Olá meu povo, como estamos? Freida McFadden está sempre pipocando aqui no Brasil com uma obra nova. Entre as mais recentes, ‘O Namorado’ foi publicado pela Record e eu tive o prazer de ler a versão física dele. Hoje trago minhas impressões sobre a leitura.
Livro: O Namorado
Autoria: Freida McFadden
Tradução: Irinêo Baptista Netto
Editora: Record
Ano: 2025
Páginas: 368
País: Estados Unidos
Formato: Impresso
Nota: 4.5/5
Como grande parte das mulheres solteiras de Nova York, Sydney Shaw não tem muita sorte com os homens da cidade. Ela já viu de tudo: homens que mentem na cara dura em aplicativos de relacionamento e usam fotos indiscutivelmente fakes, caras que deixam a conta do jantar para a acompanhante e, o pior tipo, aqueles que só falam da própria mãe. Mas, depois de muitos encontros desastrosos, ela acha que finalmente encontrou O Cara.
Seu novo namorado é perfeito: charmoso, inteligente, lindo e, além de tudo, é um médico bem-sucedido. Ele só tem um defeito: é um pouco avesso a relacionamentos; e por isso Sydney ainda não o apresentou aos seus amigos mais íntimos. Amigos esses que estão sofrendo a perda de Bonnie, uma amiga que foi brutalmente assassinada no próprio apartamento. E o principal suspeito do crime é o homem misterioso com quem ela andava saindo, mas a polícia não consegue encontrá-lo.
Até que um caso do passado, envolvendo o assassinato de outra mulher, aponta para o mesmo suspeito. Será que existe um serial killer à solta em Nova York? Um homem sombrio que seduz suas vítimas e depois as mata de forma violenta?
Sydney acredita estar segura. Afinal, está namorando o homem dos seus sonhos. Só que talvez ele não seja tão perfeito quanto parece. Além disso, algo lhe diz que há alguém à espreita, vigiando todos os seus passos, e Sydney não consegue se livrar da sensação de que, se a polícia não prender o assassino logo, ela pode ser a próxima vítima.
Uma história sombria sobre obsessão e as coisas que fazemos por amor. A autora best-seller do New York Times, Freida McFadden, prova que crimes passionais são os mais sangrentos.

Sydney é uma contadora que conseguiu muitas coisas na vida profissional. Mas a vida amorosa não anda lá muito bem das pernas. Diversos encontros foram marcados por aplicativos de namoro online, mas só fracassou em suas escolhas.
A situação não melhora ao ver suas amigas mais próximas se arrumando com caras legais, nem com sua mãe ligando o tempo inteiro e arrumando soluções milagrosas para “desencalhar”. No entanto, quando menos esperava, Sydney consegue o par perfeito: um homem lindo, sexy, bem sucedido e solteiro.
Era tão bom que não poderia ser real. Mas Tom é um príncipe encantado e está ocupando um espaço considerável em sua vida. O que seria ótimo e o conto de fadas da mocinha, não fosse por mortes acontecendo a sua volta.
Corpos de mulheres estão sendo encontrados, as quais foram submetidas a requintes de crueldade e tudo aponta para que seja alguém com conhecimentos de medicina. Curiosamente, Tom é médico. Será que Sydney está dormindo com um serial killer? Ou tudo não passa de uma infeliz coincidência? É o que iremos descobrir.
“[…] Tento gravar a sensação em minha memória e desfrutar dela porque, em breve, as coisas vão piorar muito.”
Logo que esse livro foi anunciado pela editora, entrou para minha lista de desejados. Eu gosto da escrita da autora, por saber que é fluida e direta. Assim, é certo de termos uma leitura rápida, com tramas envolventes e que vai evitar ressaca depois. Por isso, sempre procuro ter um livro dela nas minhas TBR’s.
E aqui não poderia ser diferente. A narrativa é em primeira pessoa e vemos os fatos pelo ponto de vista de Sydney. A protagonista é bem sucedida profissionalmente, tem independência financeira, um bom apartamento e amigos.
Mas para sua mãe nada disso basta. O tempo todo ela liga para a filha e fica “lembrando” que ela está ficando velha para se casar e ter filhos. A cobrança é tanta, que Sydney não tem paciência para responder.
E, sinceramente, se eu estivesse no lugar da personagem, também não teria. As coisas já estão tão corridas e complicadas, que é desnecessário fazer esse tipo de comentário, como se a vida se resumisse a casamentos e filhos.
Entendo o quanto pode ser importante para algumas pessoas, mas também é preciso respeitar o tempo e as vontades dos demais. Assim como é natural que a mãe de Sydney se preocupe com o futuro e felicidade da moça.

