Olá meu povo, como estamos? Hoje eu queria falar sobre um filme que acabou de sair do forno lá no catálogo Netflix, mas que já ganhou meu coração: Relatos do Mundo.
Foto: Divulgação |
Filme: Relatos do mundo
Gênero: Drama, Histórico
Ano: 2021
Duração: 1h59min
País: EUA
Em Relatos do Mundo, no ano de 1870, o Capitão Jefferson Kyle Kidd, um viúvo que já lutou em duas guerras, viaja através do Texas oferecendo notícias do mundo para as pessoas, apesar dos jornais estarem se tornando cada vez mais acessíveis. Ele aceita uma proposta para levar uma menina de 10 anos, Johanna, até seus familiares. Criada pela tribo Kiowa, ela não conhece sua família e tem um comportamento hostil com as pessoas ao seu redor, mas acaba criando um vínculo com Kidd, forçando os dois a lidarem com as difíceis escolhas sobre o futuro.
Quando se fala em “Velho Oeste”, as pessoas costumam se lembrar da parte dos “mocinhos”, que ficam em salloons, disputando duelos por se apaixonarem por uma mocinha bonita, geralmente uma dançarina de cancan.
Ou mesmo, é aquele clima de “tiro, porrada e bomba”, de literalmente mocinho e bandido, e normalmente aparece um índio no meio para ajudar a restaurar a honra de alguém, e tudo termina em “felizes para sempre”.
Mas já pararam para pensar que nem sempre foi assim? Não era todo dia que essas coisas aconteciam e as pessoas tinham mais o que fazer nos outros dias da semana?
‘Relatos do mundo’ traz exatamente essa visão do “Velho Oeste”. Sem aquele glamour de mocinhas bonitas de batom vermelho e cinta-liga, sem o xerife para colar cartazes de procurado pela cidade, sem duelos a torto e a direita.
Aqui temos um filme até bem calmo, se formos comparar com outros filmes que se passam nessa época.
Nosso protagonista se chama Jefferson Kyle Kidd, um capitão reformado do exército americano, que agora ganha a vida vagando de cidade em cidade, lendo as últimas notícias do jornal do país.
Achei uma profissão até bem inusitada, mas que faz todo sentido, já que normalmente as pessoas não tinham acesso à educação e saber ler era para poucos em 1870, no meio do nada, literalmente.
Nessa época, os escravos ainda não tinham sido libertos no Sul, as estradas de ferro ainda estavam sendo levadas para o Oeste e as pessoas eram bem ignorantes com relação a muita coisa.
Assim, ter alguém que te cobre umas moedas, em troca de oferecer informação, acaba sendo uma boa troca.
Numa dessas viagens, Jefferson acaba esbarrando com uma menininha, Johanna, que aparentemente está perdida no meio da floresta, sem saber como voltar para casa.
Jefferson acaba se compadecendo da menina, especialmente quando descobre de onde ela vinha, e quer fazer de tudo para levá-la para casa.
Foto: Divulgação/Netflix |
Já deu para perceber que meus gostos andaram mudando do ano passado para cá, saí dos filmes com bastante ação para me aventurar nos mais calmos e baseados em livros.
‘Relatos do mundo’ foi um achado e dos bons. Sem efeitos especiais grandiosos e com um elenco relativamente pequeno, temos uma história emocionante, que nos mostra um outro lado dessa época, que não paramos muito para refletir.
A parte de “tiro, porrada e bomba” está presente? Está. Mas como eu disse antes, esse é um filme que não foca na aventura, então ele acaba se tornando mais calmo em relação aos outros filmes do estilo.
Além disso, aqui nós vemos que os tiros não são dados por mocinhos com sede de aventura e defendendo honra de mocinhas bonitas.
Vemos um ambiente selvagem, querendo acabar com um povo selvagem.
O Velho Oeste é uma época sombria, que mostra brancos americanos brigando para ter seu pedaço de terra e querendo tomar o pouco que sobra dos índios, que são nativos de lá desde antes de os colonizadores chegarem.
