28 de January de 2021

Inspirações Literárias | 5 Livros que não leria novamente

Olá meu povo, como estamos? Hoje vou um pouco contra a maré e falar de livros que são maravilhosos, me surpreenderam muito, mas que eu não leria novamente.
Inspirações Literárias | Top 5 livros que não leria novamente
Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna

Não sei se já aconteceu com vocês, mas de vez em quando eu encontro livros que me tiram total da zona de conforto, com personagens cativantes e uma história que me marca bastante. Apesar de ter uma lista enorme de livros para ler, às vezes eu me dou ao luxo de reler a história (agora nem tanto, mas quero mudar isso), só para ter aquele gostinho da trama novamente.
Ao mesmo tempo, tem livros que também me conquistam, tem uma história maravilhosa… mas que basta ler apenas um vez e já tive a minha cota dela para a vida toda. A ideia original dessa postagem eu vi numa TAG do canal da Ju Cirqueira, e resolvi trazer aqui também 5 livros que eu não leria novamente.
Inspirações literárias | Livros que não leria novamente

 

1. Admirável mundo novo – Aldous Huxley

 
Admirável mundo novo | Aldous Huxley
Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna

 

Uma sociedade inteiramente organizada segundo princípios científicos, na qual a mera menção das antiquadas palavras “pai” e “mãe” produzem repugnância. Um mundo de pessoas programadas em laboratório, e adestradas para cumprir seu papel numa sociedade de castas biologicamente definidas já no nascimento. Um mundo no qual a literatura, a música e o cinema só têm a função de solidificar o espírito de conformismo. Um universo que louva o avanço da técnica, a linha de montagem, a produção em série, a uniformidade, e que idolatra Henry Ford. Essa é a visão desenvolvida no clarividente romance distópico de Aldous Huxley, que ao lado de 1984, de George Orwell, constituem os exemplos mais marcantes, na esfera literária, da tematização de estados autoritários. Se o livro de Orwell criticava acidamente os governos totalitários de esquerda e de direita, o terror do stalinismo e a barbárie do nazifascismo, em Huxley o objeto é a sociedade capitalista, industrial e tecnológica, em que a racionalidade se tornou a nova religião, em que a ciência é o novo ídolo, um mundo no qual a experiência do sujeito não parece mais fazer nenhum sentido, e no qual a obra de Shakespeare adquire tons revolucionários. Entretanto, o moderno clássico de Huxley não é um mero exercício de futurismo ou de ficção científica. Trata-se, o que é mais grave, de um olhar agudo acerca das potencialidades autoritárias do próprio mundo em que vivemos.

 

 
Skoob | Amazon Resenha

 

 Eu li esse livro junto com a Babi, do Meu mundinho quase perfeito. Foi um livro que gostei num primeiro momento, por ser um clássico do scifi, com uma visão de futuro crível, se pararmos para pensar sobre alguns aspectos abordados ao longo do texto.
É um livro que eu até recomendo para quem busca conhecer os clássicos do gênero, mas eu já tive a minha cota desse livro, acho que especialmente pela versão dele que encontrei, que não ajudou muito na leitura, que já era difícil por si só.

 

2. O circo mecânico – Genevieve Valentine

O circo mecânico | Genevieve Valentine
Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna

 

 

Respeitável público, o Circo voltou!
Num mundo pós-apocalíptico, onde as pessoas não tem mais acesso à tecnologias de ponta, uma caravana circense leva esperança por onde passa. Os artistas são sobreviventes de guerra, que tiveram seus corpos mutilados reconstruídos com complexas estruturas mecânicas.

 

 
Skoob | Amazon Resenha

 

 Essa foi minha primeira leitura do ano, pelo projeto #12livrospara2021. Apesar de ter lido há pouquíssimo tempo, ter feito elogios à trama, especialmente por ter mudado de opinião sobre ele nos últimos 45 do segundo tempo, ainda assim não é um livro que eu leria novamente. Isso porque é um livro daqueles que vou levar para o resto da vida, como um dos mais estranhos que já li e que me marcou o suficiente.

 

3. Garota exemplar – Gillian Flynn

 

Garota exemplar | Gillian Flynn
Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna
 

 

Desde sua publicação, em 2012, Garota exemplar tornou-se sucesso de público e crítica, alcançando o topo das mais prestigiadas listas de mais vendidos ao redor do mundo e consagrando sua autora, Gillian Flynn, como a mais aclamada escritora de suspense da atualidade. Agora, a trama sobre o casamento que sai tragicamente dos eixos chega aos cinemas, numa superprodução da Twentieth Century Fox dirigida por David Fincher (A rede social e Clube da luta) e estrelada por Ben Affleck e Rosamund Pike. O roteiro é assinado pela própria Gillian Flynn.
O livro começa no dia do quinto aniversário de casamento de Nick e Amy Dunne, quando a linda e inteligente esposa de Nick desaparece da casa deles às margens do rio Mississippi. Sinais indicam que se trata de um sequestro violento e Nick rapidamente se torna o principal suspeito. Sob pressão da polícia, da mídia e dos ferozmente amorosos pais de Amy, Nick desfia uma série interminável de mentiras, meias verdades e comportamento inapropriado. Ele é evasivo e amargo mas seria um assassino? Ao mesmo tempo, passagens
do diário de Amy revelam um casamento tumultuado mas ela estaria contando toda a história?
Alternando entre os pontos de vista de Nick e Amy, Flynn cria uma aura de dúvidas em que o cenário muda a cada capítulo. À medida que as revelações surgem, fica claro que, se existe alguma verdade nos discursos de Nick e Amy, ela é mais sombria, distorcida e assustadora do que podemos imaginar. Magistralmente bem construído do início ao fim, Garota exemplar é um daqueles livros impossíveis de largar e sobre o qual se quer debater assim que a leitura termina.