Mas ficar lembrando disso o tempo todo passa dos limites do cuidado e se torna desrespeitoso. E até afeta a protagonista de uma forma, que a coitada se vê ainda mais desesperada para encontrar um par. Nem tanto por desejar, mas para que sua mãe pare de perturbar a cada meia hora.
Por isso, Sydney começa a usar regularmente um aplicativo de namoro para arrumar encontros e um possível namorado. Mas é aquilo, quando não se sabe o que procura, qualquer coisa serve. E aqui poderíamos ter uma de várias comédias românticas com o clichê de que o amor está onde menos se espera.
Ainda mais quando a narrativa passa a se alternar com o passado de Tom. O rapaz é sonhador e quer muito estudar medicina. Além disso, está apaixonado (e foi correspondido pela primeira vez) por Daisy, uma das meninas mais bonitas da escola. O romance dos dois é um refresco na vida do menino, que tenta sobreviver a um lar disfuncional e só quer chegar logo aos 18 anos para poder seguir sua vida em paz, ao lado da namorada.
Daisy também nutre esses planos e tudo parece conspirar para o “felizes para sempre” nas duas histórias. Porém, estamos falando de Freida McFadden e o romance aqui não tem vez (ao menos não no principal).
“Eu me pergunto se ela ainda se sentiria assim se soubesse o que estava passando pela minha cabeça quando fiz seu dedo sangrar.”
Conforme o tempo passa, os destinos de Tom e Sydney se cruzam de maneira inusitada, porém nem um pouco apaixonante. A moça não está em um bom encontro e só queria ir para casa. Por sua vez, Tom é um homem bom, justo, mas também misterioso demais.
Chega na hora certa, no lugar certo e fala o que precisa. É inteligente, gentil, simpático. Mas é só mencionar compromisso que Tom foge mais que o diabo da cruz. Sydney no começo acha que é por ele não querer compromisso sério.
O problema é que, conforme as páginas passam e vamos conhecendo mais os protagonistas, vemos uma realidade bem diferente. Tom é um rapaz peculiar (para dizer o mínimo). Seu sonho de cursar medicina e ser cirurgião poderia ser louvável para algumas pessoas, ainda mais conhecendo sua base familiar.
É impossível não se encantar com sua história e torcer por ele. Ao mesmo tempo, é impossível não ter medo do que ele é capaz de fazer.
Já Sydney é a inocência em pessoa. Passa por diversas situações que seriam engraçadas em comédias românticas dos anos 2000. Mas do jeito que são relatadas neste livro, beiram casos de true crime e ela lida com uma naturalidade que assusta.
Minha vontade era entrar no livro e dar umas boas sacudidas na mulher. Mandar ela largar essa obsessão por namorados e acordar para a vida! Mas é aquilo, se não tiver alguém para fazer besteiras, o livro não anda.
E assim seguimos e vemos os dois se conhecendo e interagindo. Da mesma forma, entendemos quando os corpos começam a aparecer e tudo indica que seja assinatura de um serial killer procurado há anos pela polícia.
Sydney começa a desconfiar que conhece o responsável pelos crimes quando sua melhor amiga, Bonnie, se torna uma das vítimas. Afinal, era coincidência demais que ela tivesse morrido na mesma época em que Sydney conheceu seu novo potencial namorado.
Ela começa a dar uma de detetive amadora, mas será que vai ter coragem de chegar ao fundo dessa história? Acho que se eu estivesse no lugar da personagem, não teria sido tão imprudente.
A moça faz tanta besteira, que era mais fácil ela gabaritar o código penal do que o próprio assassino. O que me deu muitos momentos de raiva ao longo da leitura.
Por outro lado, gostei de como a autora amarrou a história para revelar o culpado. O tempo todo fiquei com dúvida se era mesmo o Tom ou alguém de fora. Afinal, vindo de Freida, qualquer explicação é possível.
Contudo, de todos os livros dela que li até o momento, esse foi o que teve a solução mais crível e surpreendente. Fui fisgada pela história e me senti uma verdadeira palhaça, lendo e sem acreditar no caminho que a trama tomou.

“Daqui a pouco dá uma da manhã e ainda estou aqui na cama acordado, olhando para o teto e me perguntando se cometi um erro.”
Falando sobre o livro em si, a versão física é de capa comum e simples, seguindo o padrão do lançamento gringo. Mas gostei da arte, por trazer poucos elementos e cores de alto contraste. Além disso, a versão impressa é bem diagramada, com revisão bem feita e uma letra legível. O que ajuda um bocado para a leitora míope (rsrs).
Em resumo, mesmo eu tendo algumas ressalvas com algumas explicações e atitudes da Sydney, é um livro que gostei e recomendo a leitura. De modo especial, se estiver começando agora no gênero e tiver medo de pegar um livro mais denso. ‘O Namorado’ lida com assuntos pertinentes e atuais, como relacionamentos em aplicativos de namoro.

Mas também tem um bom mistério e é uma boa pedida para ler num final de semana ou nas férias.
Agora me conta: Já leu esse livro ou algum outro da autora?
Texto revisado por Emerson Silva.
Moonlight Books
Oi Hanna! Essa autora tem muitos livros não é? Já nem sei quantos temos no Brasil, mas esse é um dos que mais chama minha atenção. Espero ter uma boa experiência de leitura.
Bjos!!
Moonlight Books
@moonlightbooks
Hanna de Paiva
Eu recomendo os livros dela, especialmente os que são volumes únicos. Se ler algum, me conta o que achou depois? ^^
Emerson
Parece ser um livro que prende do início ao fim. Gostei bastante da resenha que você escreveu.
Boa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!
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Até mais, Emerson Garcia
Hanna de Paiva
Que bom que gostou =)