Olá meu povo, como estamos? Hoje eu trago minhas impressões sobre A mulher na janela, uma das estreias do catálogo Netflix.
Foto: Divulgação |
Ficha técnica
Filme: A mulher na janela
Gênero: Suspense
Duração: 1h40min
Ano: 2021
País: Estados Unidos
Em A Mulher na Janela, Anna Fox (Amy Adams) é uma alcoólatra reclusa que passa os dias em seu apartamento em Nova York, assistindo a filmes antigos e observando seus vizinhos. Quando a família Russell se muda para o prédio da frente, ela passa a espionar o que seria a família perfeita, até testemunhar uma cena chocante que muda sua vida.
Anna Fox é uma mulher com comportamento bastante peculiar. Depois de uma tragédia na sua vida, ela sofre de agorafobia, o que a impede de sair de casa sem ter um ataque de pânico.
Sua casa é bem grande, que ela divide com seu inquilino, que vive no porão. Ele parece ser o único que não discute seu comportamento, já que parece ter sido o único a ter aceito os termos do aluguel do espaço.
Quando não está falando com seu inquilino ou psiquiatra, ela está espionando a vida dos vizinhos e, tendo 24h por dia para fazer isso, ela meio que sabe da vida de todo mundo, mesmo sem sair de casa.
E a casa espionada da vez é a da família Russel, que se mudou há poucos dias para o outro lado da rua.
Mas o hábito de observar a vida dos outros sem autorização pode acabar fazendo-a ver coisas que não deveria, o que pode lhe custar a vida e a pouca sanidade mental que ainda lhe resta.
Foto: Divulgação/Netflix |
Eu sempre fui curiosa para ler essa história e, quando vi que estava disponível para troca no Skoob, não perdi tempo e fui logo solicitando.
Mas sabe como é a vida de leitor, sempre temos mais livros do que tempo para ler todos. Então ele está aqui na prateleira, esperando sua vez.
Quando vi que teria adaptação dele na Netflix, resolvi ver o filme primeiro, para não me decepcionar depois sabendo que tal cena foi cortada no filme (rsrsrs).
Então sim, vocês terão aqui uma opinião de quem apenas conhece a história pelo filme, o que não sei se foi bom ou ruim no final das contas…
Anna Fox teve um momento trágico na vida, o que a levou a viver uma vida reclusa, envolta em remédios muito fortes e medo de sair de casa.
Seus dias se resumem a ver filmes antigos, pedir coisas pelo delivery e beber todo o estoque de álcool da casa, sem se importar com o efeito dos remédios.
Seu psiquiatra tenta lhe fazer ver além de sua janela, para ver se ela sai de casa, mas o máximo que conseguiu foi fazer de Anna uma fofoqueira, que espiona a vida de todo mundo pela janela.
Apesar de ela não sair espalhando os acontecimentos que vê pela sua janela, todos os seus vizinhos sabem que ela fica observando eles, o que rende alguns problemas de privacidade até.
Seus novos vizinhos são a família Russel, uma família pequena, que parece bem feliz e contente por estar numa casa nova.
Mal eles chegaram e Anna já tinha pesquisado tudo o que poderia sobre eles, o que sinceramente, não entendi o motivo, já que o plano era ela nunca ter contato com eles do outro lado da rua.
Foto: Divulgação/Netflix |
Sua vida seguia do jeito que dava, até que ela recebe uma visita estranha numa noite. O filho dos Russel chega na sua porta, com um presente de boas-vindas, enviado pela sua mãe.
Anna não é de receber visitas, mas abre uma exceção para o menino, que parece lhe despertar algo que há muito tempo não acontecia, seu lado profissional de psicóloga infantil.
Apesar de não estar apta a dar consultas, ela acaba usando os métodos que aprendeu para identificar algumas coisas a respeito do rapaz, o que a faz ficar mais e mais obcecada pelos Russel.
Mas sabe aquele ditado: “quem procura acha”? Pois bem, eis que ela achou algo que não esperava, mas está correndo perigo por ter visto e procurado demais.
O lance é que Anna não é uma testemunha confiável, devido ao seu atual estado mental. Ela toma remédios muito fortes, misturados com bebida alcóolica e ainda observa as pessoas sem autorização.
Quem em sã consciência acreditaria no que ela está falando que viu e ouviu?
