Olá meu povo, como estamos? Hoje temos mais uma resenha no Mundinho. Com vocês, a resenha de Assassin’s Creed – Submundo, de Oliver Bowden.
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Foto: Divulgação |
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Livro: Assassin’s Creed – Submundo
Autor: Oliver Bowden
Editora: Galera Record
Ano: 2015
Páginas: 364
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Na Londres de 1862, a cidade sente os efeitos da Revolução Industrial e a primeira estrada de ferro subterrânea começa a ser construída. A descoberta de um corpo nas escavações deflagra o início de um dos mais letais capítulos na contenda entre Templários e Assassinos. Trabalhando disfarçado, um Assassino com segredos obscuros e uma missão para derrotar o quartel-general dos Templários. Logo ele será conhecido como Henry Green, mentor de Jacob e Evie Frye. Por enquanto ele é apenas O Fantasma.
Londres está em desenvolvimento, construindo prédios e realizando sonhos de tantos engenheiros cheios de ideias mirabolantes. Com a chegada de tantos projetos, surgem empregos, o que atrai pessoas de renda mais baixa e que não tem onde morar. Assim temos o surgimento de vários cortiços. Apesar de os cortiços abrigarem pessoas que trabalham horas a fio em construções e fábricas, sempre há outras pessoas com trabalhos meio que escusos.
A polícia está investigando casos de pornografia, que levam a um cortiço, próximo da sede da Metropolitan Railway. Acontece que o principal suspeito é encontrado morto na cena do crime. Quem matou o suspeito fugiu, mas muito provavelmente está ligado a um outro assassinato, que ocorreu nas escavações da Metropolitan. A princípio tratados como casos isolados pela polícia, os casos podem estar ligados um ao outro, assim como podem ser apenas peixe pequeno, perto de toda uma trama que existe por trás das obras da empresa.
Estamos em plena era da Revolução Industrial e a Inglaterra está, literalmente, fervendo com tantas inovações. Dentre inúmeras fábricas que surgem no meio de Londres, temos novidades até mesmo debaixo da terra.
Eis que a cidade inaugurou a mais nova obra, que alguns dizem obstinada demais até, do primeiro trem que passaria debaixo da terra. Sim, você pensou logo no metrô, algo tão comum nas grandes cidades, especialmente Rio de Janeiro e São Paulo.
Mas imagine na época em que até o trem a vapor, passando naquelas pontes belíssimas, ainda causava certo espanto, com linhas chegando até onde nunca se imaginou, e alguém chega e diz que vai passar mais longe ainda, por baixo da terra onde todos moram… Era algo impensado e até motivo de zombaria para muitos empresários, que não acreditavam que isso daria certo.
Mas Charles Pearson tinha um sonho e o levaria adiante, nem que fosse cavando o túnel sozinho. Mas sua empresa alavanca quando recebe a ajuda inesperada de um ser “bondoso”, chamado Cavanagh. Ele se interessa logo pelo projeto e trata de comprar a ideia. Mas o que parecia uma sociedade entre empresários, na verdade tem um outro motivo bem mais obscuro e antigo. A escavação do túnel é de interesse para Cavanagh, já que ele é nada mais, nada menos, que um membro do alto escalão dos Templários.
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Já há muito tempo, desde que Templários e Assassinos existem no mundo, ambas as ordens estão num embate eterno. Isso por conta de certos artefatos, que remetem às primeiras civilizações, que são capazes de poderes inimagináveis, para dominar toda a Humanidade, prometendo inclusive vida eterna a quem possuir tais artefatos.
Desde os primeiros livros da série Assassin’s Creed, os Templários querem usar tais artefatos para espalhar terror no mundo e provar seu poder extremo. Coisa que os Assassinos procuram impedir que aconteça. Vários foram os artefatos, desde o fruto relatado no livro do Gênesis até o Sudário, objeto disputado em Assassin’s Creed – Submundo.
