Olá meu povo, como estamos? O catálogo da vermelhinha está ficando bem sortido em relação a suspenses e tramas de tirar o fôlego. E hoje estou aqui para compartilhar minhas impressões sobre ‘Refém’, uma das que vi mais recentemente e não me aguentei enquanto não finalizei no mesmo dia!
érie: Refém
Temporada: 1 (minissérie finalizada)
Ano: 2025
Episódios: 5
Duração média: 54min
País: Inglaterra
Onde assistir: Netflix
Refém acompanha a primeira-ministra do Reino Unido, Abigail (Suranne Jones), que se vê em uma situação muito difícil quando seu marido é sequestrado repentinamente. Ao mesmo tempo, a presidente da França (Julie Delpy) começa a receber ameaças e chantagens. Diante da crise, as duas precisam superar as rivalidades e se unir para descobrir quem está por trás das ameaças e tomar uma decisão muito difícil.

Quando Abigail entrou para a política anos atrás, esperava fazer a diferença para seu país. Com o apoio de sua família, aos poucos foi ganhando destaque e não demorou até que conseguisse o cargo que mais sonhava: o de primeira-ministra do Reino Unido.
Como era de se esperar, a conquista foi festejada por muitos. Seu partido a apoia cegamente, assim como o marido orgulhoso. No entanto, como diria o saudoso Tio Ben (entendedores entenderão): com grandes poderes vem grandes responsabilidades. E agora Abigail vai descobrir que suas escolhas, por melhor intencionadas que sejam, têm consequências bem trágicas.
Comecei essa série sem saber absolutamente nada a respeito. Apenas fui atraída pelo cartaz logo que abri o aplicativo do streaming e olhei rapidamente a sinopse. Vendo que tinha elementos que me chamavam atenção, como uma boa intriga política e mulheres no poder, comecei a assistir sem grandes expectativas, querendo apenas passar o tempo.
Mas consegui uma trama que me entreteve e me fez maratonar todos os episódios em um único dia. Algo que nem foi complicado de conseguir, dado que é uma minissérie de apenas cinco episódios.
A trama é narrada em terceira pessoa. Assim, temos uma visão mais geral de todos os eventos. Contudo, o foco principal continua em Abigail e a política inglesa.
É o primeiro mandato da moça e ela está ciente de muitos obstáculos que está para encarar. Em primeiro lugar, ser uma mulher em um cargo tão alto chama atenção de pessoas invejosas (de modo especial, homens inseguros e doidos para arrumar falhas em seu governo).
Mas ela lida com isso muito bem. Afinal, a política não alcançou tantos degraus por pura sorte ou um belo sorriso. Agora, no entanto, Abigail está enfrentando uma crise em seu país sem precedentes.
A situação da saúde no Reino Unido não anda boa das pernas e tudo é motivo para arranjarem furos nas promessas da primeira-ministra. Disposta a conseguir fundos, custe o que custar, Abigail acha melhor pedir reforços para a França, na esperança de manter uma aliança entre países que tem fama de ódio mútuo há séculos.
O acordo teria ido muito bem, não fossem alguns acontecimentos inesperados no meio do caminho. Isso porque o marido de Abigail (médico do Médico Sem Fronteiras) foi sequestrado em uma de suas missões na Guiana Francesa. Os sequestradores não tem grandes exigências, a não ser que Abigail renuncie ao seu cargo publicamente.
A primeira-ministra fica de mãos atadas, ainda mais em um momento tão delicado de seu país. Não bastasse isso, os sequestradores não parecem dispostos a ter paciência com os prazos que deram para Abigail.
Vendo nisso uma chance de ter boas vantagens políticas, a presidente francesa resolve ajudar no resgate. Contudo, os sequestradores não estão para brincadeira e sabem exatamente onde bater para deixar ambos os países sem saída.
Assim, ou Abigail renuncia, ou seu marido não vai voltar para casa. A grande pergunta é se ela vai se render do jeito fácil ou do difícil.

Essa série não está muito conhecida nas redes, pois não vi praticamente comentário algum a respeito dela. Decidi dar uma chance por ser algo rápido, mas não imaginava que iria gostar tanto.
Os episódios são relativamente longos, com quase uma hora de duração. Mas simplesmente não consegui largar. Cada final de episódio dava um gancho que era impossível resistir sem respostas.
O que a produção conseguiu muito bem. Isso porque eu não descansei enquanto não sabia o que tinha acontecido nos bastidores desse escândalo prestes a estourar na mídia.
Conforme iam passando os capítulos dessa história, eu me via curiosa e criando minhas próprias teorias. Ninguém no partido (seja opositor ou não) era confiável. Abigail estava em um ninho de víboras e qualquer passo que dava poderia ser um motivo para ela ser vista como uma vilã.
O mesmo eu posso falar da presidente francesa, que pensava todos os prós e contras de cada passo que dava. Embora eu saiba que exista isso no meio político, não deixo de me identificar com a situação de ambas, por n motivos.
Acho que apenas outra mulher entenderia o que essas duas passam. A pressão é sempre maior do nosso lado e qualquer coisa é motivo para nos chamar de fracas e incompetentes.
Contudo, me admirei bastante com a firmeza delas diante das adversidades, especialmente o caminho que tudo tomou no final. Me surpreendi um bocado com as reviravoltas, mas não tanto quanto eu gostaria.

Sei que a ideia era fechar a trama bem rápido, por conta da quantidade mínima de episódios. Porém, para um capítulo tão longo, acho que tinha espaço para fechar alguns acontecimentos de modo mais completo.
Ainda assim, é uma série que gostei bastante de acompanhar e recomendo. Especialmente se você gosta de histórias mais rápidas, com reviravoltas e barracos políticos.
Texto revisado por Emerson Silva.