A polícia já está cansada de tanto atender aos chamados vindos da casa dela, seu inquilino já está zangado e sua relação com os novos vizinhos não começou bem, e parece que também não vai render muitos frutos.
O que realmente Anna viu? Até que ponto tudo aquilo era real, ou apenas delírios de uma pessoa viciada?
O tempo todo nos perguntamos isso, o que dá um toque assustador e de mistério à trama. Anna tem plena certeza do que afirma do que viu, mas ela mesma se vê tendo alucinações e já não sabe mais se está falando com pessoas de verdade ou de sua imaginação.
Fiquei super confusa também ao ver o filme, já que parte de mim acreditava que ela realmente testemunhou o acontecido, enquanto outra parte achava que era tudo da cabeça dela.
Enquanto isso, vamos conhecendo um pouco dos outros personagens que, aos poucos, se mostram além do que Anna percebeu.
Foto: Divulgação/Netflix |
Todo mundo ali tem algo a esconder. Mas com Anna bisbilhotando a vida de todo mundo, está cada vez mais difícil de esconder esses segredos.
A questão é: será que realmente é tão perigoso assim que ela descubra? Afinal, ela mesma tem alucinações com a própria sombra, então o que é verdade e o que é ilusão ali?
Assim, vemos o quanto as pessoas podem se valer disso para enredar ainda mais os seus segredos e pagar de inocente na frente da polícia, que começa a desconfiar de tanta gente inocente junta.
Aos poucos, vamos desvendando esses segredos e entendendo o motivo que o levou até ali. Mesmo Anna tem os seus segredos, dos quais ela não quer se lembrar, mas permanece atormentada por eles o tempo todo.
É um filme que realmente te deixa confuso, te faz de trouxa e não é nada bonito. Ao mesmo tempo, eu não consegui gostar totalmente dessa trama.
Talvez o livro tenha tudo isso mais elaborado e com as pontas mais amarradinhas, até por isso fez tanto sucesso e teve adaptação. Mas o filme não foi tudo o que eu esperava.
O elenco foi muito bem escolhido, a fotografia está impecável, com relação a isso não tenho do que reclamar.
Mas confesso que esperava mais do desenvolvimento. O filme não é muito grande, mas tinha espaço para desenvolver tanta coisa, que acabou focando demais em dramas desnecessários e o que realmente importava foi jogado de qualquer jeito.
Ele começou muito bem, cheio de mistérios e o fato de termos uma única testemunha e que ainda não era confiável, trazia um toque de bastante mistério que acabou não sendo muito bem aproveitado.
Várias respostas foram dadas em cima do laço, quase terminando o filme, mas foi tudo tão jogado que perdeu até a graça.
Foto: Divulgação/Netflix |
O final dele é aberto, o que espero de coração que tenha uma explicação decente no livro. Mas no filme, eu fiquei sem entender como tudo aquilo foi acontecer, especialmente com a Anna, sendo que o tempo todo tínhamos uma visão completamente oposta a ela.
Nem tudo foi explicado como deveria e senti que o filme te força a ler o livro para entender alguma coisa.
Não questiono isso, se um filme é uma adaptação literária, sempre bate uma curiosidade para saber como é a versão original, mas essa sensação de que falta alguma coisa de propósito, para te forçar a ler o livro é brochante.
Resumindo, o filme é bom, mas falta uma boa dose de sal. Assista, mas sem criar expectativas.
Vocês já viram esse filme? E o livro, leram? O que acharam?
Hey I'm With The Band
Eu assisti dias desses e gostei bastante, fiquei bem apreensiva com a história.
Teve momentos que eu duvidava da Anna, achava que era tudo da cabeça dela e em outros achava que era real tudo o que ela viu, acho que isso que é legal desses filmes, justamente deixar o espectador tão confuso quanto os personagens. Eu gosto pelo menos.
https://www.heyimwiththeband.com.br/
Hanna Carolina Lins
Sim, a ideia é bem essa mesmo. Espero que o livro seja melhor ainda que o filme. ^^
Jovem Jornalista
Estava té animado em ver o filme, mas depois da sua resenha fiquei com o pé meio atrás.
Boa semana!
Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia
Hanna Carolina Lins
Bom, você pode assistir e talvez até gostar. É tudo questão de gosto nesse mundo 😉