Amantes das Séries | Drácula – A Última Viagem do Deméter

Olá meu povo, como estamos? A temporada de histórias sombrias está em alta por aqui, já que estou descobrindo diversos filmes e séries de terror baseados em livros clássicos. Hoje eu trago minhas impressões sobre um inspirado em um dos capítulos de ‘Drácula’ de Bram Stoker, que já fez sucesso nas telonas e agora pode ser visto nas telinhas.

OBS1.: Nunca li o clássico de Bram Stocker, por medo de me decepcionar com o que já conheço dos filmes. Então tenho apenas a opinião sobre a mídia visual.

OBS2.: Esse filme pode trazer cenas desconfortáveis para pessoas sensíveis a cenas gráficas. Atenção à classificação etária e à sinopse!

Filme: Drácula – A Última Viagem do Deméter

Classificação: +16

Ano: 2023

Duração: 1h58mn

País: Inglaterra

Gênero: Drama, Suspense, Terror

Onde assistir: Amazon Prime Video

Em Drácula – A Última Viagem do Deméter, inspirado na icônica lenda do vampiro Drácula, acompanhamos a terrível história do navio Deméter, que foi fretado para transportar cargas particulares. Estranhos eventos acontecem à tripulação, que tenta sobreviver à viagem oceânica, perseguidos todas as noites por uma presença impiedosa a bordo do navio. Quando o Deméter finalmente chega à costa, é apenas um navio carbonizado e abandonado. Não há vestígios da tripulação. A trama se baseia em um único capítulo do livro clássico de Bram Stoker.

Para quem não conhece, o livro ‘Drácula’ escrito por Bram Stoker é uma narrativa epistolar, ou seja, baseada em cartas que contam o relato de aparições estranhas e assustadoras de um ser sugador de sangue na Europa.

No filme, temos o vislumbre do que teria acontecido em um desses relatos. Aqui, conhecemos a tripulação do Deméter, um navio cargueiro, que estava atravessando o mar com destino a Londres para levar uma encomenda misteriosa.

O capitão não é supersticioso e atende quem melhor lhe paga. Logo, não vê problemas em transportar uns caixotes pesados em seu porão. Mas não podemos dizer o mesmo da tripulação, que está abandonando o barco a cada porto que atraca.

Isso porque, ao virem o símbolo nas caixas, saem correndo dizendo que é uma carga amaldiçoada. Poucos são os que aceitaram a missão – ainda mais porque não podem fugir, já que são parentes ou amigos próximos da família do capitão e não teriam desculpas.

A jornada começa calma e tranquila. O mar ajuda com águas cristalinas e ventos favoráveis, indicando uma viagem rápida e talvez com chegada antes do previsto. Logo a tripulação esquece da superstição e começa a fazer seu trabalho.

Mas após o pôr do sol as coisas não parecem ser tão boas assim. Animais morrem como se tivessem sido entregues em sacrifício, marinheiros apresentam comportamentos estranhos e ouvindo vozes. Objetos saem do lugar sem explicação e neblinas que parecem envolver apenas o Deméter, como se apenas ele carregasse uma maldição.

São fatos tão estranhos que ninguém acreditaria, ainda mais acontecendo juntos. Mas é uma realidade plausível até demais dentro da embarcação. Os tripulantes estão numa tensão sem fim, já que podem ser a próxima vítima de sabe-se lá o que esteja causando tudo aquilo.

A fotografia bem escura e sem muito contraste ajuda nessa sensação, já que o espectador tem a mesma impressão que os personagens e ficam com medo do que pode aparecer atrás da porta. Isso porque as cenas são dignas de bons filmes de terror, que nos deixa com medo, ao mesmo tempo que fascinados com o quanto podemos ser submetidos a momentos assustadores como aquele, e ainda sairmos com a mente boa (ou quase boa).

Além disso, fiquei admirada que apenas um capítulo rendeu um filme rico em tantos detalhes e história. Imagino se tivessem feito uma série em que cada episódio fosse um dos capítulos.

Não posso comentar muito sobre o elenco, já que não conhecia filmes anteriores das pessoas escolhidas. Mas vendo apenas por esse filme, posso afirmar que fazem bem o trabalho, mostrando o quanto cada pessoa pode reagir de um jeito peculiar diante de cenas que desafiam nossa sanidade.

Além disso, gostei da forma como o próprio Drácula foi interpretado. Diferente das outras versões em que vemos um vampiro sedutor e bonitão, aqui temos uma versão bestial e diabólica, com asas de morcego e uma fome insaciável, não importando se a vítima é homem, mulher ou criança.

Ele não tem escolha por vítimas bonitas ou com poder aquisitivo, só quer beber sangue e pronto. Isso é contraditório com uma série de versões que vi na literatura, o que rendeu pontos positivos, por ver o que Bram Stoker pensava ao criar seu personagem bebedor de sangue originalmente e o quanto ele foi mudando com o imaginário das pessoas posteriormente.

Além disso, como em qualquer filme de terror, não espere que os fatos tenham explicação plausível. Então, detalhes aplicados em uma cena jamais farão sentido acontecendo ao contrário na cena seguinte. Bem como personagens com atitudes burras e que jamais teriam acontecido na vida real, contudo precisam ter no filme para que a história ande.

Mas nem por isso deixa de surpreender no final. O filme tem um desfecho digno surpresas e garante um triplex alugado na cabeça. No geral, é uma boa história para assistir e passar o tempo. Traz uma versão diferente do Drácula e diversas teorias da conspiração na bagagem, que recomendo de olhos fechados (e luzes acesas, embora não resolva muita coisa, hehe).

Agora me conta nos comentários: já viu esse filme ou leu o livro original?

Texto revisado por Emerson Silva.