Dizem as escrituras que tal Sudário seria o utilizado para secar o rosto de Jesus e teria propriedades de conferir a vida eterna a quem o possuísse. Isso já é motivo o suficiente para os Templários quererem colocar suas mãos no artefato. O problema é que ninguém sabia onde estava o Sudário, até que uma pista levou o artefato até Londres.
Os Templários já procuravam pelo artefato na cidade há tempos, e foram ganhando espaço em Londres com o passar dos anos. Enquanto isso, os Assassinos perderam força e foram expulsos da cidade, porém ganharam território na Índia. Como os Assassinos estão fora de Londres há muito tempo, os Templários relaxaram um bocado nos cuidados com seus planos, que acabaram vazando para os informantes de Ethan Frye, um Assassino londrino há muito morando na Índia, que ainda remói a ideia de ter que largar sua própria casa para os Templários.
“Não se pode virar as costas para o que se acredita.”
Sabendo dos possíveis poderes do artefato, Ethan sabia do que Cavanagh seria capaz se o tivesse em mãos e precisava impedir que isso acontecesse. Como é conhecido de longa data pelos Templários, Ethan seria um alvo fácil chegando sozinho para investigar o caso. Mas uma ótima oportunidade de conquistar de volta um lugar para a ordem dos Assassinos em Londres, para combater todo o plano dos Templários, seria enviando uma pessoa de confiança, inteligente, e que ninguém conhecesse… Assim, eles enviam O Fantasma, alguém que é revelado logo de cara no livro, mas que em Londres ficará conhecido depois como Henry Green, um simples comerciante indiano.
Sempre vou amar com todo o meu 💓 os três primeiros livros de Assassin’s Creed, que contam a história de Ezio Auditore, na minha opinião o melhor Assassino de toda a série. Mas Submundo não fica muito atrás desses três primeiros livros. Aqui temos Templários envolvidos no que muitos teóricos da conspiração pirariam.
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Eles estão dentro de tantos segmentos da política, Igreja e até entre os criminosos mais perigosos. Do mesmo jeito que os Assassinos se infiltram com uma habilidade de dar inveja a qualquer espião dos filmes de ação. Além disso, pela primeira vez, temos a menção ao Sudário, um dos artefatos que até então, nunca foram nem vistos pelos Assassinos, mas que os Templários tem toda a fé de que existe.
A obra do metrô na realidade é para procurar o Sudário, que estaria debaixo da cidade de Londres. Incertos se vão mesmo encontrar ou não, Cavanagh, o grão-mestre Templário, decide apoiar a obra de Pearson, que inocentemente, realiza seu sonho de atravessar a cidade pelo subterrâneo. Além de grão-mestre Templário, Cavanagh também tem cargo político, o que lhe confere certas garantias de “apagar arquivos” indesejados pelo meio de suas buscas. Acontece que um desses arquivos aparece no meio de uma investigação da polícia, sobre pornografia, envolvendo as esposas de grandes magnatas da época.
Já não bastava ter a polícia em seu encalço, os informantes de Cavanagh descobrem que há um possível Assassino chegando em Londres, mas atende pelo codinome de o Fantasma apenas, sem origem, sem destino, sem nome… apenas um Fantasma sabe-se lá de onde. Se ninguém sabe de onde ele vem, nem para onde vai, qualquer pessoa pode ser o espião dos Assassinos, o que deixa Cavanagh cada vez mais nervoso e capaz de qualquer coisa para conseguir o que quer, mesmo que mate algumas pessoas pelo caminho.
Com o clima de Missão Impossível, temos aqui um plano de alta espionagem por conta dos Assassinos. Vale tudo nesse jogo do poder entre as ordens mais lendárias de que se tem notícia. Com estrategistas perfeitos, Assassin’s Creed – Submundo vai te deixar sem ar em vários momentos. Temos “tiro, porrada e bomba” em vários momentos, muito jogo político e cenários que você nunca iria imaginar que aconteceriam.
