Olá meu povo, como estamos? Hoje eu vou falar sobre uma série que vi há pouco tempo, O preço da perfeição, que tem a primeira temporada completa no catálogo Netlix.
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Ficha técnica
Série: O preço da perfeição
Gênero: Drama, Suspense
Ano: 2020
Episódios: 10 (60min em média)
Temporadas: 1 (em andamento)
País: EUA
O Preço da Perfeição (Tiny Pretty Thing) acompanha os desafios enfrentados por dançarinos da Archer School of Ballet, a única academia de elite de Chicago. Os alunos têm uma variedade de perfis e origens, mas todos compartilham o mesmo talento e paixão pela dança.
Quem olha um espetáculo de balé, vendo aqueles bailarinos maravilhosos no palco, mostrando seu talento, é impressionante. Mas já parou para pensar no que acontece nos bastidores? Como são escolhidos os primeiros bailarinos, como são os ensaios?
Tendo amigos bailarinos e ouvindo seus depoimentos, não é nada fácil ser um atleta de elite, dançando 8-10h por dia e ainda ouvir que os passos não estão bons os suficiente para estar no solo. Mesmo assim, a dança é para muitos um motivo de viver. Principalmente para os alunos da Escola Archer, a melhor escola de Chicago.
Não é todo mundo que entra lá, e os que entram fazem de tudo para permanecer na escola… tudo mesmo. A série começa com uma tentativa de homicídio, quando a primeira bailarina, Cassie, cai da sacada do prédio da escola.
Quem queria matar a menina? O que ela fez antes do evento? Todos são suspeitos, todos podem mentir, e todos são bem talentosos em guardar segredos da pior espécie.
É nesse clima de suspense, de “quem é o culpado”, que começamos O preço da perfeição. O que chama atenção logo de cara é que o fato de Cassie estar fora dos palcos abre espaço para um novo aluno.
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Assim conhecemos Neveah, a nova bolsista da escola, que já chega chamando atenção por seu estilo contemporâneo de dança, num lugar onde só se dança balé clássico. Neveah é negra, pobre e sabe que precisa lidar com o preconceito em toda esquina, principalmente no palco. Aos poucos, ela vai conquistando os outros alunos, ouvindo e vendo vários segredos, que podem ser usados no futuro, caso precise de uma carta na manga.
Isso porque, apesar de aparentemente ser uma dos mocinhos, Neveah parece ser bem indecisa no meio do caminho. Não apenas ela, mas todos os alunos daquela escola parecem ser bem indecisos. Confesso que tentei gostar da série, até porque era uma pegada que já era batida, mas que eu gosto, que é a de investigação policial.
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Mas não foi bem o que eu estava esperando. Levando em consideração que o elenco é basicamente de adolescentes e que estão na escola (no final do curso, eles saem com o diploma equivalente de formação no Ensino Médio), não entendi o motivo de só terem aulas de balé o tempo todo e não verem uma outra disciplina de Ensino Básico.
Tudo bem que o sistema de ensino é diferente nos países, mas achei esquisito que eles só poderem dançar e nada mais, até porque são menores de idade. Aqui no Brasil, atletas de elite são obrigados a manter as notas altas na escola básica, se não ficam fora das competições… Achei estranho eles não serem cobrados por isso também, mas vida que segue.
Se fosse só esse ponto, eu até relevava, mas a série inteira me incomodou em muitos pontos. Um deles era o comportamento dos próprios suspeitos do crime. Como adolescentes, é esperado que eles sejam um misto de pessoas imaturas com momentos de maturidade. Eles moram na escola, isso por si só já dá um certo toque de liberdade, mesmo que tenha uma inspetora que deve fiscalizar os atos deles e impedir que certas coisas aconteçam, principalmente dentro dos quartos.
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Mas acontece o tempo todo e fiquei incomodada que a série parecia só querer focar nisso o tempo inteiro, e fazia com tantos detalhes, que me perguntava onde estava o esperado mistério, que parece ter ficado em segundo plano. A personalidade deles me dava nervoso a todo momento, especialmente Bette e Neveah. Bette é aquela filhinha de papai que nasceu em berço de ouro. Tem tudo que quer, na hora que quer.
Mas vive incomodada por ser sempre a sombra da irmã mais velha, Delia, que tem sempre os holofotes virados para ela, desde que se tornou a namorada de Ramon Costa, um coreógrafo super famoso. Isso faz com que elas vivam disputando posição dentro da escola. E quando Bette não consegue, se vinga nas outras meninas com quem treina.
Quem olha de fora, pensa no quanto ela é nojenta e sem coração, mas não imagina o quanto ela é cobrada pela própria família para ser sempre a melhor em tudo. O mesmo vemos em vários alunos, que são cobrados eternamente para serem perfeitos, mesmo que isso te quebre alguns ossos no caminho.
Neveah cai de paraquedas no meio disso tudo, vai descobrindo que nem tudo brilha a purpurina ali dentro e quer fazer algumas mudanças. Mas o tempo todo me perguntei o que realmente ela tava fazendo. Ora queria ser a heroína que salva os coleguinhas, mas depois ela simplesmente perde toda a coragem e age como se fosse uma donzela indefesa. Tentei gostar dela, afinal era uma das protagonistas, mas não consegui.
