Olá meu povo, como estamos? Hoje temos resenha de mais um conto nacional, escrito por Henrique Duarte.
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Obs. Conto lido em parceria com a editora Crônicas Fantásticas.
29/24
Livro: Conflitos noturnos
Autor: Henrique Duarte
Editora: Confraria Crônicas Fantásticas
Ano: 2021
Páginas: 32
Uma jovem teme atravessar os limites do pequeno cômodo onde se sente isolada e confortável. Em meio a sonhos e pesadelos, suas emoções entram em conflito para decidirem qual atitude irá tomar. Abandonar a segurança ou arriscar-se em um lugar desconhecido?
Esse é o conto mais inusitado que já li pela Confraria. Ele simplesmente se passa… dentro do quarto, ou melhor, dentro da cabeça da menina que dorme no quarto!
Ella é uma menina que tem medo de sair do próprio quarto, pelo que entendi, por ter alguma espécie de fobia, que a impedia de sair da cama.
Apesar de ter todo o cuidado das pessoas com as quais convivia, seu medo ainda era bem grande. E é dentro da cabeça dela que estão os protagonistas dessa história, o Medo e a Imaginação.
Apesar de conhecermos popularmente com esses nomes, eles são entidades poderosas e antigas, chamados pelos nomes de Fadurk (Medo) e Oldara (Imaginação).
“É uma amizade como qualquer outra, na qual os amigos gostam da companhia um do outro, mas brigam por não concordarem com tudo que o outro faz ou pensa.”
Fadurk, é um espírito brincalhão, que gosta de mexer com a mente das pessoas, especialmente as jovens. E escolheu Ella para ser a “vítima da vez”.
Mas ele não sabia que, naquela noite, Ella havia pedido ajuda a outro espírito antigo, a estrela de Meross, um espírito em forma de felino, que atendeu aos pedidos de Ella e veio para defendê-la de qualquer coisa que Fadurk poderia fazer.
Enquanto Ella acha que pegou no sono e está sonhando, espíritos antigos estão lutando ferozmente em seu quarto, protegendo e velando pelo seu sono.
Embora sejam apenas sombras num primeiro momento, é uma batalha épica, que me pergunto se isso não poderia acontecer com todos nós em algum momento.
Não que realmente tenham as formas que são descritas no conto, mas que acontecem dentro de nós mesmos.
“Verdadeiras ou não… Ou melhor dizendo: Lembradas ou Imaginadas, todas as histórias dependem de nós para existirem. Ou será que nós é que dependemos delas?”
Eu gostei bastante da forma como o conto foi conduzido, narrado pela visão de Oldara, que também é conhecida como Contadora de Histórias.
Achei curiosa a apresentação da estrela de Meross, que se apresenta com tantos títulos, que me lembrou Daenerys de GOT.
Por outro lado, Fadurk tem uma aparência interessante, já que gosta de aparecer com a forma que atemoriza a grande maioria das pessoas: a morte.
Eles podem ser invisíveis aos nossos olhos, mas são tão poderosos, que nos moldam e controlam o tempo todo, o que torna a narrativa interessante e até reflexiva.
Afinal, o medo pode ser tão grande, que nos paralisa. Aos poucos, vamos vendo essa batalha e quem vence, cujo prêmio é Ella, a mocinha que apenas está dormindo, mas tem uma mente inquietante naquela noite.
Essa foi a primeira vez que li um conto do Henrique e gostei bastante da escrita dele. É fluida, direta e sem rodeios.
Diz logo a que veio, detalha apenas o suficiente e parte logo para a ação. Já me ganhou na agilidade (rsrsrs).
Além disso, gostei bastante dos personagens, que são algo, ao mesmo tempo comuns, e fora da caixinha.
Normalmente quando se trabalha com medo em literatura, eu nunca tinha visto ele retratado como uma entidade, o que me chamou atenção e me fez ver que realmente, não há limites para uma mente criativa.
Achei a premissa sensacional e, apesar das poucas páginas, o conto tem um começo, meio e fim bem marcadinhos.
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
O final é aberto, mas satisfatório, já que é um conto e dá-se a entender que haveria mais coisas. Mas o que mais me chamou a atenção foi que o autor explicou em poucas palavras o motivo de ter um final aberto.
Acho que nunca tinha visto isso em leitura nenhuma que fiz na vida e achei muito criativo, pois foi uma bela forma de dar um fechamento para a história, sem dar aquela sensação de “cadê o resto?” que poderia ficar em obras curtinhas.
Falando sobre o livro em si, a capa faz jus ao conto, já que mostra o cenário da batalha épica, que é o quarto de Ella, com as sombras, lutando.
Além disso, a revisão está bem feita, a edição maravilhosa, como sempre, e a fonte bem legível.
Para mim, foi uma ótima leitura, bem rápida e tranquila, que dou nota máxima pela combinação final e criatividade.
E aí, o que acharam? Me contem aí!
Luciano Otaciano
Oi, Hanna. Tudo bem? Parece um conto excelente, não é mesmo? Que bom que você gostou. Gostei da capa dele. Abraço!
http://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Giovana Oliveira
Oi!
Adorei a proposta do conto, pois me lembrou bastante das maluquices que eu assisti na série Legion! Fiquei curiosa com essa coisa de final aberto e satisfatório, pois eu sou bem chata com finais abertos.
Beijão
https://deiumjeito.blogspot.com/
Jessica Andrade
Oi Hanna,
Adorei conhecer mais do conto.
O final aberto pela temática inserida nele acho que deve ser bem necessária. Fiquei curiosa com a criatividade do autor.
Bjs e um bom fim de semana!
Diário dos Livros
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Alessandra Salvia
Oi Hanna,
Que diferente, parece angustiante!
Não conhecia a obra e acho que o final aberto não me incomodaria não, até gosto desse gancho que nos deixa pensando sobre a história.
beijos
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Hanna Carolina Lins
Gostei sim Luciano! ^^
Hanna Carolina Lins
Sério? hahaha
Vou conferir essa série depois então.
Hanna Carolina Lins
Concordo, se encaixou bem aqui o final aberto.
Hanna Carolina Lins
Sim! Foi um conto bem diferente mesmo Ale. Mas recomendo, mesmo assim. ^^
Sil
Olá, Hanna.
Achei a ideia do conto muito legal, não lembro de ter visto em nenhuma história ainda. Mas não sei se leria porque sou meio medrosa e depois vou ficar pensando na hora de dormir hehe. E tem finais abertos que são satisfatórios sim, assim como finais fechados mas que ficam um monte de ponta solta.
Prefácio
Hanna Carolina Lins
Ah, super te entendo, eu também sou super medrosa, hehehe.
Mas esse em especial não me deu medo, então acho que pode ler tranquila, ;).