Olá meu povo, como estamos? Hoje vou falar sobre minha última ida ao Theatro Municipal, no centro do Rio de Janeiro, para assistir um recital muito amorzinho.
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna
O recital em questão tratava-se do aniversário de 30 anos de carreira do tenor Fernando Portari, que começou sua carreira bem cedo logo no Theatro Municipal. Não tenho fotos nem filmagens do momento do espetáculo, já que é proibido fazer isso lá. Então vou mostrar um pouco de como é o Theatro propriamente dito, o prédio.
Foto: Erik Lourenço/Mundinho da Hanna
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna
E, para quem não conhece o artista Fernando Portari:
Foto: Divulgação
O tenor carioca Fernando Portari é unanimemente considerado um dos mais importantes cantores líricos da atualidade. Sua formação musical remonta às aulas com seu pai, Pedro Portari. Iniciou sua carreira muito jovem, aos 20 anos, apresentando-se em concertos líricos e óperas no Rio de Janeiro. Em 1989 cantava pela primeira vez no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, coadjuvando o mítico tenor Carlo Bergonzi na ópera “Un ballo in maschera”.Em 1991 interpretou o seu primeiro protagonista no nosso palco: Don Ottavio, em “Don Giovanni”. No mesmo ano venceu o Concurso Lina Kubala e recebeu uma bolsa de estudos para a Musikhochschule (Escola Superior de Música) de Karlsruhe, na Alemanha, onde foi aluno do tenor brasileiro Aldo Baldin.Seu début italiano se deu Teatro La Fenice de Veneza, cantando o papel de Jaquino na ópera Fidelio, de Beethoven. Em 1999 retornou ao La Fenice para cantar Riccardo na ópera Maria de Rohan, de Donizetti.Em 2000, cantou La rondine no Teatro dell’Opera em Roma e o Stabat Mater de Rossini em Florença.Participou de inúmeras montagens nos principais teatros de ópera em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Manaus e Ribeirão Preto. De Carlos Gomes cantou as óperas Il Guarany, em Campinas, e Côndor, no Festival de Ópera de Manaus. Apresentou-se como Des Grieux na ópera Manon de Massenet, na Staatsoper Unter den Linden em Berlim, ao lado de Anna Netrebko e sob a regência de Daniel Baremboim.Cantou ainda La rondine no La Fenice, Anna Bolena e Gianni Schicchi no Teatro Massimo em Palermo e La traviata na Staatsoper de Hamburgo. [Fonte]
Foto: Divulgação
Eu demorei um bocado para entrar no Theatro Municipal. Sempre achava que poderia deixar para depois, que iria dar tempo e blablabla. A verdade era que os ingressos eram muito caros para meu poder aquisitivo e eu ficava desanimada.
Com a crise dos museus e demais casas de cultura, o Theatro Municipal começou a manter a casa cheia, com ingressos a preços populares, ou até mesmo R$1,00. Graças a essas promoções, pessoas como eu, que nunca achavam que entrariam num ambiente tão clássico como o Theatro, conseguiram entrar e se emocionar com tudo o que eles sã capazes de proporcionar.
Essa foi na verdade minha segunda ida ao Theatro Municipal, porém a primeira para assistir um espetáculo de recital de música clássica.
Foto: Erik Lourenço/Mundinho da Hanna
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna
Foto: Erik/Lourenço/Mundinho da Hanna
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna
Foto: Erik Lourenço/Mundinho da Hanna
Esse em especial não foi tão divulgado, nosso colunista Erik Lourenço que achou a programação muito por acaso e me convidou. Fomos como quem não quer nada, ficamos nas áreas mais baratas disponíveis. Mas pense na minha felicidade quando, ao ver que tinha pouca gente na área que escolhemos, o diretor do Theatro mandou que fôssemos todos para a área da plateia. Ficar tão pertinho do palco, a ponto de tocar nos artistas, foi uma emoção que não posso nem quantificar.
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna
Foto: Erik Lourenço/Mundinho da Hanna
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna
Só posso dizer o quanto fiquei feliz pelo convite do meu amigo, de conhecer algumas músicas cantadas de uma forma que jamais imaginei e ver que os artistas de teatro são gente como a gente.
Fiquei ainda mais admirada ao ver o currículo do tenor Fernando Portari. E mais encantada ainda ao ver o da pianista Priscila Bomfim, que o acompanhou nesse recital:
Foto: Divulgação
É pianista e maestra assistente do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Tem sido requisitada como pianista para concertos com solistas em importantes Salas no Brasil e no exterior, devido a seu toque refinado e sua habilidade com o repertório operístico e camerístico. Desenvolve, paralelamente, carreira como regente, tendo sido a primeira mulher a reger óperas da temporada do Theatro Municipal – Serse, de Handel (2016), La tragédie de Carmen, de Bizet/Constant (2017) e Un ballo in maschera, de Verdi (2018). Priscila iniciou seus estudos musicais em Portugal, onde nasceu e venceu seu primeiro concurso de piano, aos nove anos de idade. Na UFRJ, graduou-se em piano com Summa cum Laude (Com a maior das honras), Regência orquestral e Mestrado em Performance, defendendo um relevante trabalho sobre Leitura à primeira vista ao piano.
Foto: Divulgação
Sei que tenho falado de música clássica nos últimos tempos por aqui, e acabo indicando clássicos de época barroca ou renascentista. Falo também de muita gente contemporânea, mas uma falha minha é não falar sobre os clássicos que são nossos. Como viram, não apenas o tenor, mas a pianista são artistas super conceituados, e são de origem nossa, Tupiniquim mesmo. Assistir esse recital me fez ver que eu era mais uma que pensava que música boa só é tocada por pessoas de fora, já que nunca pensei em procurar um artista brasileiro. E temos tantos tão talentosos por aí, que o mundo inteiro reconhece, menos a gente mesmo.
Então, recomendo que não deixem de ouvir as músicas que tanto gostam e que são estrangeiras, até porque eu não deixarei de fazer isso. Mas que procuremos mais por coisas que são nossas, temos músicas boas e belíssimas sim, temos artistas incríveis sim, temos talento sim!
Ah, eu não pude filmar, nem fotografar durante o espetáculo, mas pessoas credenciadas para isso podem. Então, fiquem com um gostinho do talento dessa dupla incrível! 😉
Fernando Portari
Priscila Bomfim
Foto: Erik Lourenço/Mundinho da Hanna
E me contem aí, o que acharam do espetáculo? Na cidade de vocês tem algum teatro grandioso assim?
Até mais!