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Outra que me fez querer viajar até Chicago e dar umas aulas de como investigar era a policial Isabel. Ela cisma que quer descobrir o que aconteceu na noite em que Cassie caiu e porque a escola age tão normalmente. Mas ela simplesmente não sabe investigar nada. Esse é o resumo da personagem. Ela tem os seus fantasmas, que aos poucos vamos descobrindo, conforme passam os episódios.
Mas parece que ela fica tão presa no passado, que esquece de olhar para o presente e fazer o trabalho dela direito parece estar fora de cogitação. Ai, nem sabe o que tá fazendo, mas não quer largar o osso para os detetives mais experientes resolverem logo isso.
Por mais que ela não tenha experiência com isso, tinha coisas que, até eu que só tenho experiência de ler Poirot e Sherlock Holmes, e ver alguns episódios de CSI, achei óbvias, mas ela simplesmente deixava passar batido, porque era… sei lá o que era… normal é que não era!
A escola Archer também parece ser envolta em segredos, um mais cabeludo que o outro, e a queda de Cassie da sacada foi apenas a pontinha do iceberg que Monique Debois esconde no nariz de todo mundo. Essa série veio para mostrar que não é apenas no cenário político que a politicagem acontece. Até no meio da arte você pode ver esquema de corrupção, chantagem, desvio de dinheiro e até casos piores, como pedofilia e estupro.
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Porém, uma série que vinha com um nível tão alto de assuntos a serem abordados, poderia ter tido um carinho a mais na hora de abordar nos episódios. O que eu vi foi uma série que tem, por incrível que pareça, episódios bem fáceis de maratonar, já que você vai embalando no ritmo da música e das coreografias maneiras.
Mesmo assim, ela não me cativou como eu esperava que cativasse, já que os personagens ficaram muito superficiais e a própria série, que tem segunda temporada em andamento, já estreou cheia de furos bem visíveis, até para quem não conhecia bem a história antes, como eu. Para quem não sabe, ela é baseada num livro homônimo, que parece ter sido um sucesso de vendas lá fora.
E pelo que li em outros lugares, a série realmente não agradou quem conhecia a história pelo livro. Sendo assim, talvez eu dê uma segunda chance à trama, pelo tradicional papel e tinta. Pois pela série, só vi personagens confusos, furos sem explicação e que me deixaram confusa também e com raiva por uma empresa que já fez séries tão incríveis, e de repente caem assim, como se fosse a primeira tentativa de uma série.
Já que estão fazendo uma segunda temporada, minha esperança é que ela seja mais amarradinha e que não fiquem tantos furos assim. Por enquanto, só posso dar 3 estrelinhas para ela. Foi uma premissa boa, mas faltou bastante sal e algumas coisinhas para dar uma liga.
Alessandra Salvia
Oi Hanna,
Eu não consegui sair do episódio 3… não foi uma série que me empolgou muito, acho que não tem nenhum personagem que me conquistou, sabe? Ainda não desisti, mas não sei quando retornarei!
beijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Luciano Otaciano
Oi, Hanna. Como vai? Que pena que o seriado tenha faltado elementos pars tornar-se atrativo. Ótima resenha. Abraço!
https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Cida
Oi Hanna! Que pena não ter sido uma produção que empolgou você, a premissa é até boa, mas pelo visto não foi bem trabalhada. Esta série eu não fiquei com vontade de ver. Bjos!! Cida
Moonlight Books
Sil
Olá, Hanna.
Eu gostei da série. Não estava esperando muito e o mistério me prendeu. Mas achei que teve muitas cenas de sexo e faltou desenvolver outros assuntos. Gostei bastante da sua análise.
Prefácio
Hanna Carolina Lins
Super te entendo, viu? Eu continuei porque não me conformava que iria ficar só naquilo, sabe? rsrs Mas acabou ficando… quem sabe na segunda temporada eu curta mais…
Hanna Carolina Lins
Obrigada
Hanna Carolina Lins
Pois é menina, eu fui cheia de expectativas e me dei mal… =/
Hanna Carolina Lins
Acho que meu problema foi esperar demais, viu? Eu também achei que poderiam ter economizado nas cenas de sexo e focado mais no mistério, que era o centro da série afinal…
Jovem Jornalista
A partir de sua resenha, acredito que não assistirei essa série. Parabéns pela resenha tão bem escrita.
Boa semana!
O JOVEM JORNALISTA voltou do Hiatus de verão cheio de novidades e posts novos!
Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia
Ariane Gisele Reis
Oi Hanna, tudo bem?
No geral eu gostei da série. A premissa é boa e como você falou ela é fácil de maratonar. Assim como você senti falta de aspectos mais reais na obra, como eles frequentando a escola e mais cenas se passando fora da academia.
Não gostei da protagonistas também, achei tanto a Bette como a Neveah insuportáveis. Acho que faltou um pouco de construção nos personagens, mas estou curiosa para assistir a segunda temporada.
Beijos;***
Ariane Gisele Reis | Blog My Dear Library.
Hanna Carolina Lins
Espero que eles arrumem isso na segunda temporada, vamos torcer! =)
Hanna Carolina Lins
Obrigada! ^^