11 de February de 2023

O Amor Não Tem Nome | Lauren Kate

Olá meu povo, como estamos? Hoje trago resenha de um romance mais clichê, perfeito para ler no final de semana. Com vocês: ‘O Amor Não Tem Nome’, da autora Lauren Kate. 
O Amor Não Tem Nome | Lauren Kate
Foto: Hanna de Paiva| Mundinho da Hanna

 

7/60 
Livro: O Amor Não Tem Nome
Autora: Lauren Kate
Tradutora: Juliana Romeiro
Editora: Record
Páginas: 252
Ano: 2022
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O Amor Não Tem Nome | Lauren Kate

 

 
Lanie Bloom é editora na Peony Books e ama seu trabalho, especialmente por ser editora assitente dos livros de Noa Callaway, sua autora favorita (e também a mais hypada dos últimos tempos). Ainda, da moça carreira dá um verdadeiro upgrade quando descobre que será promovida a editora chefe e finalmente conhecerá a escritora.
O que seria ótimo, se Noa não fosse uma pessoa tão misteriosa, ao ponto de ninguém saber sua verdadeira identidade. Para completar, está cinco meses atrasada para entregar o último livro. 
Além disso, a promoção de Lanie depende única e exclusivamente de fazer a tal obra sair do forno. Mas como fazer isso, se nem sabe de quem precisa cobrar? Isso é o que iremos descobrir. 

 

“Na vida e na ficção, a maioria das pessoas acaba sendo definida por
seus obstáculos.”

  ‘O Amor Não Tem Nome’ é um livro que não estava em meus planos, mas acabei incluindo nas leituras de janeiro por fazer parte do Clubinho de Leitura, organizado pela Carol do Pequena Jornalista. E, devo dizer, foi uma boa leitura, porém nem tanto.

A narrativa é fluida e vemos as coisas pelo ângulo da protagonista. Lanie Bloom é uma mulher bonita, inteligente e que tem uma carreira de sucesso. Sua felicidade é maior por trabalhar com algo que gosta, de maneira especial lidando com sua autora favorita, ainda que indiretamente, pois ninguém sabe quem de fato é Noa Callaway. Esse mistério atrai a atenção do público, que sempre é presenteado com obras belíssimas e que fazem o faturamento da Peony Books ir às alturas.
   
Assim, ser promovida logo quando o último romance da autora está atrasado cinco meses (algo que nunca havia acontecido) é uma maravilha para a protagonista, ao mesmo tempo que angustiante. Afinal, a condição para que se mantenha no novo cargo é que a bendita obra precisa ser publicada. Caso contrário, será demitida.
   
Então, Lanie começa uma verdadeira corrida contra o tempo, não apenas para manter os fãs da Noa atualizados com os lançamentos, mas também para manter sua carreira estável. Gostei bastante dessa premissa de ter uma comédia romântica ambientada dentro de uma editora. Nunca tinha lido nada do tipo e sempre tive certa curiosidade de saber como são os bastidores até que as obras cheguem nas livrarias.
 
 
 

 

O Amor Não Tem Nome | Lauren Kate
Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna

 

 
 
Além disso, Lanie é uma personagem mais gente como a gente, que lida com os problemas do dia a dia e também do emprego. Gostei também por não entrar no estereótipo que vemos nos filmes ambientados em Nova York, onde o povo parece só saber trabalhar e nada mais importa. Isso rendeu uns pontos para a leitura.
   
Aos poucos, vamos vendo como ela lida com a nova posição e tentando fazer o livro ser publicado. O que rende diversas cenas engraçadas, especialmente quando descobre a real identidade de Noa. Porém, é aqui que as coisas desandam um pouco. Sendo um romance clichê, já esperava que algumas coisas fossem previsíveis, mas não tão jogadas na cara do leitor.
   
Logo nas primeiras páginas, eu já matei a xarada de quem era a pessoa misteriosa e me “broxei” um pouco. Não que isso fosse ruim, mas a forma como tudo foi revelado me decepcionou, pois a autora não soube aproveitar os próprios ganchos e ficou uma cena sem sal e jogada.
   
A situação melhora um pouco quando vemos a relação de Lanie com sua avó que, por mim, teria um livro apenas para ela. A senhorinha é mais para frente do que a própria neta e tem tanta sabedoria e energia de vida, que me senti como se a conhecesse há tempos. 
   
Toda vez que aparecia, eu dava um sorriso sincero e já esperava pelas histórias sobre sua juventude apimentada com o marido (que também não ficava atrás). O que mais gostei foi ver que ela não tinha vergonha de ter vivido, muito menos de contar suas experiências, o que é perfeitamente plausível, pois mostra o quanto é segura de si e tem uma autoestima lá no alto.