 

Skoob Amazon Resenha

 

 Esse foi o meu primeiro contato com o gênero thriller psicológico. E devo dizer que já comecei com o pé direito, pois a autora entrou para a lista dos meus favoritos logo depois do primeiro capítulo. A resenha dele também me marcou muito, pois foi uma das primeiras que fiz aqui no blog, talvez por isso eu tenha vontade de refazer, para tirar os spoilers do que eu fui aprendendo a não dar no decorrer dos anos (rsrsrs).
O problema é que, apesar de eu ter curtido o livro, faz tempo que o li e esqueci alguns detalhes importantes para isso. Porém, não foi uma leitura fácil de levar adiante, especialmente pela cabeça da Amy, que me deixou com medo real. Aí eu sempre fico protelando, pois fico nesse impasse de “fazer ou não fazer a resenha novamente, eis a questão”.

 

4. A gárgula – Andrew Davidson

 

A gargula | Andrew Davidson
Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna

 

Um romance arrebatador sobre a queda ao inferno e a busca por redenção – é isso que os leitores irão encontrar em A gárgula, de Andrew Davidson. A narrativa centra-se no surpreendente cruzamento de dois destinos opostos, mas fatal e inapelavelmente unidos: um ator e diretor de filmes pornô com vida desregrada, vítima de um trágico acidente, e uma bela mulher que afirma ter vivido com ele uma história de amor na Idade Média.
Davidson mantém a história atraente intercalando episódios dos dois relacionamentos, o que se passa no presente e é narrado pelo protagonista, e o vivido na Idade Média, muito bem contado por Marianne Engel, a qual também costuma narrar ao amigo belas histórias de amor que superaram a morte, o tempo e a distância.

 

Skoob Amazon Resenha

 

Esse foi um livro que eu não sei muito como definir. Começou com um romance meio doido, depois se tornou crível, mas depois ficou meio doido novamente e com um final que não curti muito. Talvez por saber de tudo isso, e um livro que vai ficar no meu coração como uma grande surpresa literária, já que os protagonistas são incríveis. Mas ainda assim, sei que ficaria decepcionada pela segunda vez lendo aquele final.

 

5. A liga dos corações puros – César Dabus

 

A liga dos corações puros | Cesar Dabus
Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna

 

Antes de explicar a sinopse, já adianto e garanto – mas garanto mesmo! -, que este é o livro mais louco que você vai ler em toda a sua vida. Literatura. Poesia. Espiritualidade. Rock’n’roll. Autoconhecimento. Despertar da Consciência. Meditação. Chakras. Alquimia. A Liga dos Corações Puros é a mistura disso tudo numa coisa só.
Agora, vamos para a sinopse. O universo Flor Estelar vive em intenso conflito. O Exército do Rock’n’roll vs o Exército do Ruído. Esqueça as armas convencionais. Esta é uma história onde atiram Rock’n’roll com instrumentos musicais. Sim, os próprios instrumentos “atiram”. Os ruidosos querem continuar causando desarmonia espiritual para propagar o materialismo, enquanto os roqueiros querem trazer harmonia espiritual de volta ao universo.
E foi nessa sociedade onde Zakzor nasceu. E desde pequeno fora condicionado, robotizado, para servir ao desarmônico sistema do Exército do Ruído. Porém, Zakzor tinha poderes mediúnicos, também conhecido como Intuição. Em outras palavras, sua Voz Interior. E isso era “errado”. Você não podia viver conforme a “sua Voz Interior”. Você devia viver conforme “Voz-do-mundo”, a Voz Exterior. A voz social que te conduz, que te robotiza a fazer aquilo que “foi condicionado como certo”. Ouvindo Intuição, Zakzor chega à Liga dos Corações Puros, onde é recebido por sete mestres que o guiam numa jornada interior de autoconhecimento para o despertar de sua consciência e encontrar a harmonia espiritual dentro de si mesmo.

 

Skoob Amazon Resenha

Logo na sinopse já temos um aviso de que esse é o livro mais louco que você vai ler na vida… e tenho que concordar! Esse foi um livro que conseguiu cuidar de temas religiosos, da sociedade e filosofia de uma maneira que jamais imaginei ser possível, e ficou muito interessante no final.
Acho que, apesar das lições que ele traz sobre vida e espiritualidade, não é um livro fácil de ler num primeiro momento. Ele tem partes arrastadas, repetitivas, e literalmente, muito loucas. Já li a primeira vez, sei que foi uma grande surpresa, até porque fui convidada pela editora a ler o livro, mas é aquele livro que basta uma vez para ter marcar para vida inteira.
E esses foram os livros que eu não leria novamente. Lembrando que, o fato de que eu não queira mais ler, não significa que os livros sejam ruins. Pelo contrário, apenas já deixaram a sua marca e já cumpriram o seu papel na minha vida de leitora .
E vocês, tem algum livro que também gostaram bastante, mas que cumpriram seu papel logo de uma vez? Me contem aí!
Postado por:

Hanna de Paiva

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