Olá meu povo, como estamos? Hoje temos resenha de livro hypado por aqui. Depois de muito lutar, finalmente cedi à curiosidade e li ‘Uma Farsa de Amor na Espanha’, da autora Elena Armas. Mas como não resisti e conferi também o capítulo extra, essa será quase que uma resenha dupla.
Livros: Uma Farsa de Amor na Espanha/ Uma Farsa de Amor na Espanha – Conteúdo Extra
Uma viagem à Espanha, o homem mais irritante do mundo e três dias para convencer todo mundo de que vocês estão realmente apaixonados. Em outras palavras, um plano que nunca vai dar certo…
Catalina Martín é uma jovem espanhola que trabalha como engenheira em Nova York. Com o casamento da irmã se aproximando, ela precisa desesperadamente de um acompanhante, porque não quer encarar sozinha toda a família e, principalmente, o irmão do noivo, que é ninguém menos do que seu ex.
Sentindo-se pressionada, ela conta uma mentirinha inofensiva sobre ter um namorado americano. E agora todos em sua pequena cidade estão ansiosos para conhecê-lo.
Lina tem apenas um mês para encontrar alguém disposto a cruzar o Atlântico com ela e participar da sua
farsa. Mesmo assim, quando Aaron Blackford, seu colega de trabalho, se candidata à vaga de namorado de faz de conta, ela se recusa a aceitar. Embora ele seja alto, charmoso e lindo de morrer, também é condescendente, exasperante e insuportável.Porém, quanto mais o casamento se aproxima, mais tentadora se torna a oferta. Enquanto os dois se perguntam se serão capazes de sustentar a história por um final de semana inteiro, Lina começa a perceber que, na vida real, talvez Aaron não seja tão terrível quanto é no escritório…
Catalina Martín é uma espanhola imigrante, morando em Nova York. É uma mulher muito inteligente e tem um bom cargo na empresa de tecnologia InTech. No entanto, por mais que tenha sucesso na área profissional, a amorosa é o completo oposto.
Aliás, é exatamente por conta, desse quesito que a mocinha evita falar com a própria família do outro lado do oceano. Toda vez que entram em contato, a protagonista já sabe que precisará inventar uma desculpa ou mesmo desconversar quando lhe perguntam sobre um namorado que nunca vem. Entretanto, Lina se vê em maus lençóis agora que a irmã mais nova está para se casar.
Não apenas a moça é convocada para ser a madrinha do casamento, como está o maior burburinho em relação ao padrinho. O cargo é ocupado pelo seu ex-namorado de 10 anos atrás, cuja presença ainda hoje lhe causa desconforto. Para completar, o fato de estar solteira não ajuda em nada, de modo especial quando todos sabem em que circunstâncias o romance terminou.
Assim, Lina tem uma ideia genial: arranjar um namorado de mentirinha para ir ao casamento e enganar toda a sua família. O grande problema: quem será o candidato? A única opção (para lá de insistente, por sinal) é Aaron Blackford, o colega de trabalho com quem a moça vive trocando faíscas. Eles sabem ser profissionais na empresa, mas será que isso pode se estender para um final de semana, onde finjam que são apaixonados? Isso é o que veremos.
“Porque nós, Aaron e eu íamos conseguir. Ele garantiu. E eu acreditei. E só esperava, para o bem de ambos, que ele tivesse razão.”
Por mais que eu visse as resenhas positivas pipocando na internet, esse livro jamais passaria pelo meu radar se não tivesse ganhado de presente. Isso porque o crescente hype que surgiu sobre a obra me deixou desconfiada. Então, ia deixar “a poeira baixar” antes de me arriscar a ler.
Porém, entrei em um desafio mediado pelo Leitor Oculto, chamado Tour Literário, o qual tem por objetivo incentivar a ler um livro de cada país. Para janeiro, uma das nações escolhidas foi a Espanha e eu não tinha tantas opções na estante para representar. Daí pensei: por que não dar uma chance agora e ver se vale a fama?
Assim, embarquei nesse romance, que jamais imaginei que leria em tão pouco tempo. Apesar de ter pouco mais de 400 páginas, a escrita fluida da autora compensou um bocado e a experiência durou menos de uma semana (isso porque eu tinha mais leituras em andamento junto a ela). Com uma narrativa em primeira pessoa, vemos os fatos apenas pelo ângulo de Lina Martín, uma engenheira muito competente e que está se dando bem na “cidade que nunca dorme”.
Ela tem uma rotina até bem tranquila, a não ser por situações que passa na empresa, como líder de equipe e lidando com um time de homens que se sentem os maiorais só por terem um cromossomo diferente. Em especial Gerald, que ganhou meu ranço eterno e, se pudesse, teria arranjado um boneco de vodu para dar umas alfinetadas nele de tão nojento que é.
