Amantes das Séries | O Casal Perfeito

Olá meu povo, como estamos? ‘O Casal Perfeito’ chegou ao Brasil fazendo sucesso entre os leitores, e a fama foi tanta que já tem até adaptação dela para as telinhas. Hoje eu trago minha opinião sobre a série, que está disponível no catálogo da Netflix.

OBS.: Essa resenha é APENAS sobre a série. Eu ainda não consegui ler o livro. Mas assim que conseguir, trarei as minhas impressões também.

Série: O Casal Perfeito

Temporada: 1

Ano: 2024

Episódios: 6

Duração média: 54min/episódio

País: Estados Unidos

Onde assistir: Netflix

Baseado no livro homônimo de Elin Hilderbrand, a série O Casal Perfeito se passa em um verão agitado na ilha paradisíaca de Nantucket, Massachusetts, famosa por sua temporada de casamentos. Véus e grinaldas enfeitam a praia, criando um cenário deslumbrante com o pôr do sol sobre o mar azul. O evento mais esperado do ano é a união de Amelia Sacks (Eve Hewson) e Benji Winbury (Billy Howle). A família milionária do noivo não poupou despesas para receber os convidados em sua imensa propriedade à beira-mar. A futura sogra, Greer Garrison Winbury (Nicole Kidman), uma renomada romancista, desaprova a relação, mas organiza o casamento mais luxuoso da temporada. No entanto, o clima festivo é interrompido quando um corpo é encontrado na praia. Segredos começam a emergir, criando o cenário perfeito para uma investigação digna dos livros de Greer. De repente, todos os presentes se tornam suspeitos, transformando o sonho em um pesadelo.

A família Winbury está em clima de festa por conta do casamento de Benjamin com Amelia Sacks. A moça é muito linda e simpática, porém não ganha os amores da sogra. Mesmo assim, Greer (mãe do noivo) não mede esforços para que seja a festa mais memorável do século.

Os convidados e padrinhos estão chegando (e se encantando) na mansão dos Winbury, localizada em Nantucket, uma ilha particular e com uma beleza de tirar o fôlego. Porém, a alegria não dura muito, já que no dia da festa a polícia é chamada para cuidar de um caso de assassinato.

A vítima é ninguém mais, ninguém menos, que a madrinha de casamento. Quem poderia lhe querer morta? Será que foi um acidente, ou algo premeditado? São muitas perguntas e quase nenhuma pista do que poderia ter acontecido naquela madrugada.

Mas não tem clima para festa enquanto o mistério não for solucionado. Todos na ilha são suspeitos e cabe à polícia resolver tudo, antes que mais alguém apareça morto.

Cheguei de paraquedas nessa história, sem saber muito o que esperar. Já tinha ouvido falar do livro, mas depois de alguns comentários negativos, deixei de lado a ideia de ler e acabei caindo no esquecimento.

Até que vi a adaptação passando no catálogo e resolvi dar uma chance. Afinal, se gostar da série, poderia também reconsiderar a ideia de ler a trama.

São apenas seis episódios, com uma duração relativamente longa. Assim, precisei ver em doses homeopáticas. Aos poucos, conhecemos a família Winbury e os preparativos para o casamento do século.

Amelia é uma moça linda e divertida, que ganha o amor de todos, menos de Greer. Mesmo que não impeça o casamento, a sogra faz questão de deixar claro seu desagrado pela escolha do filho, que pode afetar consideravelmente o destino da fortuna da família.

Isso porque Amelia não tem tanto poder aquisitivo e não tem vergonha de mostrar suas origens. O que causa bastante atrito entre as duas, disfarçado em alfinetadas chiques e críticas nada construtivas, porém disfarçadas de palavras bonitas.

Mesmo assim, a festa segue e já tem diversos jornalistas a caminho, pois não seria um evento simples. No entanto, no dia do casamento, Marriet, a madrinha, aparece morta na praia.

Poderia ter sido um acidente, já que na noite anterior todos haviam bebido demais e e a moça teria se afogado ao cair na água. No entanto, as pistas sugerem algo mais e logo todos na mansão entram na mira da polícia.

