19 de August de 2021

Caminho das procissões | Vitor Barra

    Olá meu povo, como estamos? Ainda na onda das resenhas, hoje trago minhas impressões sobre Caminho das procissões, do autor nacional Vitor Barra. 
Caminho das procissões | Vitor Barra
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna

Obs. Conto lido em parceria com a editora Crônicas Fantásticas. 

45/24
Livro: Caminho das procissões
Autor: Vitor Barra
Editora: Crônicas Fantásticas 
Páginas: 134
Ano: 2021

Giovanni é um mago aprendiz de Khaali, um velho sábio babilônico que está vivo até os dias atuais. Khaali recebe um chamado estranho para visitar um antigo rei e resolve levar Giovanni junto dele para uma expedição até a cidade da Babilônia que atualmente existe escondida do que eles chamam de Mundo Externo.
Assim que chegam na cidade, entretanto, Khaali é preso e Giovanni se vê perdido no meio da multidão até encontrar uma mulher chamada Semíramis que o ajuda a fugir e se esconder.
Giovanni embarca em uma aventura para descobrir o motivo da prisão de seu mestre e buscar uma forma de libertá-lo, mas acaba se envolvendo em uma intriga muito maior na antiga cidade.

Caminho das procissões | Vitor Barra

 

    Giovanni, nosso protagonista, é um aprendiz de mago, que vive no mundo como conhecemos. Junto ao seu mestre, ele vive muito bem na Itália, seu país de origem. 
    Mas logo ele se vê em uma missão para lá de estranha, quando seu mestre começa a contar que terão de ir até a Babilônia, conversar com o rei. 
    A princípio achando que Khaali, seu mestre, está louco, ele acaba atravessando um portal que o leva direto para a cidade perdida, onde ele vai ver que não é apenas a cidade que está escondida, assim como vários segredos e intrigas de milênios atrás. 
   
   Eu gosto bastante da escrita do Vitor. Ela é simples, objetiva e direta. Diz logo a que veio e não economiza nas referências que usa. 
   Gostei bastante que ele resgatou uma cidade antiga, que faz parte de nossa história, com toques de Dr. Estranho no meio, que deram um toque bem especial. 
   Narrado em terceira pessoa, acompanhamos Giovanni e seu mestre nessa jornada, que vai ser de grandes ensinamentos para o rapaz. 
   A princípio, Giovanni é bastante incrédulo, especialmente quando Khaali afirma, com toda certeza que a Babilônia nunca deixou de existir. 
  Suas surpresas apenas aumentam quando ele acaba chegando na cidade para falar com o rei. Khaali acaba sendo preso em meio a uma confusão e Giovanni se vê perdido, a não ser por Semíramis, que o ajuda a escapar dos guardas. 
  Giovanni precisa salvar seu mestre, mas acaba esbarrando em segredos e esquemas de politicagem de milênios, que podem mudar o mundo como conhecemos, mesmo que não estejamos na mesma esfera. 
  Giovanni precisa usar os dons que treinou com Khaali se quiser sobreviver, a questão é se pode confiar em Semíramis e nas outras pessoas que se dizem seus amigos numa terra distante e mal encarada. 
   Com cenas de bastante ação, vamos acompanhando de perto Giovanni usando seus aprendizados e aprendendo novas lições de vida, de confiança e de coragem.
   E gostei bastante de ver como ele conseguiu se virar longe do seu mestre. Como ele amadureceu ao longo do conto e como viu a importância de certos ditos antigos. 
   Com um final espetacular e fechadinho, foi um conto que muito me surpreendeu, porém não totalmente. 
   O começo foi fantástico também, porém, por ser um conto mais extenso, o autor manteve tudo em texto corrido que, mesmo com cenas de ação atrás de cenas de ação, deixou a leitura cansativa no meio do caminho. 
   Isso porque eu acabei ficando meio perdida no decorrer dos acontecimentos, o que me decepcionou um pouco. O que é uma pena, já que gostei bastante da trama, por ser repleta de cenas de “tiro, porrada e bomba”, do jeito que gosto. 
  Talvez uma solução fosse deixar o conto divido em partes, ainda que fosse apenas parte I e II. 
  Assim ficava mais fácil de assimilar os acontecimentos e eu teria mais a ideia da continuação, sem me perder.   
  Os personagens foram muito bem bolados, tanto os “mocinhos” quanto os “vilões”, e foi bem fácil torcer por Giovanni e seu grupinho na luta do “bem x mal”. 
   Não apenas ela, mas a trama em si ficou espetacular, com um final satisfatório, que combinou perfeitamente com o conto. 
   A capa é bem simples e  objetiva, assim como a premissa do conto. A revisão está bem de boas, assim como a diagramação. 
   É um conto que recomendo, mas não posso dar nota máxima, pelo fato de ter a sensação de ter perdido o fio da meada no meio do caminho. 

Caminho das procissões | Vitor Barra
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna



    E aí, o que acharam desse conto? Me contem aí! ^^


  
   
    
   
     
 
Postado por:

Hanna de Paiva

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