Foto: Divulgação/Netflix |
Os índios tem sua honra e um senso de justiça próprios, que os brancos veem como selvageria, mas acabam aplicando leis tão perversas quanto, disfarçando de progresso.
O capitão Kidd acaba passando por um pouco dos dois lados, conforme vai adentrando nos vilarejos mais remotos.
A menininha é um caso a parte, filha de alemães, que foi criada por índios. Assim, ela também tem um pouco de duas culturas completamente diferentes, o que dá um pouco de confusão para Kidd no início.
Mas eles acabam criando uma linguagem própria, que logo conquista até o telespectador.
Jefferson nunca teve filhos, talvez por isso ele vê em Johanna sua chance de ser pai, nem que seja por alguns dias, até que ela encontre sua família de direito.
Johanna não chegou até Jefferson por acaso, ela tem os seus fantasmas e vários de seus acessos e comportamento arredio acabam dando a Jefferson um toque de familiaridade, já que ele também tem seus fantasmas e sabe o quanto é doloroso tocar em certas feridas.
Aos poucos, a relação desses dois vai criando uma comoção tamanha, que é impossível não torcer por eles.
Foto: Divulgação/Netflix |
Além disso, Jefferson vê o mundo com outros olhos, de sonhador, coisa que não é muito comum numa época em que as pessoas só querem que o dia termine rápido, para começarem tudo de novo no dia seguinte.
Johanna acaba aprendendo a ter esse olhar. E os dois são errantes, que não se encaixam num mundo de progresso rápido. Eles caminham na contramão do mundo, talvez por isso se entendam tão bem.
Esse é um filme que te dá aquele quentinho no coração, ao mesmo tempo que te faz pensar que muita coisa que acontecia naquela época ainda acontece hoje.
Ele aborda com sutileza temas como escravidão, preconceito, violência e abandono. De uma forma tão delicada que te pica e te morde, e você nem sente.
Um ótimo filme para pensar fora da caixinha e refletir sobre o que queremos para nosso futuro.
Foto: Divulgação/Netflix |
Já tinham visto esse filme? O que acham desses filmes com esse tipo de proposta? Me contem aí!
Na Nossa Estante
Oi Hanna, tudo bem? Apesar de achar previsível em certos momentos, eu adorei o filme tb! Zengel está perfeita e Tom Hanks maravilhoso como sempre!
Bjs, Mi
O que tem na nossa estante
Any Duarte
Olha, vou te confessar aqui que adoro um filme de época. A dualidade entre as idades e experiências dos personagens Jefferson e Johana me interessou bastante, ainda mais quando se trata de superações.
Já anotei aqui no minha agendinha, e vou assistir o mais rápido possível.
Bjs.
http://www.criadoestapafurdio.blogspot.com
Luciano Otaciano
Oi, Hanna. Como vai? Não conhecia este filme, mas já me interessei por assistí-lo. Gosto de longa metragem de cunho dramático. Que bom que curtiu assistí-lo. Ótima resenha. Abraço!
https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Alessandra Salvia
Oi Hanna,
Não conhecia o filme, não é muito meu estilo, mas parece que merece uma chance!
Tom Hanks é muito bom ator!
beijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Priih
Oi Hanna, tudo bem?
Gostei da dica, é bem fora da minha zona de conforto e justamente por isso pensei em tentar me desafiar também. O Tom Hanks é um grande ator! A vibe do filme me lembrou Cold Mountain, você já assistiu? Também é um filme baseado em livro e tem essa pegada mais lenta, de pessoas tentando sobreviver em uma situação inóspita.
Beijos,
Priih
Infinitas Vidas
Cida
Oi Hanna! Ainda não tive oportunidade de ver o filme, mas gosto bastante do ator e quero conferir em breve. Bjos!! Cida
Moonlight Books
Chris Ferreira
Oi Hanna, mais uma dica sua que vou aproveitar. Acabei de assistir, ou melhor, maratonar, Cidade Invisível. Amei.
