15 de August de 2024

Hotel Magnifique | Emily Taylor

Olá meu povo, como estamos? Hoje eu trago a resenha de uma de minhas últimas leituras do mês de julho: ‘Hotel Magnifique’, escrito por Emily Taylor.

Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna

Livro: Hotel Magnifique

Autoria: Emily Taylor

Tradução: Marcela Filizola

Editora: Galera Record

Ano: 2024

Páginas: 400

País: Estados Unidos

Formato: Digital (Disponível no catálogo do Kindle Unlimited até o momento)

Nota: 3/5

Quando o ponteiro do relógio aponta para a meia-noite… o Hotel Magnifique parte para um Outro Lugar. E, por onde passa, arrasta multidões que desejam viver tudo o que o lendário e mágico lugar oferece. Com as irmãs Jani e Zosa, não é diferente. As garotas sempre ouviram histórias sobre magia exuberante, encantamentos magníficos e suminários ― magos ― poderosos, mas tudo isso sempre havia estado fora de seu alcance.

Até o dia que o grandioso Hotel Magnifique chega à cidade. Elas acreditam que, se forem contratadas como funcionárias, realizarão o sonho de ter uma vida melhor e de viverem muitas aventuras pelo mundo. Mas as coisas não saem exatamente como esperado. Uma vez lá dentro, percebem que, no Hotel Magnifique, nem tudo é o que parece.

O lugar onde os sonhos se tornam realidade parece esconder pesadelos: alguns funcionários se comportam de forma muito estranha, segredos se mostram perigosos demais para aqueles que os descobrem e a vida de Zosa está ameaçada. Para desvendar o que está acontecendo, Jani se alia a Bel, um bonito e misterioso funcionário, e, juntos, eles explorarão os sigilos do hotel enquanto tentam escapar de ameaças vindas do alto escalão.

Mesmo sabendo que o que se vive no Hotel Magnifique fica no Hotel Magnifique ― pois todas as lembranças das experiências vividas ali são supostamente apagadas da memória após o check-out ―, Jani tentará resistir ao sedutor universo do hotel enquanto busca pela verdade por trás de sua aparência deslumbrante.

A próxima meia-noite está chegando e você não vai querer perder o novo destino do Hotel Magnifique.

Jani e Zosa são órfãs e não estão em boas condições. Embora trabalhem duro, estão constantemente preocupadas com a próxima refeição e o aluguel do quarto fedorento em que dormem. Apesar disso, elas não perdem a esperança de ter uma vida melhor e mais tranquila.

A expectativa aumenta a cada dia, principalmente com a notícia da chegada do grande Hotel Magifique, um lugar de muita magia e que, a cada dia, está em uma cidade diferente. Lá, tudo acontece e todos os funcionários tem uma boa vida. Além disso, tem uma garantia de aposentadoria rápida e gorda, o que lhes enche os olhos e o coração de esperança.

Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna

Só tem um problema: nem todos são escolhidos para entrar lá. Isso sem contar que por trás de um grande e poderoso hotel, podem estar escondidos segredos perigosos e a ignorância pode ser uma benção.   

“Eu não sabia onde no mundo eu estava, ou onde eu estaria amanhã. Provavelmente não importava. Ir para casa agora parecia impossível.”

Hotel Magnifique nunca esteve no meu radar, ainda mais porque eu estou por fora dos lançamentos do ano. Mas nas promoções de Book Friday eu vi que algumas pessoas mostraram a capa dele e fui totalmente influenciada pela arte bonita, que mais parecia um quadro. O preço também ajudou um bocado, pois consegui o exemplar digital pela bagatela de R$1,99.

Mal baixei a obra, comecei a ler, sem me ligar em qualquer resenha, a fim de não me influenciar. Contudo, esse foi um caso em que deveria ter lido as benditas opiniões antes, ou mesmo a sinopse, para saber no que estava me metendo.

A narrativa é em primeira pessoa, pelo ponto de vista de Jani. Ela é a irmã mais velha e toma conta de Zosa, fazendo o papel que a mãe faria se ainda estivesse viva. Elas são bastante unidas e estão sempre juntas em tudo. Logo, quando surge a oportunidade de trabalhar no Hotel Magnifique, as duas alimentam sonhos de aventuras e comida farta na mesa. Porém, nada sai como o planejado.

