1 de March de 2018

Resenha do livro Annie

Olá meu povo, como estamos? Todos se lembram que participei da Maratona Literária de Carnaval? Pois bem, entre livros e quadrinhos, tinha uns títulos que há muito tempo estavam na fila de espera e aproveitei o desafio para ler. Um deles será resenhado hoje, e teremos ‘Annie’, um dos clássicos da literatura que encantou gerações e ate virou filme. Vem ver! 😉

Annie

Annie
Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna
7/30
Livro: Annie
Autor: Thomas Meehan
Editora: Intrínseca
Ano: 2014 (edição original 1980)
Páginas: 207
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Aos onze anos, Annie é uma garotinha corajosa o suficiente para encarar sozinha as ruas de Nova York perseguindo seu grande sonho: encontrar os pais. Deixada por eles em um orfanato quando ainda era um bebê, com pouco mais que um bilhete informando que voltariam para buscá-la, a menina leva uma vida difícil sob o comando da malvada Srta. Hannigan, diretora do lugar. Cansada de esperar que os pais retornem, Annie foge do orfanato e enfrenta as mais inesperadas desventuras. Sua sorte parece estar prestes a mudar quando ela é escolhida para passar as festas de fim de ano na mansão de um rico empresário. Mas será que Annie finalmente conseguirá realizar seu sonho e escapar da dura vida do orfanato?

Annie é uma garotinha de 11 anos, que vive em um orfanato, junto com outras meninas órfãs. Mas ao contrário delas, Annie sabe que tem pais que a amam muito, pois tudo o que ela sabe é que foi deixada em uma cestinha na porta do orfanato, com um bilhete escrito por eles, garantindo que voltariam para buscá-la um dia, e a forma pela qual eles a reconheceriam seria um medalhão, cuja metade ficou em seu pescoço e seria sua marca para sempre…
Com essa esperança a menina cresce, sabendo que não é órfã e que um dia sua vida irá mudar… Entretanto, os anos passam, e seus pais nunca aparecem… Juntando a isso, a menina sofre preconceito descarado por todos os lados, seja na escola, na rua, até mesmo no lar onde vive… Todos a tratam como uma qualquer abandonada, sem direito a nada… Sua revolta aumenta ainda mais quando disputa um prêmio na escola, ganha, mas quem recebe publicamente é uma menina rica, já que pela regra da escola, nenhuma criança órfã pode receber prêmios escolares…

“- Sr.a Cocklin, isso não é justo. A senhora sabe que fui eu que que ganhei o concurso e deveria ter recebido o atlas.
[…]
– Órfãs não podem ganhar prêmios em ocasiões em que pais estão na plateia.”

Sabendo que tem pais em algum lugar de um mundo enorme, a menina decide fugir em busca deles. Assim ela se livraria dos maus tratos no lar onde vivia e do preconceito sofrido por anos ao seu redor. E nessa busca, a pequena vai encontrar muito mais do que procurou.
Estamos na década de 1930, em Nova York, uma cidade sofrida devido a Depressão. Muitas pessoas estão na sarjeta devido à crise financeira horrível do país e quem conseguiu manter sua finanças e não parou no olho da rua costuma se sentir “o poderoso”. E Annie acaba vendo isso sem precisar sair de casa, basta ver como e menininha era tratada na escola para ver o quanto apenas crianças ricas tinham direito a ter um lugar no mundo…
Mas Annie não se dá por vencida e sabe que tem também o direito a uma vida digna, nem que para isso ela precise fugir… E é nessa fuga que ela encontra verdadeiros amigos… e também pessoas que só querem se dar bem às custas de inocentes…
O livro é pequeno, baseado em tirinhas de jornal publicadas em 1924, de uma personagem conhecida como Annie, a órfã. Mas trata de assuntos sérios, como alcoolismo, trabalho infantil e a vida de moradores de rua.

“- Você não viu que ela é forte como um touro? A gente vai manter a menina aqui, o que vai custar só alguns centavos a mais por dia de comida, mas vamos ter uma garçonete de graça, uma lavadora de pratos de graça e uma faxineira para arrumar o lugar de graça.”

E sim, como todo livro de garotinhas, tem um conto de fadas no meio e final feliz, que não direi qual é, mas se tiver visto o filme (o livro foi escrito com a ideia de produzirem um musical e depois um filme da menininha), com certeza já sabem qual é (rsrsrs).
Mas mesmo assim, seria muito bom que mais “Annies” pelo mundo tivessem um final feliz como a menininha do livro… Será que só no mundo dos livros elas podem realizar seus sonhos?

“Bem, eu acho que, quando a gente pensa nas coisas boas que podem acontecer amanhã em vez de nas ruins que estão acontecendo hoje, a gente pode começar a fazer essas coisas boas acontecerem.”

 

“- Acho que estou feliz. […] O amanhã chegou!”

E é com essas frases que Annie nos faz ter esperança. Incrível como uma menininha tão sofrida ainda consegue ter sonhos e acreditar neles a ponto de conseguir. Isso nos ensina umas lições ao menos… Acho que a primeira seria a de nunca desistir de nossos sonhos, por mais que eles apreçam impossíveis num primeiro momento. Outra lição é que finais felizes podem realmente acontecer na nossa vida… E a mais importante, é olhar para nossas crianças, saber o que elas estão passando, muitas vezes na casa do lado, e nem temos tempo de reparar… Afinal elas são as responsáveis por cuidar do mundo quando não pudermos mais…

Annie
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna

Falando sobre diagramação, ele tem o formato ideal para levar na bolsa/mochila, principalmente por ser bem levinho. As páginas são fácil passada e a fonte bem legível, sem ser grande demais. A gramatura das folhas (papel pólen) é de  80G/M² e da capa é papel cartão de 250G/M².
Eu achei mega fofo que os títulos dos capítulos são na mesma fonte que a da capa, o que deixa tudo padronizado. A capa é mega fofinha também, com a personagem do jeito que é descrita no livro e é super simples, com um ar minimalista, mas sem deixar de ser bonitinha.
Já tinham lido esse livro? E o filme? Me contem o que acharam!
Até mais!

Postado por:

Hanna de Paiva

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