O cara é arrogante, ridículo e petulante. Não perde a oportunidade de colocar Lina para baixo, pelo simples fato de ela usar saltos e saia.Eu resmungava a cada vez que esse nojento aparecia e queria socar a cara dele para ver se aprendia um pouco de boa educação e senso de ridículo. A situação só piora quando Lina é escalada para liderar a organização do Open Day, um evento importante na InTech, porém completamente fora de sua área de conhecimento.
Já não bastavam as atribuições pesadas de seu cargo propriamente dito, esse trabalho extra não ajudava em nada. Sua mente ainda estava fervilhante por conta do casamento da irmã mais nova, que também se aproxima. Seria uma ótima oportunidade de passar um final de semana em casa e feliz, não fosse pela insistência de todos os parentes para que ela superasse o término com Daniel e arrumasse logo um namorado novo.
A tensão aumenta quando a moça descobre que o rapaz não apenas está noivo atualmente, como será seu par no altar, pois é o padrinho do casamento junto com ela. Assim, Lina entra em parafuso e precisa arrumar para ontem um acompanhante a fim de levar ao evento, a fim de evitar questionamentos sobre sua vida amorosa.
“As coisas não prescrevem só porque o tempo passa, sabe.”
Lendo os fatos pelo ângulo da protagonista, eu pude perceber a agonia dela, evitando até falar com seus pais. A moça sabia qual seria uma das primeiras perguntas que viriam. Por mais que eu compreenda o quanto a família pode se preocupar com a felicidade da Lina, sinceramente, eu achei invasiva e constrangedora a chuva de perguntas sobre a moça não ter um namorado e “ficar para titia”, ou “ser a tia dos gatos”.
Tudo bem, aqui no livro a ideia era que rolasse isso mesmo para a trama seguir, mas infelizmente é um caso bem frequente na vida de diversas mulheres na casa dos 25-35 anos que decidem ser solteiras. Isso me dá agonia e tinha vontade de abraçar a Lina a cada suspiro que ela dava ouvindo o interrogatório desnecessário e nada cômico.
Voltando ao livro, a saída mais rápida que a mocinha consegue é levar um acompanhante para a Espanha e fingir estar apaixonada por ele. Só não esperava era que o único candidato disponível para a missão fosse logo Aaron, o cara bonitão com quem ela vive brigando na empresa e trocando farpas. Lina está nada satisfeita com a situação, mas o prazo está se esgotando e o colega já tinha se mostrado solícito ao ajudar a organizar o bendito do Open Day. O que custava passar um final de semana com ele do outro lado do oceano, ainda mais que estava se oferecendo e não parecia aceitar uma recusa?
Algo que eu também não esperava era ver a forma como o relacionamento do casal se desenvolve. A escritora deixou muito pé no chão, embora tenha passeado pela comédia em boa parte. Assim, eu pude rir e acompanhar um romance perfeitamente crível, adulto e consciente.“[…] A vida é uma bagunça, muitas vezes bem difícil, e ela não espera a gente estar pronto para os solavancos da estrada. […]”
Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna |
A experiência se completou com a relação da família da moça e conhecer um pedaço da Espanha. Aprendi algumas palavras novas, costumes e até músicas (sim, fui procurar no YouTube depois para aprender a letra e a coreografia, rsrs).
Depois de tantos elogios, não esperava menos do desfecho diferente. Se encaixou muito bem com o que vinha sendo apresentado ao longo da trama e encerrou a obra com maestria. Terminei dando risadas e até suspiros apaixonados, fato que há muito tempo não acontecia quando eu lia romances românticos.
Em relação à obra em si, adorei a diagramação toda em vibe de viagens, que me lembra férias de verão.
A revisão é bem-feita e a fonte bem legível. As páginas são mais grossinhas e amareladas, coisa que amo quando leio
um livro físico. Somando tudo isso, posso dizer que ‘Uma Farsa de Amor na Espanha’ vale o hype e leva nota máxima.
Além disso, a autora ganhou uma fã e já quero ler mais livros dela no futuro. Aguardem um post só de quotes depois, pois esse livro foi um dos mais marcados da minha estante (rsrsrss).
Cida
OI Hanna. Eu comecei a ler e parei na parte em que ela foi encarregada de organizar o evento da empresa. Aquela reunião me fez passar tanta raiva que parei a leitura ali e não retomei. Eu quero muito terminar o livro, então espero que no final eu tenha essa mesma experiência boa que você teve.
Bjos!! Cida
Moonlight Books
Leyanne
Oie, aaaa que bom que gostou da história, estava bem ansiosa para saber o que iria achar. Ainda não li o livro, mas é bem a vibe de romance que gosto de me aventurar quando estou no clima. E vou ficar esperando o post de quotes.
Bjs
Imersão Literária
Hanna Carolina Lins
Eu te entendo, Cida. Essa reunião foi intragável e eu queria voar no pescoço daquele Gerald. Mas o restante da leitura valeu a pena.
Hanna Carolina Lins
Sim, adorei a leitura e recomendo, viu?! ^^ Espero que goste da leitura também, =)