Olá meu povo, como estamos? Hoje eu trago a resenha de Matando Formigas, um livro cedido gentilmente, em parceria com o autor independente Filipe Salomão.
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
36/12
Livro: Matando Formigas
Autor: Filipe Salomão
Editora: Independente/Amazon
Páginas: 91
Ano: 2020
Um homem se elege e transforma a nação em que vive em algo nunca antes visto. Com a intenção de “limpar” sua cidade ele mostra como as pessoas ficam cegas em relação ao poder e as escolhas dele. Conheça República da Terra das Palmeiras e o seu Presidente: uma distopia em uma sociedade que pode estar muito mais próximo do que imaginamos.
Imagine uma sociedade, numa realidade alternativa, que também é composta por humanos.
Estamos na República da Terra das Palmeiras, terra de gente de bem, que trabalha o dia todo para conseguir um lugar ao sol.
É também terra que sofre com muitas coisas, que o líder diz ser problemas grandes, como superpopulação, moradores de rua que só aumentam e desemprego.
Ele tem que resolver essa questões, fazendo o melhor para o povo que o elegeu. Mas será que suas atitudes são realmente tão “de bem” assim?
“É um filme de terror previsto […]. Na verdade, ainda não sabemos se somos os mocinhos ou os bandidos desse filme.”
Com uma escrita bem fluida, o Filipe conseguiu fazer em poucas páginas o que dizemos há anos. Certas coisas sempre se repetem, não importa o ano em que estamos, em que país vivemos.
Apesar do nome fictício, podemos muito bem relacionar com nosso Brasil, se pararmos para ver o jornal e notar algumas semelhanças nas notícias.
‘Matando Formigas’ é um conto bem rápido, mas que veio para dar muitos tapas na cara da sociedade. Não importa se você apoia Esquerda, Direita, Centrão ou nada, importa que, antes de você exigir respeito do próximo, você deve respeitar ele.
Antes de exigir seus direitos, seus deveres vem em primeiro lugar. Mas quem disse que seus deveres são corretos o tempo inteiro? Será que não estamos sendo manipulados?
Manipulados por coisas de anos atrás, que ninguém parou para pensar se era mesmo necessário naquela época, muito menos se continua sendo necessário hoje em dia.
E será que estamos realmente pensando antes de sair apoiando certas atitudes? Será que somos realmente “gente de bem”?
“Infelizmente vivemos de maneira hipócrita durante a vida toda.”
Ou será que, mesmo em ações que nem imaginamos, somos tão podres quanto as pessoas que insistimos em apontar o dedo, sem nem pensar duas vezes e sair julgando?
São tantos questionamentos, que vamos refletindo ao longo da leitura o quanto não somos perfeitos, nem podemos exigir perfeição de ninguém.
E, também, são tantos questionamentos, que paramos e olhamos para o jornal do dia, e pensamos que as notícias são realmente cíclicas, só mudam os nomes dos “culpados” e “inocentes”.
Não posso falar mais, já que são poucas páginas e vou acabar dando spoiler. Mas posso dizer que não temos personagens com nomes marcantes, a não ser o protagonista, que apenas chamamos de o Presidente.
Narrado em terceira pessoa, o conto é meio repetitivo em vários pontos, como uma espécie de afirmação dos fatos.
O que, num primeiro momento é incômodo, depois que entendemos a real mensagem que quer passar, deixa de ser incômodo e até necessário, como uma espécie de reflexo dos pensamentos há anos na cabeça do povo, sem questionamentos, apenas passando adiante.
São jogadas políticas que se repetem, comportamentos e pensamentos que se repetem. Então, será que estamos mesmo evoluindo enquanto sociedade?
Ou apenas correndo atrás do nosso próprio rabo, enquanto o tempo passa, ficamos velhos e damos lugar para outras pessoas continuarem nessa missão?
Apesar de ser curtinho, o final é fechado, mas ainda assim, é um final que te faz refletir sobre as atitudes do Presidente.
É também um final que nos faz refletir sobre coisas que vemos ao nosso redor, no nosso cotidiano, mas não debatemos, seja por medo, por preguiça, ou por zona de conforto.
