21 de October de 2017

IDY de Setembro: Cemitério de Dragões

  Olá meu povo, como estamos? Hoje é dia de resenha do desafio literário I Dare You aqui no Mundinho (finalmente). Para variar, estou meeeeeega atrasada e o livro é o representante do mês passado, do tema “Livro com dragão na capa”, mas que acabou se encaixando também no tema “Autor brasileiro” (rsrsrs).

Cemitérios de Dragões

  Sim, estou falando de Cemitérios de dragões, o primeiro volume da trilogia Legado Ranger, do autor brasileiro Raphael Draccon. Vem ver! 😉



Cemitérios de Dragões
Hanna Carolina/Mundinho da Hanna

Livro: Cemitérios de Dragões

Autor: Raphael Draccon

Editora: Fantástica Rocco

Ano: 2014

Um fenômeno desconhecido faz cinco pessoas, sem qualquer conexão e espalhadas pelo planeta Terra, acordarem em diferentes regiões de uma realidade devastada por um império de reptilianos e assolada pela escravidão. Os cinco iniciam uma jornada em busca de respostas para sobreviverem no centro de uma guerra envolvendo criaturas fantásticas e demônios  dispostos a invocar perigosos seres abissais para servirem a seus propósitos.
Porém uma entidade pretende conectar o destino dos cinco humanos e armá-los com uma tecnologia construída à base de metal-vivo, magia e sangue de dragões. Uma tecnologia jamais vista naquela ou em qualquer outra dimensão, capaz de gerar heróis de metal. 

   Um mundo dominado por demônios que querem controlar o mundo, chamando os seres mais obscuros do submundo e sacrificando várias almas para tal. Escravos vindos de várias dimensões e planetas… É nesse mundo em que acorda Derek, um soldado que estava em batalha pelas tropas americanas no Afeganistão… foi vítima de um ataque e logo acorda em meio a uma mina quente e com cheiro de morte, coletando sangue de dragões abatidos, tomando chibatadas de seres horrendos e que falam uma língua estranha, que não se parece em nada com o que já tenha visto pelo mundo durante suas viagens…
  Ainda sem entender como foi parar ali, sem saber o porquê de tanto sangue de dragão coletado e sendo torturado pelos dracônicos (seres com traços de dragão, porém servos dos demônios) e homens-sapo, Derek começa a aprender algumas palavras na língua do mundo e começa a perceber certos detalhes, que podem lhe ajudar durante sua fuga… O plano até dá certo, e ele consegue sair junto com uma humana loira, também escrava das minas… A única questão é… para onde irão fugir?

Ao lado de uma desconhecida, o jovem huray continuou a sentir as gotas de chuva lhe marcarem o rosto. E então percebeu que as marcas na verdade eram lágrimas de um homem ainda vivo, observando de longe a imensidão de cemitérios de dragões.  

  Enquanto isso, em outro local desse mesmo mundo, mais precisamente na cidade de Taremu… Dois jovens estão prestes a ser enforcados, acusados de bruxaria. Um é o Daniel, brasileiro, hacker  e descendente de japoneses. O outro é Romain, um francês que queria ser famoso em Hollywood, mas sofreu um acidente no set de filmagens e acordou em uma terra estranha, nu, segurando uma galinha e conversando em Francês com ela… coisa que os moradores locais julgaram ser feitiçaria… afinal, quem mais estaria nu em plena madrugada conversando com uma galinha?!
  E… em outra parte de Taremu… uma africana vinda da Ruanda, chamada Ashanti, é a menina dos olhos do príncipe Rögga Maru II, e uma das melhores lutadoras no Templo do Leão.

Cada golpe, um piscar. 
Cada ação, um facho de luz. 
Ao sol não nos veem.  
Nas sombras, só veem nosso rastro muito tempo depois. 
Quando unidos, uma constelação. 
Quando isolados… uma supernova! 

   Ela sempre achou inusitado o fato de todos os monges, inclusive o príncipe, serem tão peludos. Tinham cabelos e bigotes fartos e não se incomodavam com isso. Além disso, havia uma lenda a cerca de homens-leões, que seriam capazes de uma força descomunal quando zangados… O que os monges e os homens-leões teriam em comum?
  E assim começamos nossa aventura… Em cada canto pessoas de vidas comuns daqui da Terra… mas que foram parar misteriosamente em um lugar onde dragões não existem mais, mas seu sangue é super valioso como arma de guerra. Pessoas são escravizadas e torturadas a bel-prazer de seres animalescos e perversos, que recebem ordens de Asteroph, um demônio-rei, que quer dominar tudo, inclusive a cidade de Taremu.

