28 de November de 2024

O Circo que RI | Lia Cavaliera

Olá meu povo, como estamos? É resenha de conto assustador que você quer? Então pega essa de ‘O Circo que RI – O Mágico’, uma obra nacional capaz de te deixar de cabelo em pé.

Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna

Livro: O Circo que Ri – O Mágico

Autoria: Lia Cavaliera

Editora: Independente

Páginas: 25

Ano: 2024

Formato: Digital (Disponível no Kindle Unlimited até o momento)

País: Brasil

Nota: 4/5

Débora finalmente tem a chance de ver um espetáculo: o Circo Volantis chegou! Parando com suas atrações na vila de Vista Alegre, a diversão é uma novidade bem-vinda. Desesperada para fugir da monotonia do dia a dia, a garota procura a magia debaixo da tenda do circo, porém, só chega a tempo de entrar para ver a última apresentação: O Mágico. Mas será que conseguirá sair?

Débora é uma jovem que tem uma vida corrida, cheia de compromissos e mal consegue tempo para respirar. A vida em uma cidade pequena e monótona também não ajuda muito e a moça vive entediada, mesmo nos poucos intervalos de descanso.

Mas um fio de esperança surge quando aparece o anúncio da chegada do Circo Volantis – um espetáculo com ares de companhias internacionais de alta qualidade -, que pode dar certo movimento ao local, nem que seja por alguns dias. Os moradores só falam disso e Débora sonha em ter a experiência de assistir, ao menos por um dia, e tirar suas próprias conclusões.

Os ingressos são disputados e ela consegue um aos 45 do segundo tempo. No entanto, mesmo tendo feito tanto esforço, parece uma missão impossível ter tempo sequer para chegar ao circo no horário do evento.

Ela até consegue, mas só nos últimos minutos, já na hora do mágico se apresentar. Contudo, o grande problema nem foi o fato dela conseguir entrar no circo, mas se vai conseguir voltar para casa e contar sua história.

Gente, que “Xou da Xuxa foi esse?!” Eu nunca tinha lido nada da autora, mas aproveitei que tinha esse conto disponível durante o evento do Encha Seu Kindle para baixar o conto e conhecer. Embora estivesse bem curiosa, deixei para ler durante o Halloween, pois queria uma leitura temática para passar a data.

Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna

Para completar a experiência, fiz o grande favor, sqn, de ler este bendito de madrugada. E se o objetivo da autora era me deixar com medo do escuro, ela conseguiu com sucesso! A narrativa é em terceira pessoa, mas traz os fatos pelo ponto de vista de Débora. A protagonista é uma pessoa comum, com uma vida de gente comum; ou seja, trabalha demais, descansa de menos, mas sonha em ter logo suas férias.

Enquanto elas não chegam, ela vive dias de tédio na cidade de Vista Alegre, que parece alimentar ainda mais a monotonia. Porém, esses dias sem graça estão mudando, desde que o Circo Volantis anunciou sua chegada na pacata localidade.

Com promessas de trazer um espetáculo a lá Cirque du Soleil, as expectativas da apresentação eram bem altas e não saíam da boca do povo. Obviamente que Débora também gostaria de conferir. Afinal, qualquer coisa valia para sair do tédio, mesmo que não fosse um de seus rolês favoritos.

E assim ela vai atrás do ingresso para ser capaz de opinar a respeito quando falarem com ela pela enésima vez sobre o bendito do circo. A jovem tem uma escolha: ir para casa e se arrepender por continuar no tédio e fora da notícia do momento, ou ir até lá e conferir, nem que seja apenas os últimos minutos. Ela decide pela segunda opção e assiste o show do mágico, o que não seria de todo ruim, já que era o que mais se falava na cidade.

Mas o problema é que Débora está prestes a ver algo que mudará sua vida para sempre. E o quanto isso será bom ou ruim, vai depender e muito do ponto de vista de quem lê.

A narrativa é tão fluida e envolvente que me vi dentro do circo junto à protagonista. O que me deu bastante agonia, quando entendi certas nuances que o conto trazia. Apesar de serem apenas 25 páginas, a leitura é densa e carregada de camadas, algo que muito me surpreendeu e eu nunca imaginei que fosse possível.

A autora me conquistou nas primeiras linhas e eu só torcia para que Débora pudesse chegar em casa sã e salva. Mas como um bom conto de terror, isso não seria possível por um bom tempo. O desfecho é amarrado de forma prática e responde muitas coisas, mas de uma forma que deixa o leitor em dúvida sobre o que de fato aconteceu com a jovem.

O resultado foi que passei dias pensando nisso e em como chegaria para falar sobre ele, de tão perturbada que fiquei. Os sentimentos a respeito foram tantos que não sei definir qual falou mais alto, sinceramente.

Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna

Só sei que custei a dormir depois, com medo do escuro e do som do circo que poderia vir de qualquer canto. E acho que a situação não foi a melhor, pois tem exatamente um circo itinerante aqui perto da minha casa, prometendo um espetáculo incrível e inesquecível (mas que, certamente, passarei bem longe, hehe).

Falando sobre o livro em si, eu gostei bastante da edição. A revisão ficou bem feita e a capa tem muitos elementos assustadores que mostram bem o que iremos encontrar ao longo das páginas.

Em resumo, é um conto que recomendo bastante, especialmente se gostar de histórias macabras e que te deixem de cabelo em pé. Mas se for medrosx como eu, é melhor que leia durante o dia, hehe.

Agora me conta nos comentários: já leu esse conto ou algum outro trabalho da autora? Gostam desse tipo de leitura?

Texto revisado por Emerson Silva.

Postado por:

Hanna de Paiva

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