Depois do final emocionante, a la contos de fadas em ‘Meu Crush de Nova York’, Charlotte e Ethan não poderiam estar mais felizes. E não era para menos. A mãe de Charlotte conseguiu dar a volta por cima na vida amorosa e superou a separação. A mocinha conseguiu um novo emprego, numa empresa importante e Ethan veio até o Brasil atrás dela, para declarar seu amor. Mais cara de filme, impossível!
Mas Charlotte, por mais que esteja vivendo um sonho, sabe que a vida continua depois do “felizes para sempre”. E, se quiser viver esse amor com Ethan, terá que superar muita coisa pelo meio do caminho.
“O lugar mais seguro do mundo. É assim que quero que pense sempre que estiver em meus braços.”
Como eu esperei por essa sequência! Me apaixonei pela história à primeira vista e, com a continuação, não seria diferente. Se antes a trama se passava pelos pontos turísticos de Nova York, agora temos um cenário mais tropical.
Isso porque Ethan veio ao Brasil, para se declarar pessoalmente para Charlotte. Junte isso à emoção de viajar de avião pela primeira vez na vida (além da primeira viagem internacional do rapaz) e temos um turista apaixonado em dose dupla.
Do mesmo jeito que ele foi seu guia quando esteve em Nova York, agora é a vez de Charlotte retribuir e ajudar seu amado a passear pelas “terras tupiniquins”, ainda que seja por apenas uma semana. E assim partem os dois pela “Cidade Maravilhosa”. Mantendo a narrativa em primeira pessoa, vemos as coisas pelo ângulo de Charlotte.
A mocinha não é do tipo que ama muito a cidade onde vive, por n motivos. É até engraçado ver o quanto ela fica admirada com as reações de Ethan a cada parada que fazem. Isso porque, enquanto o rapaz está apaixonado pelo Brasil e por toda a cultura e beleza que pode oferecer, mesmo que seja em lugares mais clichês, como a praia de Copacabana e o Cristo Redentor, Charlotte percebe que mal conhece a própria cidade e tem até dificuldades de retribuir o favor de Ethan enquanto esteve na cidade dele.
Mantendo a escrita fluida e levinha, foi impossível não se transportar para os lugares onde passeavam. E, como moradora da “Cidade Maravilhosa”, foi até nostálgico ver que o casal mais lindo da literatura visitava exatamente os lugares que eu mais amava ir antes da pandemia, como o Theatro Municipal, o CCBB e até a praia do Leme. Como a Raffa também é daqui, tinha propriedade para descrever com detalhes alguns lugares cariocas.
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Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna |
O que me deu a sensação de familiaridade e, mesmo se nunca tivesse morado na cidade, teria visitado os pontos do mesmo jeito, pela imaginação. A autora não economizou detalhes e falou sem medo, tanto das partes boas, quanto das ruins sobre o Rio de Janeiro, o que foi um ponto bastante positivo, aliás.
Isso porque tira aquela ilusão de que a “Cidade Maravilhosa” é perfeita, mas ainda tem motivos mais do que suficientes para encantar qualquer um quando menos se espera. Assim como no primeiro volume, a leitura me deu um toque de familiaridade.
Talvez por manter o estilo da narrativa e já conhecendo a autora pessoalmente, ainda não consigo imaginar a Charlotte narrando os fatos, mas tenho a sensação de ser a própria Raffa lendo o livro em público.
O que continua não sendo ruim, muito pelo contrário. Ri litros ao
ler as cenas de Charlotte e Ethan passeando por aqui. Em especial nas partes em que ela reclamava mentalmente por alguns pequenos detalhes, que só quem está na portinha da casa dos 30 (ou no meus caso, já passaram da porta), entende.
E é impossível não querer dar um abraço em solidariedade à coitada da protagonista, ainda mais se for uma leitora que também tenha conhecimento de causa. A única coisa que não gostei muito foi a forma como a diferença de idade dos dois era retratada.
Tudo bem que o rapaz era mais novo, só que nem era tão gritante assim e Charlotte agia como se ela fosse uma velha idosa e ele uma criança de vez em quando. Por mais que tenha sido engraçado em alguns momentos, para uma mulher bem resolvida, acho que ela poderia desencanar um pouco desse detalhe.
Apesar de não gostar, não foi algo que incomodou na experiência de leitura em si. Porém, se já tinha notado isso antes, aqui tive a certeza de que ‘Meu Crush de Nova York’ não tem o gosto dos filmes e livros clichês de comédia romântica, onde tudo é um eterno comercial de margarina. Charlotte é uma personagem bem construída, bem madura e uma das minhas favoritas.
Finalmente ela conseguiu o emprego que tanto esperava e está se adaptando à nova rotina no Brasil. Mesmo que Ethan esteja aqui também e as coisas pareçam um sonho do qual não quer acordar, ela sabe que os boletos precisam ser pagos no final do mês e amor não enche barriga.
“Não, não foi pesadelo. Foi a realidade, e ela às vezes assusta mais do que qualquer filme de terror.”
Além disso, logo o rapaz vai ter que voltar para Nova York e assumir os compromissos que deixou para trás. Ver como eles lidam com tudo isso, de maneira compreensiva e madura, mas sem deixar de sonhar, rendeu vários pontos.
“Como faz para ligar esse tal de destino e assistir logo ao último capítulo e saber se tem final feliz?”