Antigamente, quando cada raça possuía o próprio governo, essa dimensão possuía um propósito diferente. Falava-se em evolução onde hoje se fala em guerra. Havia conflitos e caça, e havia contatos entre culturas, mas nenhuma raça buscou conquistar para si a hegemonia. 

[…] Antes de me dizer como poetas que nunca ergueram uma espada escrevem sobre a beleza da vida ao redor da morte, e antes de achar que sabe o que é para esse povo perder sua única ideia de esperança, pense com a espada na frente da pena. Pois você pode servir como santo, mas apenas se aceitar suas funções divinas. Do contrário, é melhor aprender a segurar uma espada e se tornar um homem. 
     

   Enquanto cada um vai tentando entender como parou naquele lugar, eles vão se revelando verdadeiros heróis, nem que seja para salvar alguém depois de muita reclamação… Artes marciais, Parkour, habilidades com armas de fogo… isso é apenas o começo de muitas revelações… que juntas irão ser muito úteis para salvar Taremu do domínio dos demônios.
   Coisa que eles conseguem após entenderem um pouco do motivo de terem ido parar ali… E a pergunta que não quer calar… se foram parar em outra dimensão, como ficaram as coisas na Terra? Apenas estão desaparecidos? Estão em outros corpos? O que aconteceu com suas famílias? São muitas perguntas a serem respondidas, mas eles terão que descobrir por si mesmos, com uma ajudinha de Gara…

Uma entidade que viu tudo desde o início. Para algumas raças sou Gara. Outras me chamam de Grande Árvore ou Árvore-Mãe. Seres distantes já me nomearam Deusa. Seres de sua raça já me designaram Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal.   

   Gara, além de ajudar com conhecimento, ajuda com armas, as mais poderosas das quais se teve notícias em todos os mundos… Uma armadura de metálider, ou também conhecido como metal-vivo, capaz de fundir o seu sangue com o sangue de dragões… a única coisa que pode derrotar Asteroph. E assim começamos o Legado Ranger…

   Já tinha um tempo que eu conhecia o trabalho de Raphael Draccon. Só pelo sobrenome dele, já me lembra logo dragões (se não me engano ‘Draccon’ é ‘dragão’ em Latim)… E assim são as duas trilogias de sua autoria, envolvendo sempre dragões no meio (rsrsrs). Em Cemitérios de Dragões, vemos algo beeeem semelhante mesmo a desenhos antigos, do tipo Jaspion, Changemen, Ultraman… Uma equipe de pessoas em uniformes coloridos que salvam o mundo (rsrsrs).
   Isso não é diferente no livro, onde com o tempo esses cinco humanos se encontram e recebem suas armaduras, que são coloridas e dão uma grande força e proteção a eles contra o mal. Com um toque de comédia, sarcasmo, revelações e resgate aos animes japoneses antigos, Draccon criou um mundo de fantasia, cheio de dragões e lutas entre o bem e o mal, que te prende até a última página.
   Algo que achei sensacional na diagramação foi o detalhe do dragão no início de cada capítulo e o detalhe das flechas marcando o número das páginas.

Cemitérios de Dragões
Hanna Carolina/Mundinho da Hanna

   Nem preciso dizer o quanto estou ansiosa para ler os dois outros livros dessa trilogia, que contam mais das aventuras desses cinco desconhecidos de realidades completamente diferentes, mas que se tornam amigos (ou o mais próximo disso) e companheiros na luta pela sobrevivência em uma terra estranha, enquanto tentam encontrar o caminho de volta para casa.  😍
  O que achei do livro? Bom, achei muito bom, bem escrito e cheio de reviravoltas. Quem eu pensava que era uma coisa, se mostrou outra completamente distinta. Laços de amizade e até de amor foram formados. É uma história muito boa, todos os personagens tiveram seus finais, sem ficarem pontas soltas e, o que eu achei incrível, foi que ele fez questão de colocar um personagem brasileiro na história… além disso… o segundo livro já começa no Rio de Janeiro dominado por dragões (alerta de spoiler!), imagina como não fiquei curiosa para ver o que vai acontecer daqui por diante?! Amo dragões e sou beeeeem suspeita para falar, mas super recomendo a leitura desse livro. 😍

  Para mim, merece nota máxima. E vocês, já conheciam esse livro? Já leram? Me contem aí!
  Até mais!

Postado por:

Hanna de Paiva

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