho de conhecer o primo da amiga da forma mais inusitada. Não bastasse isso, eles fazem uma espécie de experimento de relacionamento, para ajudar no processo criativo da mocinha.
Vendo a veia que a autora tem para o cômico, já esperava uma leitura mais fluida e divertida. O que tive, até a página 2. Fiquei bem incomodada com a Rosie, sendo que é uma mulher adulta com mais de trinta anos, mas age como se tivesse 15 em todos os momentos.
Além disso, a autora perdeu a chance de abordar diversos assuntos sérios em relação à saúde mental e relacionamentos. Mas só transformou em uma verdadeira comédia pastelão um tanto ofensiva. Isso me decepcionou bastante e terminei com a certeza de que não quero ler o terceiro volume.
Guerra dos Mil Povos
Autoria: Viktor Waewell
Páginas: 510
Gênero: Ficção Histórica
Formato: Impresso
País: Brasil
Nota final: 5,0
Uma história de amor e guerra durante a nossa maior revolta indígena, com reconstituição histórica fidedigna, pelo autor do best-seller Novo Mundo em Chamas.
Um guerreiro português que vendeu a sua armadura vem ao recém-descoberto Brasil em busca de uma vida de paz, mas encontra o continente em ebulição. Ele viverá uma nova paixão, ao mesmo tempo em que é arrastado para uma guerra de grandes proporções entre fidalgos escravistas e povos nativos aguerridos.
Um épico arrebatador, com personagens cativantes dos dois lados, num contexto cultural fascinante, no melhor estilo “não consigo parar de ler”.
O conflito é um dos nossos momentos mais críticos, com décadas de batalhas em todo eixo Rio-SP: a Confederação dos Tamoios.
O ano mal começou, isso é um fato. Mas posso afirmar com toda certeza: ‘Guerra dos Mil Povos’ foi a melhor leitura de 2024. O autor tem uma escrita bem fluida e os capítulos curtos ajudaram bastante ao me manter imersa na leitura.
Além disso, é interessante como ele mistura fatos reais e fictícios de uma forma que o leitor se pergunta o tempo todo o que de fato é verídico e o que não é. Muitos personagens teriam sido muito melhor se tivessem existido de verdade e deixado sua marca no mundo, pois são de fato incríveis.
Aqui, eu aprendi muita coisa sobre a Confederação dos Tamoios, um dos marcos mais importantes de nossa história. Além disso, fiquei empolgada ao ver diversos costumes e tradições indígenas, que são nossas raízes, mas a gente às vezes nem sabe tão a fundo.
Fora diversos cenários do Rio de Janeiro e São Paulo – pelos quais passo com frequência atualmente – que vejo com outros olhos. Pois sei que foram cenários de decisões imprescindíveis e que marcaram o curso de nossa trajetória.
Terminei esse “tijolinho” com um misto de emoções e com a consciência de que nunca mais serei a mesma pessoa. Logo trago resenha desse também, mas já deixo a recomendação.
O Adormecer do Medo
Autoria: Ala Oliveira
Páginas: 158
Gênero: Drama
Formato: Digital (disponível no Kindle Unlimited até o momento)
País: Brasil
Nota final: 4,0
O adormecer do medo é a trajetória de um menino que, em meio às impressões de sofrimento, muitas delas veladas em seu interior, empreende uma busca heroica em direção ao enfrentamento de antigos e obscuros fantasmas.
É uma mensagem de superação dos próprios medos e descobertas libertadoras.
De todos os que li nesse verão, ‘O Adormecer do Medo’ foi a experiência mais fora da caixinha que tive. Para começar, a narrativa é em primeira pessoa, mas o protagonista é anônimo. Logo, pode ser qualquer um, até mesmo o autor.
Acompanhamos o quanto ele vai mudando conforme cresce, bem como seus medos. O que faz até o leitor refletir sobre o quanto mudou ao longo dos anos e fases da vida.
