Olá meu povo, como estamos? Hoje temos a resenha de um dos livros participantes do projeto literário #12livrospara2019, em parceria com as meninas do MãeLiteratura e Pacote Literário.
O livro escolhido para o mês foi ‘Os assassinos do cartão-postal’, de James Patterson e Liza Marklund.
Foto: Divulgação |
Livro: Os assassinos do cartão-postal
Autores: James Patterson e Liza Marklund
Editora: Arqueiro
Páginas: 304
Ano: 2014
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Uma viagem para conhecer as mais belas cidades da Europa é o sonho de qualquer pessoa. Porém, o detetive da NYPD Jacob Kanon não está interessado nos pontos turísticos. Após receber a notícia do brutal assassinato de sua filha e namorado, mortos em Roma, Kanon viaja para o Velho Continente para tentar juntar pistas sobre o crime que mudou sua vida. E a onda de assassinatos está só começando: jovens casais são encontrados mortos em Paris, Copenhague, Berlim e Estolcomo. Os crimes parecem não estar conectados, com exceção de um cartão-postal enviado para o jornal local da cidade de cada nova vítima. Quando a repórter sueca Dessie Larsson recebe um postal, Kanon junta forças com a jornalista e partem para o novo destino para tentar capturar o serial killer.
A Europa é o destino dos sonhos de muitos casais, seja para lua de mel ou aquelas férias tão cobiçadas. Mas por trás de tantos lugares históricos e paradisíacos, você pode encontrar a morte de uma forma brutal. De uns meses para cá, tem ocorrido uma série de assassinatos em vários países do Velho Mundo, todos de uma forma bem peculiar: sempre casais, principalmente os de relacionamento mais recente, mortos em seus locais de hospedagem, nus e com a garganta cortada. E o mais inusitado: sempre imitando uma obra de arte famosa daquele país em questão.
O último crime aconteceu em Estocolmo e cabe à polícia local descobrir quem cometeu o assassinato do casal ucraniano Nienke von Mourik e Peter Viser. Eles estavam passando férias na cidade, quando foram vítimas de uma dupla de serial killers conhecida pela polícia local como os Assassinos do cartão-postal.
Eles tem esse título porque, ao chegarem no país onde cometerão assassinatos, a dupla envia uma série de cartões-postais para um repórter do jornal local, sempre com uma anedota e uma pista aleatória. Apesar de enviarem pistas de onde estão naquele momento, nunca foram pegos… até serem caçados por um detetive norte-americano, Jacob Kanon.
O detetive está no encalço dos assassinos desde que sua única filha Kimmy e o noivo foram assassinados, seis meses atrás. Desde então, ele tem investigado junto com a Interpol todos os detalhes sobre os assassinatos, e assim descobriu que sua filha foi apenas mais uma numa longa lista de vítimas do outro lado do mundo. Disposto a pegá-los de toda forma, ele decide viajar até Estocolmo, onde tem a certeza de que vai conseguir se vingar dos assassinos de sua filha. Mas isso não será tão fácil quanto ele imagina…
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Bom, eu tinha ficado curiosa com esse livro desde que vi sua capa, um tempo atrás, num marcador de página. Mas ficou no esquecimento, já que guardei o marcador na gaveta e nunca mais o vi. Uns meses depois, encontrei o livro numa feira de livros da minha cidade, por um preço bem convidativo e decidi conferir a história completa. Só pela sinopse, já nos chama a atenção a ideia brilhante dos assassinos enviarem cartões-postais para países onde cometem os assassinatos. Isso acaba sendo a assinatura da dupla, até então desconhecida.
Porém, apesar de não se identificarem logo de cara, sabemos como eles seduzem as vítimas, escolhendo a dedo os casais que estão com “TURISTA” estampado em letras garrafais na testa. Eles convencem o casal a gastar uma baba com souveneirs para guardar o encontro deles na lembrança. Depois os turistas são convencidos a levarem o casal desconhecido para seu quarto de hotel, a fim de terem uma festinha íntima e inesquecível.
“[…] todo indivíduo é responsável por criar a sua própria moral e suas próprias leis, e todo o resto é uma afronta aos direitos do indivíduo.”
Assim, os assassinos drogam os turistas e os matam com um corte único na garganta. Além disso, eles são deixados nus, sempre retratando um quadro famoso do país. E vale tudo, desde os mais famosos, como os “esquecidos” no meio da galeria de arte que encontram pelos museus locais. Para completar, os turistas tem todos os seus bens roubados, inclusive as “lembrancinhas” caras que foram convencidos a comprar, além de senhas de cartão de crédito e conta no banco esvaziada.