 

“Se confiar no amor fosse uma fonte de energia, você poderia abastecer um pequeno planeta.”

 

Embora leve a algumas cenas constrangedoras para Lanie, a relação entre as duas é muito fofa e digna de colocar em um potinho. Talvez por isso a protagonista lide com as adversidades de forma mais madura e digna. De modo especial, no que se refere à vida amorosa com Ryan.
   
O rapaz é um “partidão”; bonito, charmoso, bem sucedido e rico. Trabalha em outro estado e está pautando sua carreira na política. Faz de tudo para manter Lanie ao seu lado, porém a forma como faz isso me leva a questionar seus verdadeiros sentimentos. Embora diga que torce pela mocinha, não perde a oportunidade de puxar o tapete dela quando está subindo um degrau na carreira.
 
 
O Amor Não Tem Nome | Lauren Kate
Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna

 

 
 
Nunca valoriza suas vitórias e quer pautar a vida da noiva para se encaixar na sua, sem sequer perguntar se é isso o que ela quer. Isso leva a situações constrangedoras, incômodas e tristes, mas que provavelmente alguém vai se identificar (como eu). A verdade é que ambos viviam uma situação em que não se amavam, porém seguem juntos por ser confortável e nunca “terem tempo” de conversar. Quando Lanie tenta, é sempre jogada para escanteio e convidada a se calar.
   
No entanto, conforme a mocinha vai entendendo certas reviravoltas em sua vida, lida com isso de uma forma tão madura que me emocionou. Gostei bastante de como ela seguiu em frente, mas não posso dizer o mesmo sobre Ryan (que por mim, foi embora e nem fez falta).

 

“Não existe isso de alguém corresponder a todas as expectativas de outra pessoa. E é por isso que clubes do livro e avós existem.”

 

O espaço dele, aliás, passa a ser ocupado por Noa Callaway, que a essa altura já é meio óbvio que tem uma química com Lanie. Seja de amizade ou algo mais, não se sabe, mas a relação que se constrói é muito bonita de se ver. 
   
Mas teria sido mais ainda, se eu tivesse algumas respostas ou até mais detalhes. Sim, vocês leram isso mesmo. A blogueira que odeia detalhes queria mais páginas e mais detalhes aqui. Isso porque conforme vai se passando a trama, pude acompanhar a jornada de aprendizado de Lanie e vendo o quanto ela poderia cultivar mais suas amizades verdadeiras e amor próprio. Contudo, as cenas foram tão rápidas que nem deu tempo de absorver os detalhes para me imaginar na cena propriamente dita.

 

“Talvez os relacionamentos comecem de verdade quando se aceita o outro como ele é.”

 

O mesmo observei para a história de Noa e o real motivo para seu bloqueio (que não ficou muito bem explicado, na real). Gostei também de ver como era sua relação familiar e ver o quanto tinha em comum com Lanie em diversos sentidos. 
   
Contudo, não consegui me conectar com seus dilemas por ter sido uma informação jogada no colo do leitor, sem tempo para emoção. Entendo que em comédias românticas as coisas não costumam ser bem explicadas e o final feliz já se sabe logo de cara. Mas ainda acho que teria espaço para trabalhar mais a parte desse mistério e deixar o leitor curioso, o que não aconteceu em momento algum.
O mesmo se observa para os personagens secundários. Todos tem seus dilemas pessoais, com os quais precisam lidar em algum momento. Entretanto, são informações lançadas ao vento, sem qualquer conexão com a história e eu fiquei com a sensação de “fofoca contada pela metade”. Isso ficou mais forte ainda por pessoas tão importantes para a história terem simplesmente desaparecido com um mero “puf!’, como se jamais tivessem existido na trama.
 
 
O Amor Não Tem Nome | Lauren Kate
Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna

 

 
 
A sensação incômoda se manteve até o desfecho, aliás. Como comentei, é um estilo de livro onde tudo é previsível. Porém existe um limiar entre o leitor já esperar para de fato ler o acontecimento e você terminar a leitura com a sensação de que o livro “veio com defeito”. 
   
Isso porque senti falta de páginas no arquivo para completar a história. O final dos protagonistas é fofo e condizente com a trama, mas faltaram muitas peças para que se tornasse perfeito e aceitável.
   
Falando sobre o livro em si, tem uma diagramação bem feita, assim como a revisão. A fonte é legível, confortável à leitura e tem uma capa fofinha. Embora tenha sido uma história que gostei de conhecer, não leria novamente. Recomendo para aqueles momentos de ressaca literária, ou para intercalar com leituras mais densas (como fiz). Mas não crie expectativas.
 
 
 
                                            
 
   
Já leram essa ou alguma outra obra da autora? 
 

 

Texto revisado por Emerson Silva

 

Postado por:

Hanna de Paiva

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