Enquanto a investigação segue, vamos conhecendo um pouco de cada personagem. A começar pelos noivos, Amelia é uma moça que acertou na loteria do marido rico. Ela é uma mulher simples e que estudou muito para conseguir o emprego que tanto sonhou (já gostei dela, por ser bióloga como eu, hehe).

Seu amor pelos pais é algo muito bonito. Os três são unidos e dá para perceber que se amam e fazem de tudo um pelo outro. Mas a relação está abalada por conta do diagnóstico clínico da mãe dela, que deixa todos em uma posição delicada. O motivo de alegria é o casamento que se aproxima e promete muitas lembranças maravilhosas.

O noivo, Benji, completa o cenário icônico sendo um príncipe encantado. Desde que conheceu Amelia no zoológico, não quis mais saber de qualquer outra mulher e não se aguenta de tanta felicidade, desde que ela aceitou o pedido.

Mas nem isso é o suficiente para convencer Greer de que Amelia seja a pessoa certa para seu filho. A mulher é uma linda socialite, que tem como hobby escrever romances policiais inspirados nas obras de Agatha Christie e espalhou pela mídia a fama de que ela e seu marido são o casal perfeito.

Casados há 29 anos e sem nenhuma notícia de escândalo que os envolvesse, Greer alimenta os sonhos de vida feliz de dezenas de fãs pelo país afora. Saindo em matérias de revistas importantes dos Estados Unidos, a escritora faz questão de manter as aparências de uma família unida, amorosa e bem sucedida para que todos fiquem com inveja.

Mas quando Marriet aparece morta, essa máscara começa a ruir e logo vamos conhecendo o que eles mais temem que seja descoberto. Para começar, Tag (marido de Greer) é a definição de rico que veio ao mundo a passeio.

O cara não tem mais o que fazer com tanta grana e sua missão de vida é só jogar golfe na beira da praia e acertar sabe-se lá quantas bolas na água. Quando está junto da esposa, é um marido apaixonado, mas não parece ser correspondido há bastante tempo.

Isso rende cenas um tanto constrangedoras, mas também suspeitas, já que Tag poderia fazer qualquer coisa para chamar atenção da esposa, mesmo que de origem escusa. Por outro lado, Greer tem uma fama de durona e não aceita menos que soluções luxuosas para seus problemas.

Mas só vi uma mulher amargurada e que reflete em seus personagens a realidade que ela mesma não tem coragem de lutar para ter. Logo, conhecer Amelia no auge da juventude e cheia de respostas na ponta da língua não torna seus dias melhores. Mas ambas sabem que é melhor manter as aparências, até porque tem um amor em comum: Benji.

Os irmãos do noivo são o retrato fiel dos pais. Enquanto o mais velho parece ter seguido todos (TODOS) os passos de Tag, o mais novo é um sonhador apaixonado como Greer foi um dia. Mas nem por isso a vida vai ser fácil para eles.

Até os padrinhos tem segredos perigosos e que tentam fazer de tudo para que assim permaneçam. Mas não dura muito quando a polícia está cada vez mais perto de descobrir o culpado.

Os episódios vão alternando entre presente e passado. Assim, somos apresentados aos fatos e criando nossas próprias teorias.

Contudo, o que tinha tudo para ser uma grande obra de suspense se tornou quase uma comédia. Os investigadores são bem lentos no começo e fiquei me perguntando se realmente iriam encontrar alguma coisa, até porque Amelia parecia fazer boa parte do trabalho revelando pistas importantes.

Depois que começaram a caminhar pelas próprias pernas, parecia que iam fazer um bom trabalho, mas após tantos episódios longos em que quase não apareciam, eles surgem do nada apontando o real culpado, como se tivessem uma bola de cristal na delegacia, pois não vi como chegaram naquela conclusão (mesmo que fosse totalmente plausível).

Por isso, o final responde a muita coisa, mas ainda fiquei com a sensação de que faltam respostas. As pontas não foram amarradas como eu pensava que seriam e talvez tenha gerado essa sensação de “buraco”.

Mesmo assim, é uma série boa para passar o tempo e que recomendo, se estiver em busca de algo mais leve e que não te deixe assustado no final.

Agora me conta nos comentários: Já viu essa série ou leu o livro?

Texto revisado por Emerson Silva.