O livro é narrado em terceira pessoa e dividido em três partes. A primeira parte conta como começou a relação entre Ethan e o Fantasma. Eles tem uma amizade muito legal, que chega ser quase como de pai e filho. O Fantasma, apesar de ser tratado aqui como um espião super inteligente e blablabla, na verdade tem toda uma história, contada logo de cara. Não tem como não se encantar pelo Fantasma e sua sede de justiça em muitas partes do livro. E vamos ver seus embates com sua consciência várias vezes, durante sua estadia em Londres.
A segunda e terceira partes são sobre todo o jogo de xadrez que envolve a busca pelo Sudário, que ainda é tido como um mito pelo próprio Fantasma. Mesmo com a possibilidade de ser um mito, a questão é que sua simples menção causa mortes de pessoas em busca de poder. Assim fica a pergunta: até onde você estaria disposto para ter poder nessa vida? Acreditaria numa história contada de geração em geração, de um artefato que lhe daria vida eterna? E o que você faria se tivesse vida eterna? Além disso, para ter vida eterna, há rumores que teria que dar algo em troca… o que seria? Você estaria disposto a descobrir?
“Como ele é perceptivo! Talvez também tenha observado que bugiganga ou não, o que importa não são os verdadeiros poderes do artefato, e sim os poderes que se acredita que ele tenha. Sim, pode ser que o que está escondido debaixo da terra seja uma bugiganga antiga que não sirva para nada mais além de encantar velhas senhoras e crianças impressionáveis. Mas, durante séculos, Assassinos e Templários guerrearam por esses artefatos, e todos nós já ouvimos histórias sobre seu grande poder.[…]”
E vendo tantas coisas pelas quais Cavanagh é capaz de fazer em busca de poder, se o Sudário realmente existir, ele não poderia ficar nas mãos de alguém como ele. Assim temos toda a trama que se desenrola, levando anos de disputas, até que os filhos de Ethan, Jacob e Evie, assumem o lugar do pai nessa briga.
Ambos são Assassinos que dariam orgulho ao pai, habilidosos, inteligentes e bem estrategistas. Além disso, eles estão sob os cuidados de Henry Green, o nome que o Fantasma adota ao se instalar em Londres. Tudo está interligado nesse livro e é preciso ler com bastante atenção, para não se perder. Já conheço a escrita do Oliver desde o início da série, mas apesar de sem muita enrolação, ele gosta que a gente se familiarize com os personagens principais. Assim ele dá tanto detalhe, que é preciso respirar fundo antes de seguir com a leitura.
Como tem muito personagem em todos os livros, o que acho legal é que no final de cada volume tem uma lista com o nome e descrição principal de cada personagem citado. Assim, você pode recorrer a ela se esquecer quem era quem. Além disso, tanto os cavaleiros templários, quanto a ordem dos assassinos realmente existiram e eram arqui-inimigos de fato. O que acho mais legal nos livros também é que o autor pesquisou um bocado de fatos históricos importantes que ocorreram na época em que se passam os livros. E sempre dá um jeito de incluir os personagens dos seus livros com pessoas que realmente marcaram seu nome na História.
Como li em versão ebook, posso falar que os capítulos estão bem marcados e a letra legível. A revisão bem feita e os diálogos bem marcados. Além disso, para quem não sabe, Assassin’s Creed é na verdade uma série de livros baseada na série de jogos de video game de mesmo nome, um sucesso mundial. Todos os livros possuem os mesmos nomes dos jogos já lançados. Então, caso não tenham lido o livro, talvez os nomes lhe sejam familiares pelos jogos já observados a venda em lojas ou sites de games. Para quem quer saber mais, esses são todos os livros da série de Assassin’s Creed que já li até o momento:
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Foto: Divulgação |
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Apesar de serem oito livros nessa série original, muitos fatos parecem estar interligados, já que seguem uma ordem cronológica, vinda desde a Renascença até o século XIX. No entanto, é possível ler os livros em separado, sem seguir a ordem certinha e sem interferir muito na história principal de cada livro.
Já conheciam Assassin’s Creed? Me contem aí!