3 de March de 2020

Leopoldina: Independência e Morte

   Olá! Como vão? Sei que estou sumido, mas agora sei como é a vida de um universitário (passei no vestibular para Licenciatura em Matemática). Além disso, estou me adaptando à rotina de trabalhar horrores para pagar os boletos e as passagens super, hiper, mega caras do transporte coletivo do Rio de Janeiro (desculpe o desabafo. Época de avaliação, rsrs). Mas vamos falar de coisa boa? Hoje estou aqui para falar da peça que estava em cartaz no CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil, onde, pasmem, estou trabalhando!): Leopoldina: Independência e Morte.



Leopoldina: Independência e Morte
Pintura: Georgina de Albuquerque (1922)/Museu Nacional

   Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de Habsburgo-Lorena (eita nome comprido!), casou-se por procuração com D. Pedro I, e se mudou para o Rio de Janeiro em 1817.
Ela chegou no Rio de Janeiro com o desejo de retornar o mais rápido possível para Europa, mas logo percebeu que não voltaria tão cedo. Vendo que estava por aqui mesmo, resolveu prestar atenção em algumas coisas, como:
  • Menos de 1% da população local sabia ler e escrever, 

  • Com o dinheiro que foi gasto em seu casamento, era possível comprar dois pares de calçados para cada pessoa do Estado do Rio de Janeiro, visto que a maioria andava descalça. 

  • Sentindo falta de seus livros e em morando um país desconhecido, Leopoldina começou a explorar as terras e foi a primeira mulher cientista (amei!) a catalogar minerais, vegetais e animais, que estudou e enviou à Viena, pois a biodiversidade daqui era grande.

  • Será que nesse país terá escolas?
Leopoldina: Independência e Morte

Curiosidades que os livros de História não relatam: 
  • A declaração de Independência foi escrita por Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de Habsburgo-Lorena em 02 de setembro de 1822, no entanto, os livros de história diz que foi em 07 de setembro de 1822 por D. Pedro I. 

  • A peça também mostra a “origem” da corrupção da política brasileira. A primeira evidência de corrupção por aqui teve início quando uma das amantes de D. Pedro I começou a “vender favores” a burgueses e nobres. Desde então, a corrupção por aqui não parou. 

  • Sabe aquele grito do Ipiranga: ‘Independência OU Morte!’? Essa história não é verdadeira, pois o que o imperador queria dizer mesmo era: ‘Independência E Morte’. Isso porque, assim que o Brasil conquistou a independência D. Pedro I foi para a guerra da Cisplatina. Além disso, o famoso quadro que vemos nos livros nada mais é do que uma cópia de um quadro francês. Para completar, D. Pedro I deixou a pobre imperatriz Leopoldina sozinha no Rio de Janeiro, enquanto ela lutava incansavelmente pela pátria, e acabou morrendo de dor e de desgosto (já que o imperador nunca gostou dela). 

Leopoldina: Independência e Morte
Foto: Divulgação/Victor Iemini

Leopoldina: Independência e Morte
Foto: Divulgação/Victor Iemini

   Este foi um dos melhores espetáculos que já prestigiei, pois contém valor histórico, severas críticas sociais, políticas e, ainda, ressalta a luta da sobrevivência da mulher na sociedade, submissa por causa do machismo do próprio marido. 
   Parabéns a produção e a todos envolvido no espetáculo! Poderia ficar aqui e contar cada detalhe do que presenciei, mas prefiro incentivar a vocês a irem no teatro. 



Leopoldina: Independência e Morte
Foto: Divulgação

Informações úteis:
Local: CCBB – Centro Cultural do Banco do Brasil
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66, Centro- RJ
Ingressos: R$30,00 inteira e R$15,00 meia (venda também pelo app: eventim)
Telefone: (21) 3808-2020
Mais informações através do site.
Como chegar?













    Beijos e até a próxima!  😉








Postado por:

Hanna de Paiva

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