30 de May de 2020

O mágico de Oz – L. Frank Baum

Olá meu povo, como estamos? Hoje trago a resenha de um dos clássicos da literatura mundial mais famosos do mundo, com n adaptações, seja para a telinha ou para as telonas, fazendo parte do imaginário de crianças de 8 a 80 anos. O livro se chama O mágico de Oz, de L. Frank Baum.

O mágico de Oz
Foto: Divulgação

17/12
Livro: O mágico de Oz
Autor: L. Frank Baum
Editora: Zahar (clássico em edição bolso de luxo)
Ano: 2013 (original de 1900)
Páginas: 223
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O mágico de Oz

 

 

“Quando estava na metade do caminho, ouviu-se um grito fortíssimo do vento e a casa sacudiu com tanta força que Dorothy perdeu o equilíbrio e caiu sentada no chão. E então uma coisa muito estranha aconteceu. A casa rodopiou duas ou três vezes e começou a levantar voo devagar, Dorothy teve a sensação de que subia no ar a bordo de um balão.”

Um ciclone atinge a casa onde Dorothy vive com os tios e ela e seu cachorro Totó são levados pela ventania e param na Terra de Oz. Por lá, Dorothy faz novos amigos – o Espantalho, o Lenhador de Lata e o Leão Covarde -, encara perigos, vive histórias fantásticas e precisa enfrentar seus próprios medos. Depois de tantas aventuras, a menina descobre que seus Sapatos de Prata têm poderes mágicos e podem levá-la para qualquer parte. Mas não existe melhor lugar no mundo do que a própria casa.
Um clássico indiscutível para todas as idades.

 
 Sejam bem vindxs à Terra de Oz, uma terra mega colorida, cheia de aventuras e bruxas, e seres inimagináveis! E também é o lugar onde Dorothy vai aprender muitas lições de vida, de amizade, de amor ao próximo.
Nem sei direito por onde começar a falar sobre esse livro. Não é novidade que essa estória é um clássico da literatura mundial e infantil, que mexe com o imaginário de todas as crianças, independente da idade que tenham.
Em algum momento, você ouviu falar sobre os personagens icônicos, seja em adaptações de telinhas, telonas, ou mesmo citados em outros livros famosos. Eu sou parte desse grupo, que conhecia muito bem a estória, mas que nunca tinha lido na íntegra.
Ao contrário de vários contos de fadas, que são de origem bem macabra, que fomos apresentadxs tempos depois, quando já fomos embaladxs em várias versões açucaradas e adaptadas para crianças, ‘O mágico de Oz’ já foi escrito de forma açucarada, diretamente voltado para o público infantil. A edição que tenho é da Zahar, que sempre arrasa nas edições, mesmo as de bolso, que eles chamam “edição de bolso de luxo”.
O mágico de Oz
Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna
E realmente são assim, o que me deixa mais encantada, além do valor bem acessível pelo qual podemos pagar sem chorar muito depois com dor no bolso (rsrsrs). O que mais gosto nessas edições é que sempre temos uma breve apresentação, onde somos apresentadxs primeiro aos autores dos livros que estamos prestes a ler. E nessa apresentação, li que ‘O mágico de Oz’ é tão famoso, que é citado exatamente assim:
“O mágico de Oz está para os Estados Unidos assim como ‘Alice no País das Maravilhas para a Inglaterra, ou os contos dos Irmãos Grimm para a Alemanha. Desde o início, o livro foi comparado ao clássico de Lewis Carroll – e não sem um fundo de verdade. Baum criticava o nonsense do autor de Alice, mas gostava do fato de estar sempre acontecendo alguma coisa, não raro algo inusitado ou meio maluco, o que levava as crianças a serem arrebatadas, e deliciadas, pela história.”
E é exatamente num cenário um tanto maluco, que conhecemos nossa pequena protagonista Dorothy. Ela vive com seus tios, num recanto do Kansas, curtindo sua vidinha simples e feliz. Até um dia, em que um ciclone leva a casinha de Dorothy, com a pequena e seu cachorro Totó dentro. Milagrosamente, a casa não apenas permanece inteira, como cai bem longe do Kansas, uma terra bem colorida e desconhecida da menina.
Ao se dar conta que está em terra, ela sai para saber aonde realmente está, e é aí que suas aventuras começam. Dorothy, então, tem que aprender algumas lições e trilhar o seu caminho de volta para casa, se é que ele existe.
O mágico de Oz
Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna
Em seus caminhos, ela vai conhecer alguns personagens que são seus verdadeiros aliados nessas aventuras, como o Espantalho, o Lenhador de Lata e o Leão Covarde. O que junta todos eles, na verdade, são desejo profundos, que pareciam impossíveis num primeiro momento; o Espantalho sonhava em ser inteligente, o Lenhador de Lata queria sentir amor e o Leão Covarde queria ser corajoso.
Mas, ao se darem conta de que o fato de Dorothy ter aparecido lá também era impossível, e aconteceu, o que custava então eles procurarem seus desejos impossíveis? Assim, todos saem a procura do poderoso Oz, o mágico que governa a Cidade das Esmeraldas, em busca de suas respostas.
Encontrar a Cidade das Esmeraldas poderia ser uma missão mais fácil, se não fosse por alguns desafios que eles tiveram que enfrentar durante o caminho. E através desses desafios, que vemos o quanto esses personagens, até então desconhecidos entre si,  foram criando um elo de amizade forte e bem poderoso.
Elo este que cresce ainda mais, depois que eles encontram o verdadeiro Oz. Oz é um mágico super poderoso, que vive num castelo todo verde. Muitos tentam falar com ele, mas nem todos conseguem. Isso o torna ainda mais famoso dentre a população, aumentando sua fama de poderoso e feroz.
O mágico de Oz
Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna
Morrendo de medo, os amiguinhos tentam mesmo assim falar com tão grande e poderoso ser… E nesse momento, eles vão descobrir o significado de um ditado bem antigo: “as aparências enganam”… e como enganam! Desapontados com a resposta que tiveram de Oz, eles aceitam a missão, em nome da vontade de Dorothy de voltar para casa. E aí, quem prestar atenção, vai ver que na real… tudo o que nossos personagens incríveis tanto queriam, já tinham há muito tempo, mas nunca tinham percebido.