Até porque estão vivendo um relacionamento à distância. Apesar de ser algo frequente nos dias de hoje, especialmente com a tecnologia, muitos ainda associam a uma espécie de contos de fadas do mundo moderno.
Então, ver como Charlotte e Ethan lidam com isso rende alguns questionamentos interessantes, até por ser algo bem atual. Também, achei bem legal que a autora manteve uma linha do tempo próxima do presente.
Assim, alguns acontecimentos importantes dos últimos tempos acabaram entrando na trama. Mesmo que tenha um clima de “contos de fadas”, diante de algumas reviravoltas previsíveis na vida de Charlotte, ver como o casal encarou os fatos da atualidade deixou a trama com mais pé no chão.
Fora que os personagens se mostraram mais “gente como a gente”, que tem seus problemas diários e precisam lidar com isso, sem precisar desligar o botão da responsabilidade para viver seus sentimentos. Isso só me fez ficar ainda mais encantada com a leitura.
Outra coisa que chamou atenção é que, se não me engano, esse é o primeiro livro onde a autora se aventurou por cenas mais hot. Mesmo avisada por ela, ainda estava com o pé atrás, por não ser o estilo de leitura que me atrai.
No entanto, posso dizer que ela começou com o pé direito, pois as cenas foram bem dosadas na trama, sem ficarem vulgares, nem desnecessárias. Além disso, por mais apaixonados que estivessem, os pombinhos tinham mais o que fazer também. E adorei isso, pois manteve a narrativa fluida, sem ficar forçada e não me incomodou.
O desfecho é no clima de “quase final feliz, mas aguarde cenas do próximo capítulo para confirmar”. De acordo com a autora, teremos mais um episódio de Charlotte e Ethan, o que me deixa mais ansiosa para saber como tudo vai se resolver.
O livro segue a mesma linha do primeiro volume, dessa vez em tons de verde. Amo o detalhe das letras que formam o título em alto relevo, assim como a diagramação ao longo do livro. A revisão está de parabéns e nem preciso dizer que já montei uma nova playlist com os filmes, séries e músicas citados pelo casal.
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Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna |
‘Meu Crush de Nova York 2’ é um romance leve, divertido e tem umas pitadas de realidade, onde ninguém é perfeito, mas nem por isso deixam de viver um grande amor. Além disso, foi uma leitura maravilhosa, que recomendo, especialmente se, assim como eu, você também procura sair de uma ressaca literária.
E aí, já leram algum outro livro da autora? Curtem romances com esse pé na realidade? Me contem aí! 😉
Giovana Oliveira
Oi!
Já li um livro da Raffa Fustagno (o "Minha Novela Turca"), mas não conhecia essas histórias, que bom que a história tem clima de comédias românticas e com um bom desenvolvimento de personagem.
Beijão
https://deiumjeito.blogspot.com/
Luciano Otaciano
Oi, Hanna! Como vai? Parece um romance gostoso de ser lido, não é mesmo? Que bom que gostou. Abraço!
https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Leyanne
Oie, sinto que sempre que acabo de ler um livro pesado, preciso de algo leve e nesse estilo para equilibrar haha. Gostei da dica.
Bjs
Imersão Literária
Cida
Oi Hanna! Já havia visto o livro, mas a sua resenha é a primeira que leio. Gostei da premissa da história e sempre quis ler algo da autora. Vou conferir assim que possível. Bjos!! Cida
Moonlight Books
Hanna Carolina Lins
Ela tem vários outros livros. E são nessa mesma pegada, recomendo =)
Hanna Carolina Lins
É sim Luciano =)
Hanna Carolina Lins
É uma ótima sugestão, aliás, haha
Hanna Carolina Lins
Sério? Que legal! =)
Adriana Leandro
No momento estou mais na vibe de livros de autodesenvolvimento, mas tenho certeza que eu daria uma chance para esse romance por ter um pouco de comédia. Deve ser bom ler num romance, cenas de lugares da cidade que a gente conhece tão bem.
Bjus!
galerafashion.com
Teresa Isabel Silva
Mais uma sugestão que vou levar!
Obrigada pela partilha!
Bjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
Miriã Mikaely
Oi, Hanna. Eu acho que iria me identificar muito com a história porque meu relacionamento também é a distância, e é muito complicado namorar assim. Requer mais paciência e um esforço muito grande de ambas as partes. Sempre vejo os livros da Raffa por aí, mas nunca li nada dela. Talvez seja a hora de começar 😉
Beijo!
https://www.capitulotreze.com.br/
Sil
Olá, Hanna.
Eu li o primeiro livro e gostei bastante apesar de achar a protagonista meio chata hehe. Mas uma coisa que chamou muito a minha atenção foi o cenário. A autora leva a gente para uma viagem e a vontade é correr lá conhecer todos os lugares citados. E esse ponto aprece ter se repetido nesse segundo livro.
Prefácio
Hanna Carolina Lins
Te entendo. E sim, é muito bom ler um romance em uma cidade que conhecemos, parece até que somos amigos dos personagens, hehe.
Hanna Carolina Lins
Espero que goste da leitura =)
Hanna Carolina Lins
Sério? Nossa, que coincidência então. ^^ Com relação aos livros da autora, é uma leitura que recomendo, viu?
Hanna Carolina Lins
Ah, ela é meio chata no primeiro volume mesmo, hehe. Mas depois melhora, confia, ^^.
E sim, o lance da cidade se repetiu no segundo volume e foi maravilhoso, em especial por morar aqui, hehe.