Olá meu povo, como estamos? ‘Reencarne’ foi um achado que fiz muito por acaso no catálogo da Globoplay. E agora, tendo finalizado minha maratona da temporada, trago minhas impressões a respeito da obra nacional.
Série: Reencarne
Temporada: 1 (finalizada)
Ano: 2022
Episódios: 8
Duração média: 1h/episódio
País: Brasil
Onde assistir: Globoplay
Em Reencarne, um policial acusado de ter matado seu parceiro recebe a visita de uma jovem que diz ser a reencarnação de seu amigo e eles precisam resolver um último caso. Na novela, Túlio (Welket Bunguê) é um ex-detetive que passa quase vinte anos preso acusado de ter matado Caio (Pedro Caetano) seu amigo e parceiro policial. Quando ele finalmente é solto e encontra uma vida arrasada, decide cometer suicídio, mas é surpreendido pelo toque da campanhia. Sandra (Julia Dalavia) aparece à sua porta dizendo que é a reencarnação de Caio e, para que o espírito dele possa ficar em paz, os dois devem encontrar o verdadeiro responsável pelo assassinato.

Há 20 anos, Túlio era um detetive que estava envolvido em um caso muito perigoso. Junto ao parceiro Caio, a dupla foi investigar uma das pistas e acabou entrando em confronto com os suspeitos. A troca de tiros levou a baixas, incluindo Caio, que morreu pouco tempo depois.
Túlio foi condenado pela corregedoria e agora passa seus dias sofrendo por ter dado cabo da vida de seu parceiro e melhor amigo. Contudo, uma visita inesperada vai mudar seu destino. Eis que uma moça surge em sua porta alegando conhecer Túlio de uma vida passada e agora está de volta, para terminar a investigação e caçar o verdadeiro culpado pela morte de Caio.
O rapaz não acredita no primeiro momento, mas Sandra parece saber coisas demais e tem os mesmo comportamentos de Caio. Além disso, as novas pistas parecem ter algo a ver com as investigações da atual delegada da Polícia Civil, Bárbara Lopes.
Agora fica o questionamento na mente de Túlio: ele deve acreditar que Sandra diz a verdade e ir atrás do verdadeiro assassino? E será que Bárbara vai aceitar essa ajuda do além?

Quando vi o poster dessa série pipocando no catálogo da Globoplay, fiquei curiosa por ter identificado a Taís Araújo no elenco. Ao ver mais da sinopse, resolvi dar uma chance. Afinal, era uma boa aposta para ver durante a semana do Halloween.
Os episódios são relativamente longos, com cerca de 1 hora de duração. Mas o início é tão envolvente que nem vi o tempo passar. A trama toda é ambientada em Goiás, com uma vibe bem sombria de interior com suas lendas locais.
Além disso, achei curioso que a história traz um cenário bem comum em terras brasileiras, mas que ainda causa muita confusão entre algumas pessoas leigas: a relação de centros espíritas e o que eles oferecem ao público.
Isso porque as investigações de Lopes (interpretada por Taís Araújo) levam para um centro específico, localizado no meio do nada. A vítima da vez foi encontrada completamente nua num acostamento de estrada, com uma cicatriz estranha na nuca e evidências de turmalina na corrente sanguínea.
Essa assinatura é semelhante a uma série de outras vítimas que apareceram no necrotério ao longo do tempo. E Bárbara se incomoda por nunca ter conseguido fechar o caso.
Isso a consome de uma forma tão profunda, que ela quase não vai para casa e negligencia a única coisa que seu marido pede todas as noites: largar o trabalho na delegacia quando bate o ponto e nunca levar ele consigo para casa.
Mas Bárbara não consegue cumprir essa promessa. O que gera inúmeros desentendimentos e longas noites insones para o casal. Seu marido tem a paciência de Jó e tenta ao máximo ser um pai presente para a filha, Bela.

