Olá meu povo, como estamos? Aproveitando o mês de Halloween, queria ler ao menos um livro que fosse mais para o lado do sobrenatural. Acabei encontrando a antologia “brazuca” Quando a lenda ganha vida, que promete te arrepiar da cabeça aos pés.
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
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Livro: Quando a lenda ganha vida
Organizadores: Wesnen Tellurian e Junior Salvador
Editora: Sinna
Ano: 2019
Páginas: 142
O folclore é parte integrante da história e da cultura de um povo. Os mitos, lendas e costumes da Europa se espalharam por todo o mundo e hoje fazem parte do nosso imaginário coletivo. Chegou então o momento de darmos ao Folclore Brasileiro o mesmo tratamento.
Muito do que conhecemos sobre o nosso folclore é aquilo que aprendemos nas escolas. Mas se soubéssemos a verdade dessas histórias antigamente, criança alguma dormiria à noite e muitas delas poderiam ter sua infância destruída… Nem tudo é terror, nem tudo é fantasia. Aliás, você pode nunca ter visto, mas isto não significa que não seja real.
Com toda essa riqueza que temos, a antologia Quando a Lenda Ganha Vida reúne quinze autores nacionais que voltaram seus olhos para a tradição e a cultura do nosso povo.
Pense em tudo que você já ouviu falar sobre o folclore brasileiro. Pense novamente agora, no que você faria se encontrasse algum desses personagens na sua frente, numa noite de lua cheia… ou num dia chuvoso, em que ninguém pudesse ouvir seus gritos…
É bem nessa vibe que somos apresentados à essa antologia, que reúne 15 contos dos mais diversos tipos, mas com apenas um objetivo em comum, te deixar na dúvida e olhar com toda calma para os cantos por onde anda, pois você pode estar sendo observadx.
Estava em busca de uma obra mais sombria para ler esse mês, quando vi que a editora tinha sugerido a antologia para o Halloween e deixou disponível no Kindle Unlimited.
Eu resolvi pegar no catálogo e furei a fila de leitura, pois estava bem curiosa com a proposta… e foi uma boa decisão.
Cada conto é escrito por uma pessoa diferente, e achei legal que são contos distintos entre si, então podemos ler sem ser na ordem.
Além disso, sempre falamos o quanto nosso folclore é rico, mas eu ainda não tinha a dimensão dessa riqueza, especialmente quando li a obra e vi personagens que nem conhecia, como Cupendipe, que seria uma versão de vampira brasileira, ou mesmo os nomes indígenas pelos quais muitos dos personagens mais famosos, como o Boi-Tatá é conhecido por tribos diferentes.
Outra que eu não conhecia era a Dama do Ouro, que parece ser bem conhecida em terras mineiras.
E que foi apresentada com bastante maestria, assim como todos os outros personagens icônicos de nosso folclore.
Como os autores são mais livres, os contos não obedeceram um padrão. Logo, temos textos em terceira pessoa, em primeira pessoa, com textos mais objetivos e focados na lenda, outros com mais elementos, que fazem os personagens serem pessoas que vivem em nosso meio.
Um que muito me chamou atenção, por exemplo, foi o da Cuca, que acabou se tornando um dos meus favoritos, já que o autor brinca bastante com o psicológico da protagonista, que parece beirar a loucura, com toques de Edgar Allan Poe.
“Eles me chamam de Cuca…”
Outra coisa que achei bem interessante foi o próprio conto da Cupendipe, onde não temos homens como heróis que salvam o dia. Isso porque Cupendipe é uma entidade feminina, que protege mulheres.
O Curupira e o Saci, que costumam ser os mais lembrados, também ganham certo destaque aqui, com toques do nostálgico Clube do Terror e até Supernatural.
“Preste atenção aos contos de velhas esposas. Pode ser que apenas eles guardam na memória o que uma vez foi necessário para o sábio saber.”
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Acho que, a cada vez que leio a respeito, descubro que sei quase nada sobre minha cultura.
O que por um lado é ruim, pois me sinto em falta com a riqueza que temos, mas também é bom, já que apela para minha curiosidade e quero saber mais sobre ela.
“Contudo, seja lá o que a história ainda espalhe aos quatro ventos, sempre haverá uma versão obscura não contada.”
Com relação ao livro em si, eu li a versão ebook, que tem uma diagramação ok, porém senti falta de um cuidado a mais na hora de colocar na versão para Kindle, pois parecia que algumas frases ficaram forçadas no formato justificado e incomodou um pouco na estética, embora não tenha atrapalhado a leitura em si.
A capa está incrível, com o Saci em destaque, andando pela mata à noite, segurando seu cachimbo. Apesar de ser um desenho, ficou mais com cara de sobrenatural, porém não muito assustador.
Resumindo, foi uma leitura rápida, muito boa para aproveitar o clima do Halloween com toques de Brasil e ainda aprender mais sobre algumas lendas do nosso país.
Já tinham lido essa antologia? Gostam de estórias com personagens de nosso folclore? Me contem aí!
Vanessa
Olá!
Gostei de saber do livro, achei a capa bem bonita e amei saber que a leitura é rápida.
Não acho que vá ler no momento mas, amei conhecer a obra.
Beijos.
https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/
Leyanne
Oie, eu achei esse livro incrível e amei que foi uma leitura rápida.
Bjs
Imersão Literária
EscutaEssa
Oi
Não conhecia esse livro e gostei de saber um pouco sobre ele através da sua resenha, fiquei curiosa pra ler 😉
Beijinhos
Renata
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Felipe
Oie, tudo bem?
Parece ser uma leitura bem interessante. Ainda não conhecia, mas já anotei a dica aqui!
Blog Entrelinhas
Hanna Carolina Lins
Que bom que gostou da resenha e da capa.
Hanna Carolina Lins
Sim, é bem rapidinha.
Sil
Olá, Hanna.
Por coincidência acabei de comentar em um outro blog sobre como procuro histórias sobre nosso folclore e não encontro. Acho que essa dica é para mim, e já até coloquei ele no KU. Assim que der vou ler.
Prefácio
Hanna Carolina Lins
Nossa, que coincidência menina, haha. Que bom que te ajudei e espero que goste da leitura. ^^