É um conto para te picar e te morder, que recomendo de olhos fechados. Como não tenho a versão física dele, só posso falar da versão digital, que é bem revisada, com fonte legível, embora eu tenha achado um tanto pequena.
Apesar de ter um índice, me incomodou que os nomes dos capítulos eram pequenos demais e meio que se misturavam ao texto.
Aí, se estava muito no embalo da leitura, de repente vinha aquele nome que não fazia sentido, e eu tinha que voltar para ler mais devagar e ver que era o capítulo seguinte começando (rsrsrs).
A capa eu achei genial, em tons que combinam, mas que a gente não costuma usar. O verde e o amarelo deram um contraste bem legal, lembrando nossa bandeira, e as formigas tem todo um significado, que vocês entendem logo no início da leitura.
Foto: Divulgação/Filipe Salomão |
Apesar desses pequenos incômodos, isso não tira o mérito da leitura. Assim, continuo dando nota máxima para ele.
O Filipe é também autor de dois outros livros:
Quem quiser comprar os livros, estão todos disponíveis na Amazon, através dos links abaixo:
E aí, já tinham lido esse conto? Conhecem outras obras do autor?
Pathy Guarnieri
Tenho gostado demais de ler sobre política, logo, preciso providenciar esse livro!
Beijo.
Cores do Vício
Kaila Garcia
Arrasou na indicação, ainda não conhecia esse livro e fiquei super curiosa para ler! <3
https://www.kailagarcia.com
Vanessa
Oi, amei saber que apesar de algumas vezes ter que voltar na leitura para entender algo você gostou, parece um livro com muitos questionamentos e que nos trás muitas reflexões também.
Fiquei feliz por ser uma parceria.
Beijos.
https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/
Luiza Helena Vieira
Interessante esse conto hein… com certeza ficarei um tanto revoltada por ver as semelhanças com nossa política atual, mas lerei com certeza
Beijos
Balaio de Babados
Sil
Olá, Hanna.
Parece ser uma ótima história para ser lida nessa época que estamos vivendo. Todo ano de eleições é a mesma coisa e o povo nunca aprende. Vi que tem ele no Kindle Unlimited e já coloquei na minha lista.
Prefácio
Monique Larentis
Muito interessante, nunca tinha ouvido falar desse livro. Gostei da indicação.
http://www.vivendosentimentos.com.br
Hey I'm With The Band
Não conhecia esse livro, mas gostei do nome e achei bem interessante na história.
Eu gosto muito de histórias que falam sobre uma sociedade alternativa, mas que na verdade se parece muitoo com o que vivemos. Fiquei curiosa para ler 🙂
https://www.heyimwiththeband.com.br/
Renata
Parece ser um livro incrível, acho que deveríamos abrir mais espaço para autores nacionais principalmente com temas como esse.
Beijinhos
Renata
Luciano Otaciano
Oi, Hanna. Tudo bem? Que conto interessante, não conhecia. Já coloquei na lista. Que bom que gostou da leitura. Abraço!
https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Leyanne
É bem legal a temática da obra e fiquei curiosa para conhecer. Que bom que mesmo com pequenos incômodos, a leitura ainda continuou excelente!
Abraço
Imersão Literária
Anete Oliveira
Não conhecia e me pareceu muito bom.
Beijos/Kisses.
Anete Oliveira
Blog Coisitas e Coisinhas
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Chris Ferreira
OI Hanna, achei a capa bem legal e sugestiva. Acho que temos muito em comum com essa República das Terras das Palmeiras. Será que lá também cantam os sabiás?!
Fiquei com vontade de ser picada por esse conto.
beijos
Chris
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Hanna Carolina Lins
É mesmo, viu?
Hanna Carolina Lins
Ah, isso vai ser inevitável, mas ainda assim, recomendo.
Hanna Carolina Lins
Obrigada! =)
Hanna Carolina Lins
Que bom que gostou. Recomendo, viu? ^^
Hanna Carolina Lins
Ah, com certeza viu?
Hanna Carolina Lins
Obrigada! =)
Hanna Carolina Lins
Recomendo, viu?
Hanna Carolina Lins
É bom sim, recomendo
Hanna Carolina Lins
Acho que cantam sim, viu? kkk