Porém, é complicado dar conta de tudo sozinho quando a menina começa a ver fantasmas pela casa. Ela tenta contar aos pais o que a aparição lhe fala, mas seus pais ignoram e acham que tudo não passa de um pesadelo.
No entanto, o caso de Bárbara é assustador demais e algumas pistas parecem ter a ver com os relatos de Bela. Contudo, seu lado cético insiste em arrumar uma explicação racional para tudo.
Até o dia em que uma mocinha chega na delegacia alegando ser a reencarnação de Caio (antigo colega de farda morto pelo parceiro) e pede para terminar sua investigação de 20 anos atrás. A situação é, no mínimo, inusitada. Sandra (a mocinha) nunca sequer fez prova para entrar na academia de polícia. Mas sabe o nome de todos na delegacia e tem jeito com diversos termos técnicos da profissão.
Além disso, Túlio, agora livre depois de cumprir pena, acredita piamente em Sandra e a acompanha em todos os cantos. Inclusive pede para investigar junto de Bárbara e alega ter novas pistas do caso antigo, que tem tudo a ver com sua lista de vítimas sem solução.
A delegada não acredita em uma única palavra. E sinceramente, se eu estivesse no lugar dela, a princípio também não acreditaria. Mas diante dos fatos apresentados, vendo o local onde todos trabalhavam e a estrutura do caso, penso que, às vezes, é melhor apenas deixar a mente aberta.
E foi exatamente o que fiz quando percebi o quão o caso ficava mais intrincado. A produção brasileira não tem tanta tecnologia quanto Hollywood. Assim, não espere grandes efeitos especiais.
Mas nem por isso a história ficou menos assustadora. Mesmo com poucos recursos, foi possível elaborar uma boa trama cheia de mistérios. Me vi tomando diversos sustos ao longo dos episódios e os atores fizeram um papel tão bom, que eu estava com medo de que algum dos espíritos estivesse me esperando no próximo cômodo quando eu apagasse a luz.
Contudo, o que era para ser uma história incrível, se perdeu no meio do caminho e eu fiquei a própria Nazaré Tedesco fazendo contas. Os casos entrelaçados foram uma boa sacada para cruzar os núcleos e dar andamento na trama.
Deu para notar como a produção ficou perdida para explicar uma série de coisas (que enrolou e acabou deixando um monte de gente esquecida no churrasco). Além disso, a série foi indicada para o público +18, o que compreendi logo de cara e até concordo.
Entretanto, o espaço foi preenchido por tantas cenas de sexo, que me perguntei a real necessidade delas para o andamento da história. Isso me deu a impressão de que estavam apenas enchendo linguiça para ocupar o tempo antes das reviravoltas da conclusão.
Porém, vendo como tudo terminou, acho que teria dado mais emoção se boa parte dessas cenas mais quentes tivessem sido preenchidas com o que realmente importava: mistério e resoluções. No entanto, terminei com mais perguntas do que respostas, dado que eles mesmos falaram que iriam explicar alguns fatos e não cumpriram a promessa.

E o desfecho aberto só piorou a situação. Em alguns casos, entendo que é melhor ser assim e deixar as respostas a cargo do espectador. Contudo, do jeito que a trama foi conduzida, só intensificou o sabor amargo que eu tive ao notar que minhas perguntas não seriam respondidas por puro esquecimento da produção.
O que é uma pena, pois tinha altas expectativas para essa série de terror (mas não foram alcançadas).
No entanto, ainda fica aqui a recomendação. Afinal, essa foi minha experiência e aconselho que tire suas próprias conclusões.

Texto revisado por Emerson Silva.
marla
Oi Hanna, tudo bem?
A proposta parecia interessante, uma pena a série não ter atingido suas expectativas.
*bye*
Marla
https://loucaporromances.blogspot.com
Hanna de Paiva
Pois é, Marla. Infelizmente não deu certo… =/
Helaina
Oi, Hanna. Tudo bem?
Eu fiquei empolgada com a proposta da série, vi algumas propagandas também, e fui me animando a medida que lia sua resenha, mas isso de deixarem perguntas sem resposta e ainda ter cenas que dão a impressão de encher linguiça me deixa com a sensação de que estão mais preocupados em gerar engajamento do que com a história em si. Eu não tenho acesso a Globoplay, mas se um dia tiver, acho que darei uma chance pra série, só por que eu gosto de terror. Pelo menos não criarei altas expectativas.
Tenha uma boa semana!
https://hipercriativa.blogspot.com (Livros, filmes e séries)
https://universo-invisivel.blogspot.com (Contos, crônicas e afins)
Hanna de Paiva
Sim, veja sem criar expectativas. Talvez a sua experiência seja melhor que a minha.
Emerson
Fiquei interessado em assistir essa produção. Teve uma época da vida que era viciado em produções de terror, hoje nem tanto.
Boa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
Hanna de Paiva
Espero que consiga assistir, amigo. ^^