Olá meu povo, como estamos? Hoje temos mais um Cult no ar, contando como foi minha visita ao Museu Naval, uma das atrações da Marinha do Brasil aqui no Rio de Janeiro.
|
Foto: Erik Lourenço/Mundinho da Hanna |
Localizado no Centro do Rio de Janeiro, nas proximidades da Praça XV, temos algumas instalações da Marinha do Brasil, as quais são abertas à visitação. Nosso colunista Erik Lourenço já nos apresentou o passeio marítimo, que é oferecido pelo Espaço Cultural da Marinha.
Mas o que muita gente não sabe é que além desse espaço cultural, que nos leva a conhecer o museu que tem na Ilha Fiscal, existe um outro museu, o Museu Naval, que fica mais escondidinho em meio a prédios enormes, já na área mais jurídica da cidade, podemos assim dizer.
Localizado em um prédio centenário no centro da cidade do Rio de Janeiro, o Museu Naval possui, em seu acervo, modelos navais, obras de arte, canhões resgatados de navios naufragados, figuras de proa, medalhas e documentos históricos.A exposição de longa duração O Poder Naval na Formação do Brasil ocupa sete salas do pavimento térreo do museu e destaca a importância do Poder Naval na história do País.No segundo andar, há duas áreas expositivas: uma com ambientação reproduzindo a fachada da casa do Almirante Tamandaré e outra para exposições temporárias.O Museu Naval possui ainda uma Sala de Ação Educativa, onde ocorrem peças teatrais e atividades de arte-educação para o público infanto-juvenil.No Pátio d’Armas, há um móbile com mais de 50 pássaros representando aves que sobrevoam os mares do Brasil e, no piso, em grandes vitrines, são encontrados um torpedo B-57, de 1894, e uma mina utilizada na Segunda Guerra Mundial. [Fonte]
Quem olha num primeiro momento, acha que é apenas um prédio administrativo da força armada. Mas ao chegarmos mais perto, os próprios marinheiros que ficam tomando conta da porta nos convidam a conhecer o museu deles.
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
E ao entrar, temos uma verdadeira volta no tempo, com um prédio lindíssimo e clássico por dentro. Além disso, podemos conhecer de forma bem atrativa a história de nossa Marinha.
O museu é todo dividido em ordem cronológica, contando desde a chegada dos primeiros colonizadores europeus até os dias de hoje. E nessa volta no tempo, vemos como era a relação dos índios com os europeus, os principais personagens de cada época, assim como observamos a evolução das embarcações e armas utilizadas para defender o Brasil de outros conquistadores.
O que achei mais interessante é que as salas são repletas de escadas, as quais podemos subir. Então temos uma visão de dois ângulos das salas, o que dá uma visão mais panorâmica da organização que fizeram.
Minha única reclamação é que o museu é bem escuro, então mesmo que as fotografias sejam permitidas (embora sem uso de flash), elas não ficam tão legais quanto o museu é visto pessoalmente. 😕 Agora não sei se o fato de ser escuro tem a ver com o que vimos no Palácio Itamaraty, a questão da rede elétrica antiga demais e o risco de pegar fogo, igual aconteceu no Museu Nacional, ou se a ideia é que ele seja escuro mesmo em algumas salas e outras não.
|
Foto: Erik Lourenço/Mundinho da Hanna |
|
Foto: Erik Lourenço/Mundinho da Hanna |
Falando da exposição propriamente dita, achei bem legal a forma como foram organizadas todas as salas. Ficou muito legal, as vitrines são autoexplicativas e nos sentimos de fato num túnel do tempo. E, como é uma ideia de túnel do tempo mesmo, temos várias gravuras relatando como foram as principais batalhas que enfrentamos, em especial aqui no Rio de Janeiro. E com o passar das vitrines, me senti uma criança, “querendo todos os brinquedos”, pois as réplicas em miniatura dos navios, desde as caravelas até as embarcações “ditas mais modernas” para a época estão incríveis. Dá vontade de levar para casa e colocar na estante. Acho que colecionadores iriam gostar um bocado dessa exposição.