Já vou ver o filme hoje mesmo.
beijos
Chris
Inventando com a Mamãe / Instagram / Facebook / Pinterest
Leyanne
Eu gosto do ator e confesso que ainda não conhecia o filme. Fico feliz que tenha gostado, sinal que tem grandes chances de eu curtir também haha.
Bjs
Imersão Literária
Ariane Gisele Reis
Oi Hanna, tudo bem?
Não conhecia o filme, mas pela sua resenha percebi que ele é bem o estilo do filme que minha mãe e eu gostamos de assistir. A fotografia pelo visto também é muito bonita e fiquei curiosa para ouvir a trilha sonora.
Beijos;***
Ariane Gisele Reis | Blog My Dear Library.
EscutaEssa
Oi
Com certeza vou ver esse filme, ia ver hoje, mas acabei vendo Ponto Vermelho, que é muito bom.
Beijinhos
Renata
Escuta Essa | Instagram | Facebook | Twitter
Hey I'm With The Band
Fiquei bem curiosa pra assistir!
Eu estudei um pouquinho sobre os filmes de "Velho Oeste" e achei esse bem diferente e atual, porque é difícil ver criança em filmes do gênero e esse tem.
A história parece ser bem interessante também, bom saber que tem na Netflix hehe 🙂
https://www.heyimwiththeband.com.br/
Tayane Ribeiro
Eu tinha visto a capa do filme, mas nem cliquei para assistir. Amei esse enredo e em como é um pouco mais calmo, vou assistir hoje.
amei a dica
beijos
https://www.dearlytay.com.br/
Sil
Olá, Hanna.
Eu assisti muito filme de velho oeste quando era criança. Meu cunhado ama e eu era obrigada a assistir porque ficava de vela pra minha irmã hehe. Mas confesso que não gosto muito, ou foi porque tinha que assistir por obrigação e acabei pegando ranço hehe.
Prefácio
Leslie Leite
Senti a calmaria do filme lendo a sua resenha. Amei a premissa da obra e gosto desses filmes mais crus e pouco clichês. Quando possível vou assistir, já coloquei na minha lista.
Beijo, Blog Apenas Leite e Pimenta ♥
Silviane Casemiro
Oi, Hanna. Ainda não tive a oportunidade de assistir ao filme.
Estava de olho nos cartazes que vi por ai e parece interessante, sua critica é a primeira que leio e ja fiquei bastante interessa justamente por nao ser um filme clichê de faroeste
Silviane, blog kzmirobooks.com• Siga no Instagram: @kzmirobooks
Hanna Carolina Lins
Sim, é aquele filme que você assiste sem esperar muita coisa, mas acaba gostando. S2
Hanna Carolina Lins
Espero que curta o filme então. S2
Hanna Carolina Lins
Espero que curta o filme também. ^^
Hanna Carolina Lins
Ah, acho que vale uma chance sim, viu? ^^
Hanna Carolina Lins
Eu não assisti Cold Mountain, mas já vou anotar aqui para conferir também. Ainda mais se é nessa mesma pegada. ^^
Hanna Carolina Lins
Espero que goste. ^^
Hanna Carolina Lins
Sim, o filme é lindo e a fotografia também não fica atrás. S2
Hanna Carolina Lins
Ele é recém saído do forno… rs Mas é um bom filme. ^^
Hanna Carolina Lins
Opa! Espero que goste desse filme também. ^^
Hanna Carolina Lins
hahahha, acontece! =)
Mas espero que curta o filme também, quando pude ver 😉
Hanna Carolina Lins
Sim, é uma pegada bem diferente, por isso me chamou a atenção.
Hanna Carolina Lins
Eu também faço bastante isso, vejo um monte de coisa legal e não clico no poster… kkk
Hanna Carolina Lins
Ownt, que bom saber disso Leslie S2.
Hanna Carolina Lins
Ai, que situação! Assim acaba traumatizando a criança! kkk
Hanna Carolina Lins
Ownt, obrigada! =)