Para começo de conversa, achei a Jani uma protagonista chata, superprotetora e invejosa, uma combinação nada boa para uma personagem principal. Até tentei levar em consideração sua falta de maturidade pela idade, posto que era uma adolescente de 17 anos. Mas não consegui passar pano quando o auge da história foi acontecendo.

“Nunca parecia haver um fim para os segredos desse hotel, não importava o quanto eu descobrisse.”

Ela teve todas as chances do universo para amadurecer e ser uma pessoa melhor, mas só conseguiu se tornar cada vez mais irritante e sem noção. O que só me fez criar ranço a cada capítulo.

Além disso, não gostei do recurso que a autora usou para lidar com as situações de Jani. Eis que tudo neste hotel se resolve de forma mágica (sim, um trocadilho, dado que os funcionários do local são magos) e sem emoção. Nada do que aconteceu com a personagem me convenceu e eu cheguei a duvidar que tudo aquilo fosse possível, mesmo em um universo fantástico, diante das dificuldades que ela deveria enfrentar.

Zosa, por sua vez, é uma menina sonhadora e que só queria ficar junto da irmã. No entanto, some no meio da multidão logo após ser contratada e aparece depois, como se nada tivesse acontecido e salva o dia. Isso não me convenceu, ainda mais depois de algumas descobertas, vindas da própria Jani ao longo da narrativa, que tornam esse comportamento impossível de acontecer.

Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna

A sensação de que nada convence fica mais latente conforme o elenco secundário é apresentado. O hotel em si é muito interessante de se conhecer, dá para sentir a magia correndo em cada corredor e eu confesso que gostaria de conhecer o local algum dia, se existisse.

“Não éramos mais do que fantasmas flutuando pelo mundo.”

Os funcionários, por sua vez, são extremamente poderosos e fazem de tudo para se proteger dos humanos sem magia. Logo, quando Jani dá uma de menina enxerida, todos ficam incomodados e tentam se proteger (não julgo, pois eu faria o mesmo). Contudo, o que era para ser uma fantasia maravilhosa e cheia de reviravoltas, se tornou um eterno nada atrás de nada.

A protagonista dá uma de detetive (sem necessidade) pelo hotel, com a desculpa de querer achar a irmã. Mas entra em situações nas quais não foi chamada e resolve tudo de forma impossível. Eu fiquei indignada com o fato dela se meter com pessoas extremamente poderosas, capazes de pulverizar alguém com o olhar, mas deixavam que Jani fizesse tudo o que fazia, sem nem sequer dar uma resposta à altura!

Pelo contrário, só sorriam, acenavam, falavam que a vingança seria maligna e saíam de cena, deixando a menina seguir em frente! Como pode um negócio desses?! A impressão que me deu foi que a autora só se preocupou em fazer o público torcer pela invejosa (ops, heroína) e nada mais importava! Isso pode funcionar muito bem em contos de fadas, mas aqui não deu certo, mesmo sendo uma fantasia. 

Confesso que tive muita vontade de abandonar essa leitura, mas eu não consegui (algo raro), pois me custava a acreditar que a narrativa teria esse desenvolvimento até o final (mesmo que estivesse na minha cara). No entanto, o desfecho foi tão conto de fadas quanto toda a narrativa.

Assim, não posso dizer que não foi condizente com o que vinha sendo apresentado até então. Contudo, não me agradou, nem nos últimos momentos.  O que é uma pena, pois a premissa da história é boa, mas não cumpre o que promete e deixa o leitor decepcionado com um Deus Ex-Machina resolvendo todos os problemas.

Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna

Em relação ao livro em si, a obra tem uma capa muito linda, com uma padronagem simples e objetiva. A revisão e diagramação estão muito bonitas também, o que faz a obra ser desejável na estante.

Finalizo dizendo que Hotel Magnifique não foi tudo o que eu esperava. Mas ainda assim recomendo, pois pode ser que a leitura seja mais positiva para você do que foi comigo.

Você já leu esse livro ou algum outro da autora? Me conta nos comentários.

Texto revisado por Emerson Silva

Postado por:

Hanna de Paiva

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