A exposição toda é dividida em sete salas:
Sala 1 – Rumo à terra pressentida
Nesta sala são representadas as grandes navegações realizadas pelos portugueses, incluindo o descobrimento do Brasil pela segunda Armada que Portugal enviou à Índia. O Brasil foi descoberto por mar; e a defesa dos núcleos de colonização dependeu do Poder Naval de Portugal.
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
|
Foto: Erik Lourenço/Mundinho da Hanna |
Sala 2 – Intrusos e invasores
Nesta sala temos a história de vários corsários, piratas e outros intrusos que desafiaram os interesses ultramarinos de Portugal durante os séculos XVI, XVII e XVIII. Os invasores vieram por mar:
1. Franceses no Rio de Janeiro;
2. Franceses no Maranhão;
3. Holandeses, ingleses e irlandeses no Pará;
4. Holandeses na Bahia;
5. Holandeses em Pernambuco.
|
Foto: Erik Lourenço/Mundinho da Hanna |
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Sala 3 – Expansão e Independência
Aqui, temos a história da expansão do território brasileiro rumo ao sul. Com o retorno da família real a Portugal e Independência do Brasil em 1822, a Marinha do Brasil, recém-criada, levou a independência até as províncias que ainda não haviam aderido a ela, como Maranhão, Pará e Cisplatina (Uruguai, que era território nosso).
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
|
Foto: Erik Lourenço/Mundinho da Hanna |
Sala 4 – Poder Naval como instrumento de política nacional
Após a Independência, o Poder Naval brasileiro foi empregado como instrumento de política nacional do Império, projetando o poder militar para debelar rebeliões que poderiam ter fracionado o Brasil. Nesta sala, temos uma homenagem ao Barão de Tamandaré, um dos patronos da marinha.
Salas 5 e 6 – Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai
A Guerra da Tríplice Aliança foi o maior e mais sangrento conflito da América do Sul. E o papel da Marinha foi muito relevante essa questão, já que os principais meios de comunicação estavam entre os rios da região, o Paraná e Paraguai. Aqui temos também a história da Batalha do Riachuelo, que garantiu o bloqueio do Paraguai.
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Sala 7 – Emprego permanente do Poder Naval
A Marinha participou da Primeira Guerra Mundial através da Divisão Naval de Operações de Guerra, cuja tarefa era o patrulhamento de um trecho da costa africana. Já na Segunda Guerra Mundial, o papel da Marinha foi de proteger os comboios dos navios mercantes, que asseguraram o abastecimento das cidades brasileiras.
Além disso, essa sala representa o emprego do Poder Naval em tempos de paz. Aqui temos as imagens de ações da Marinha patrocinadas pela ONU e OEA.
|
Foto: Erik Lourenço/Mundinho da Hanna |
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
O museu é incrível, não tenho outra palavra para descrever. Fora que era um sonho antigo conhecer o local, já que eu sempre soube que existia, porém nunca o achei de fato. Acho que ele ser escondidinho num prédio de fato administrativo me fez passar por ele tantas vezes, sem enxergar que era o que eu tanto procurava (rsrsrs).
Por fim, temos o Pátio d’Armas, onde podemos ver um torpedo datado de 1894 e uma mina da Segunda Guerra Mundial. Além disso, temos um mobile com várias aves, que representam a avifauna dos mares do Brasil. Ele é enorme e dá para ser visto de vários ângulos.
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
|
Foto: Erik Lourenço/Mundinho da Hanna |
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
|
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Para quem quiser visitar o Museu Naval, a entrada é 0800, e funciona de terça a domingo, das 12h às 17h.
E esse foi o passeio de hoje. O que acharam? Já conheciam/ouviram falar do Museu Naval? Me contem aí!
|
Foto: Erik Lourenço/Mundinho da Hanna |
Até mais! 😉