A história é curta, mas traz uma carga de emoções tão intensa, que surpreende um bocado. Esse também terá resenha em breve, mas precisei de diversos dias para dizer tudo o que senti e acho que ainda não sei definir.
Um Favorzinho do Vizinho
Autoria: Kristina Forest
Páginas: 336
Gênero: Romance
Formato: Impresso
País: Estados Unidos
Nota final: 3,0
E se você se apaixonasse pelo seu autor favorito, mesmo sem nunca ter visto o rosto dele? E se — ainda sem saber sua identidade — ele se tornasse seu vizinho? Um favorzinho do vizinho é uma história envolvente e divertida sobre autoconfiança e se permitir ser amado.
Lily Greene acredita ter muitos motivos para se sentir fracassada: detesta seu trabalho, nunca consegue o emprego dos sonhos e vai a encontros com caras insuportáveis. Desanimada, Lily envia um e-mail para seu autor de fantasia favorito, N. R. Strickland, sem esperança de ser notada… até que ele responde. Da troca de e-mails nasce uma conexão íntima, porém, sem nenhuma explicação, Strickland simplesmente deixa de responder.
Com o coração partido por alguém que nunca viu, Lily decide mudar o rumo de sua vida. Para começar, ela precisa de um acompanhante para o casamento de uma de suas irmãs. E tem certeza de que a pessoa perfeita para ajudá-la na missão é Nick Brown, o vizinho gato, simpático e ótimo conselheiro — e por quem ela sente uma atração inegável. Contudo, após conversar com a tímida vizinha, Nick percebe que os dois já se conheceram antes, porque ele… bom, ele é N. R. Strickland.
Dividido entre a atração que sente pela vizinha e o impulso de se afastar, Nick aceita ajudá-la. Mas esse favorzinho do vizinho pode ser o mais complicado de todos — sobretudo porque Nick não consegue tirar Lily da cabeça.
Lily e Nick vão descobrir que o amor pode estar mais perto do que imaginam. Mas serão capazes de deixar as inseguranças de lado?
Esse livro estava bastante hypado em 2023 e acho que continua assim. Ainda não sei se farei resenha de ‘Um Favorzinho do Vizinho’, mas coloquei para ser a segunda leitura do projeto 12 Livros para 2024 e não acho que vale a fama.
Achei interessante a trama pelo ponto de vista da Lily e do Nick, os quais enfrentam problemas semelhantes no quesito família. Além disso, é um slow burn, então é de se esperar que as coisas aconteçam de forma lenta. Porém aqui senti que faltou sal e pimenta para ficar uma trama mais emocionante.
A Espiã da Realeza
Autoria: Rhys Bowën
Páginas: 272
Gênero: Thriller
Formato: Digital (disponível no Kindle Unlimited até o momento)
País: Reino Unido
Nota final: 3,5
Apesar de ser a 34ª na linha de sucessão ao trono inglês, lady Victoria Georgiana Charlotte Eugenie de Glen Garry e Rannoch – Georgie para os íntimos – está totalmente falida. Para continuar se mantendo, ela tem duas opções: se casar com um príncipe com cara de peixe ou se tornar acompanhante de uma tia idosa e reclusa.
Georgie se recusa a aceitar qualquer um desses destinos deprimentes e decide ir sozinha para Londres em busca de emprego e liberdade.
Mas antes que consiga qualquer uma dessas coisas, é convocada para um chá com a própria rainha, que a incumbe de espionar o príncipe de Gales e sua amante americana.
Enquanto tenta se desdobrar para arranjar um trabalho remunerado e ao mesmo tempo bancar a detetive para Sua Majestade, Georgie chega em casa um dia e encontra, morto em sua banheira, o francês arrogante que estava reivindicando a posse da propriedade ancestral dos Glen Garry e Rannoch.
