Olá meu povo, como estamos? Freida McFadden está se tornando um verdadeiro fenômeno no suspense de entretenimento. Diversos títulos estão chegando pela Arqueiro e pela Record que estão deixando os fãs super curiosos para saber qual será o próximo lançamento. Entre os da Arqueiro, diversos estão disponíveis também no catálogo da Audible, por onde consegui ouvir ‘O Filho Perfeito’.
Livro: O Filho Perfeito
Autoria: Freida McFadden
Tradução: Fernanda Abreu
Narração: Isabel Guéron
Editora: Arqueiro
Ano: 2025
Duração: 8h10min
País: EUA
Formato: Audiobook (Disponível na Audible)
Nota: 4/5
Erika Cass tem um marido perfeito. Uma vida perfeita. Até que, em uma noite tranquila, dois policiais batem à sua porta.
“Gostaríamos de fazer algumas perguntas ao seu filho sobre a garota que desapareceu hoje de manhã.”
Uma adolescente sumiu do bairro pacato onde moram, e a polícia suspeita do pior. O filho mais velho de Erika, Liam, foi a última pessoa a vê-la com vida. Erika sempre percebeu algo… diferente em Liam. Ele pode ser lindo, carismático e inteligente, mas coração de mãe não se engana. Ela sabe que há algo perverso em seu filho preferido, algo muito além das aparências.
Mais que tudo, Erika quer acreditar na inocência dele. Porém, conforme as evidências se somam, fica impossível ignorar que Liam pode ter feito algo impensável.

Erika Cass tem a típica família americana. Casada há bastante tempo com Jason, o casal tem dois filhos em idade escolar e dos quais se orgulham.
No entanto, por mais que diga que ame os dois, Erika sempre teve suas atenções mais voltadas para Liam, seu primogênito. O rapaz é um bom aluno, bonito, inteligente e com grande futuro pela frente.
Embora seja uma atitude estranha, a moça parece ter motivos suficientes para ter essa preferência tão clara. Especialmente quando dois policiais batem à sua porta e acusam Liam de ter sequestrado e assassinado uma colega de escola.
Será que o rapaz é inocente, ou Erika está escondendo segredos sombrios de seu filho perfeito?
‘O Filho Perfeito’ estava entre os meus mais esperados, desde que a Arqueiro anunciou o lançamento. Fiquei bem feliz quando vi que já tinham disponibilizado também na Audible. Isso porque estou preferindo ouvir os livros da autora nos últimos tempos, por achar que a “fofoca” é melhor contada dessa forma.
A narrativa mostra os fatos alternados entre os pontos de vista de Erika (a mãe) e Olívia (uma aluna da escola), além de transcrições da investigação policial. A primeira é uma jornalista que trabalha em home office desde que Liam e Hannah nasceram.
Mesmo que agora sejam adolescentes e quase em época de entrarem na faculdade, a moça ainda gosta de ficar em casa e acompanhar a jornada de seus filhos mais de perto. Hannah é a caçula e ainda cheia de dilemas juvenis. É preciso muita paciência para lidar com seus questionamentos e sua irritação constante.
Já Liam é o completo oposto. Sendo o mais velho e com quase 18 anos, o rapaz se comporta como se fosse praticamente adulto. Sempre reservado e com notas altas, é um exemplo na escola e o grande orgulho da mãe.
O que Erika deixa bem claro ao nos relatar sua história e o quanto separa o que sente por cada filho. No começo, eu achei estranha essa preferência tão marcada entre os rebentos. Mas conforme eu fui avançando no áudio, percebi que a moça tinha motivos bem mais fortes para manter Liam nas vistas dela o tempo todo.
Especialmente quando coisas estranhas começam a acontecer na escola e Liam se torna o principal suspeito. Ele jura inocência, porém é difícil acreditar nisso quando o rapaz tem um passado tão sombrio e que deixa até seus antigos professores amedrontados.
O que mais gosto da Freida é que ela não tem medo de explorar as complexidades de nosso cérebro. Aqui, não é segredo que Liam é um personagem atípico. Erika sabe o diagnóstico desde que a psicóloga infantil fez algumas recomendações específicas.
Talvez por isso, ela ache de bom tom manter o filho mais velho sempre na rédea curta. Porém, é difícil fazer isso quando ele vai ficando mais próximo de bater as asas rumo à faculdade.
Seu desespero aumenta ainda mais quando Hannah deixa escapar que o irmão tem interesse em uma menina em específico, Olívia, a qual também tem uma história interessante para nos contar.
A mocinha é uma aluna regular da escola, que faz aulas em comum com Liam e não consegue esconder sua admiração e suspiros emocionados toda vez que ele entra em cena. No início, achei suas descrições tão doces, que chegava a escorrer mel por todos os lados.
Mas levando em consideração que eu também já fui uma adolescente apaixonada, não poderia reclamar muito. Olívia é filha única e sempre se abre com a melhor amiga, Maddison, e sua mãe, as quais sabem de seus sentimentos por Liam e possuem opiniões conflitantes. A amiga acha que é uma péssima ideia, enquanto a mãe começa dando apoio e depois vai se questionando até onde isso vale a pena.
Vendo as coisas pelo ponto de vista de Olívia nesse caso, entendo suas dúvidas em relação a isso. A decisão de seguir em frente ou não com o relacionamento é só dela e de mais ninguém. No entanto, quando vemos pessoas de fora apontando algumas coisas, temos que avaliar até que ponto é inveja, ciúmes ou a verdade batendo na nossa porta.
A grande dúvida aqui é porque todo mundo consegue ver algo que a mocinha não vê. O que a deixa agoniada e o leitor/ouvinte começa a tecer as mais diversas teorias.
Quando as coisas começam a se desenrolar e a polícia entra em cena, para mim já era mais do que óbvio que Liam seria o culpado. A única curiosidade seria saber o que o levou a fazer aquelas coisas.

Quanto mais eu ouvia, e já sabendo da condição do personagem, mais eu tinha essa certeza. Porém, Freida parece que ouviu as críticas de seus leitores e está começando a melhorar suas tramas.
Pois eu não me preparei para a reviravolta que me aguardava. Estava até fazendo as unhas na hora e não sei como não borrei o esmalte, do susto que tomei. Além disso, perdi as contas de tantos palavrões que falei ao ouvir as respostas do elenco e da polícia.
Tem coisas que ficaram sem explicação aceitável? Sim. Por isso não levou a nota máxima. No entanto, gostei de como a autora conduziu a trama e me surpreendi bastante com o desfecho aberto.
Não posso falar em relação ao livro, por conta do formato que conheci a trama. Mas posso falar que gostei do estilo da narradora do áudio, que me cativou e convenceu que eram pessoas diferentes falando nos diálogos (coisa que não senti com tanta firmeza no outro audiobook que ouvi).

Em resumo, ‘O filho perfeito’ é uma boa pedida para quem gosta de suspenses rápidos e com reviravoltas incríveis. Além disso, recomendo para quem ainda não conhece as obras da autora e quer se aventurar.
Texto revisado por Emerson Silva