“[…] Essas pessoas me pedem coisas que todo mundo sabe que são impossíveis.”

Só acho que o autor poderia ter ido mais para esse lado da coisa, mas ele preferiu manter o lado dos contos de fadas… o que também não é ruim, afinal o objetivo era esse mesmo (rsrsrs). Em vários momentos, vemos furos e aqueles famosos “puft!” entre uma cena e outra, com o típico final feliz.
Eu sabia que seria algo do tipo, pois sabia que se tratava de um livro infantil, então não me incomodou. Prestando atenção do ponto de vista mágico da estória, é um livro muito lindinho, e que mostra que não precisa muitos personagens e nem reviravoltas para uma estória ser boa, precisa apenas ser bem trabalhada e encantar os leitores, o que o autor conseguiu com maestria.
Ele não tinha o objetivo de ser obscuro, nem macabro, como vemos nos contos de Grimm, porém tem algumas cenas que ainda te lembram, se prestar bem atenção. Mas, ao contrário dos contos alemães, eles ocupam um papel secundário e são deixados para escanteio enquanto os personagens principais brilham, sendo realmente crianças inocentes.
Isso, aliás, é o que mais caracteriza Dorothy, uma criança inocente. Apesar dessa infância inocente, ela tem tanta sabedoria do mundo, que chega a ser mesmo mágico. Aliás, é dela que saiu um dos quotes que mais gostei de ler, que até citei em outro post aqui no Mundinho:

“Por mais que nossas casas sejam tristes e cinzentas, nós, as pessoas de carne e osso, preferimos viver nelas do que em qualquer outro lugar, mesmo o mais lindo do mundo. Não existe lugar igual a casa da gente.”

 Ela ensina, não apenas ao leitor, mas aos amigos que conquista em sua aventura e mesmo ao próprio Oz, que em algum momento se toca do que está fazendo e começa também a refletir. Achei isso bárbaro, pois mesmo sem saber, Dorothy foi sua própria heroína. E achei bem legal, porque é um livro escrito nos idos de 1900, quando mulheres ainda não tinham uma voz muito ativa e, mesmo sendo escrito por um homem, ele teve essa ideia brilhante, escrita para crianças! É sensacional!

“Se você conhecesse o poder mágico deles, podia ter voltado para sua tia Em desde o primeiro dia que chegou aqui.”

Como nunca vi as várias adaptações da estória para as telonas, não sei se isso é passado nos filmes, mas pelo menos no livro é, o que me fez sentir aquele quentinho no coração, sem querer que o livro acabasse, sabe?
Eu poderia ter terminado ele muito antes, por ser uma escrita voltada para as crianças e bem simples mesmo. Mas preferi ler devagar e apreciar com calma, não apenas as figuras, mas também as ilustrações, que são uma gracinha, ajudando ainda mais a entrarmos no mundo mágico das terras de Oz.
Falando sobre o livro em si, eu ganhei ele de presente do meu namorado tempos atrás, logo quando começamos a namorar. Ele é muito fofo, todo em tons de verde, bem na descrição da Cidade das Esmeraldas, com o castelo do mágico no fundo. Os nossos personagens principais estão todos na capa, bem do jeito das ilustrações originais, o que também achei muito legal.
O mágico de Oz
Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna
Já a guarda é toda de tijolos amarelos, como a estrada que levou nossos pequenos heróis até suas respostas, o que deu um contraste muito fofo e bem característico do que se trata o livro. Os capítulos são bem curtinhos e objetivos, então a leitura pode ser bem rápida, se assim vocês desejarem. A fonte é bem legível, impressa em papel pólen soft, de 70g/m². Juntando isso tudo, dou nota máxima e super recomendo a leitura, seja por procurarem algo mais levinho, seja para procurarem algo mágico.

 

E vocês, curtem ler esses clássicos da literatura mundial? Qual o que vocês mais gostam? 

Postado por:

Hanna de Paiva

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