Agora ela terá que usar seus dotes investigativos recém-descobertos para provar a inocência de sua família e limpar seu sobrenome. Para isso, contará com a ajuda de um avô de sangue nada azul, de uma antiga amiga de escola e de um irlandês bonitão de linhagem nobre porém tão pobretão quanto ela.
A Arqueiro prometeu uma série de mistérios para medroso, com a vibe a la Agatha Christie e Conan Doyle, quando lançou as aventuras da Lady Georgiana. Que eles cumpriram, mas não foi bem do jeito que eu imaginei.
A premissa traz um mistério bem curioso, que eu me diverti criando as teorias e queria bancar a detetive junto da protagonista. Além disso, é interessante ver o outro lado da moeda na Realeza e perceber que nem tudo são flores quando seu sobrenome tem uma linhagem antiga e nobre.
Mas acho que a autora perdeu a mão quando focou na comédia pastelão e esqueceu do principal: o mistério. O desfecho é bem ok, mas não o suficiente para me fazer querer ler a série.
Lugar Errado, Hora Errada
Autoria: Gillian McAllister
Páginas: 350
Gênero: Thriller/Scifi
Formato: Digital (disponível no Kindle Unlimited até o momento)
País: Inglaterra
Nota final: 4,0
São quase duas da manhã na véspera do dia das Bruxas e Todd ainda não chegou em casa, testando os limites do horário estabelecido pela mãe. A preocupação de Jen diminui assim que, da janela, ela vê o filho apontar ao longe na rua escura. Mas seu alívio dura pouco. O pânico toma conta quando ela testemunha o filho esfaqueando um completo estranho.
Ela não sabe quem é a vítima nem por que Todd cometeu um ato de violência tão devastador. Tudo que ela sabe é que a vida de Todd, e a sua, sofreu um grande abalo.
Depois que o filho é preso, Jen volta para casa e, em meio ao desespero, pega no sono. Mas, quando acorda… está no dia anterior. O crime ainda não aconteceu – e pode haver uma chance de ela impedir que aconteça. Todo dia de manhã, quando Jen acorda, está cada vez mais no passado; primeiro, algumas semanas antes do assassinato, depois, alguns anos antes dele. Quanto tempo Jen levará para encontrar o gatilho para o crime terrível cometido por Todd e impedir que ele aconteça?
Uma história sobre o amor de uma mãe e os sacrifícios que é capaz de fazer por um filho, num thriller com uma reviravolta brilhante, Lugar errado, hora errada é um livro sem igual que implora para ser lido de um só fôlego.
Finalmente um suspense europeu que adorei. Normalmente fico com o pé atrás, por achar que são muito lentos e o detetive costuma ser um banana.
Mas aqui, tanto o detetive de verdade, quanto a amadora mandam muito bem e eu fiquei surpresa do início ao fim (ou quase). Acertei boa parte das teorias, o que não foi ruim, mas confesso que esperava um pouco mais de emoção aos 45 do segundo tempo, que não vi.
Além disso, a autora prometeu um suspense com pé na ficção científica. Mas ela só focou em um gênero e esqueceu do outro. Então terminei a leitura com a sensação de “cadê o resto?”, sabe? Ainda assim, é uma boa leitura para um final de semana em casa, ou para sair de uma ressaca literária.
No saldo geral, foram boas leituras, o que muito me animou. Mas uma marca frequente ainda são os livros dentro da bolha EUA X Reino Unido, algo que talvez nunca consiga estourar. Talvez porque a maior parte das minhas recomendações no kindle vem desses países mesmo.
Além disso, a balança ficou equilibrada entre livros físicos e digitais. Algo que dificilmente consigo por aqui. Mas é bom, assim significa que estou desencalhando livros da estante e do kindle em igual proporção, hehe. O mesmo se aplica a livros escritos por mulheres x homens, algo que também me chamou bastante atenção.
A gora me contem: leram bastante nesse verão? Qual leitura você mais gostou até o momento?