“Acho que essa parece uma noite mágica. Eu gostaria de um souvenir. Você não?”
Isso começou a chamar a atenção da Interpol, que até então acha as vítimas numa cena bizarra de crime. Mas só quem reparou que eram cenas de quadro foi uma repórter desconhecida, Dessie Larson, uma mocinha que tenta alavancar sua carreira, mas não teve muita coragem de sair da zona de conforto, apesar de saber que tem talento para tal.
Ela tem uma tese de doutorado inspirada em assassinatos bizarros, que nunca foi concluída, porém acaba mostrando seu valor nesse momento, embora ainda seja desacreditada pela polícia local. Junto a Jacob, eles começam a seguir as pistas que levam aos assassinos, que se mostram muito espertos por sinal. Eles não tem medo algum de se expor na mídia, ainda mais porque tem álibis perfeitos, que não apenas os tiram de todas as cenas mais recentes de crime, como também lhe rendem contratos milionários, por produtoras de séries/filmes, que querem gravar a vida deles, os pobres inocentes que foram acusados injustamente por um policial americano enxerido.
Disposto a provar para o mundo, literalmente, que está certo nas suas investigações, Jacob só tem Dessie como aliada nessa missão que eles adotam para si mesmos… mas que vai levar a uma revelação que deveria ser mais chocante…
Sim, eu disse deveria… não direi qual é, para evitar spoilers, mas sinceramente, acho que esse livro só vende tanto quanto está anunciado na capa por conta do nome de James Patterson, que ficou famosérrimo com livros de romances policiais. Quando comecei a ler esse livro, até postei no insta do Mundinho e perguntei quem já tinha lido e o que achou da obra. Achei incrível como parte ainda estava iludida como eu, querendo ler, e quem já tinha lido falou que não era isso tudo. Precisei conferir para confirmar que não é isso tudo mesmo…
Como deu para notar na sinopse, o livro tem um mistério bem legal de ser lido. Ainda mais com cartão-postal, algo que pelo menos aqui no Brasil está quase em desuso. Achei uma ideia genial e vintage. Além disso, nunca tinha lido nada do autor e queria conferir ao menos um livro dele, então aproveitei a promoção e comprei o bendito.
No decorrer do livro, você nota que Jacob é um cara solitário. Foi abandonado pela esposa e perdeu a filha de uma forma bem bizarra. Sua única fonte de inspiração para viver é perseguir e prender os assassinos de sua filha. Apesar de ele ser um detetive muito bom, a polícia de Estocolmo não lhe dá muito crédito, parte por conta de ciúmes de uma dos agentes da delegacia, que tem um passado com Dessie, parte porque a polícia de lá simplesmente não sabe investigar fatos.
Jacob praticamente dá todas as pistas de bandeja, e ninguém faz nada para continuar a investigação… parece até que eles nunca viram um caso de assassinato na vida, que simplesmente não andam por preguiça…
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Tudo bem que a média de crimes por alguns países da Europa é praticamente nulo e quando acontece é algo que gera escândalo… mas de fato gerou escândalo mundial que as vítimas retratem quadros famosos, tem a Interpol de um lado querendo chegar e Jacob do outro pulando e pedindo atenção, e a polícia fala que não tem nada a fazer! Cadê a investigação?! Cadê o suspense?!
Aí, quando chega lá quase no final, quando você lê e pensa que agora vai ter o “tiro, porrada e bomba”, mas tudo acontece de uma forma jogada e termina de uma forma que você fica “é só isso?” A impressão que dá é que os autores tinham prazo para entregar o livro e emendaram um monte de ideias sem amarrar direito as pontas e deu nisso… O que me deixa triste, pois o mistério em si, e mais ainda, o motivo pelo qual os assassinatos acontecem de forma a expressar arte era um tema bem legal para ser explorado… mas não foi…
Falando sobre o livro em si, ele é relativamente pequeno e bem levinho para carregar na bolsa. A história é toda narrada em terceira pessoa, mostrando alternativamente as cenas de Dessie, Jacob e dos assassinos. Os capítulos chamaram a atenção por terem uma linguagem fluida, diálogos diretos e bem marcados, mas são super curtinhos; muitas vezes com menos de uma página. As páginas são de fácil passada, impressas em papel pólen. A capa é bem atrativa, com carimbo mesmo de um cartão-postal, o que achei bem legal… mas só isso mesmo…
O livro tinha tudo para ser incrível, mas bateu na trave total. Infelizmente, darei 3 estrelinhas.
Se, mesmo assim vocês quiserem comprar o livro, ele está disponível na Amazon, tanto em forma de livro físico, quanto ebook.
Já tinham lido esse livro? E outras obras de James Patterson? Me contem aí! 😉