5 de May de 2018

Resenha do livro: A rainha vermelha

Olá meu povo, como estamos? Hoje temos resenha de um livro que me apaixonou já desde a capa. Sabe aquela distopia que você se identifica com os personagens? Então, com vocês, a resenha de A rainha vermelha, de Victoria Aveyard.

A rainha vermelha

21/30

Livro: A rainha vermelha

Autora: Victoria Aveyard

Editora: Seguinte

Ano: 2015

Páginas: 422

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O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe – e Mare contra seu próprio coração.

 

Estamos  num futuro onde as pessoas são separadas, literalmente, pela cor do sangue. Há os vermelhos, que tem as mesmas características nossas, ou seja, um sangue com hemácias e são pessoas comuns, que trabalham, estudam, vivem como podem… E há os prateados, com sangue prata e uma mutação que os permite dominar elementos (sim, fogo, água, luz, ar… tudo que você possa imaginar).

Os prateados, se aproveitando disso, se sentem superiores aos vermelhos e vivem em castelos, são ricos e e se escondem em fortalezas e sedas caríssimas, enquanto os vermelhos perecem em pobreza e lutam para sobreviver e sonham em não serem recrutados para lutar numa guerra que já dura séculos e não tem fim, apenas mortes e mais mortes… de vermelhos principalmente…
Mare Barrow é uma vermelha que vive como pode. Ela não estudou muito, não tem um ofício que preste e só consegue sobreviver levando para casa o que sua “mão leve” consegue carregar. Seus pais não aprovam e queriam que ela seguisse os passos de Gisa, sua irmã tão talentosa que já era uma aprendiz de costureira e fazia sedas e bordados para os prateados nobres.

O maior medo da família Barrow era perder mais um filho, afinal dois filhos já tinham sido convocados ao atingirem 18 anos e nunca haviam voltado. O pai tem problemas sérios para respirar pela falta de um pulmão e vive em cadeira de rodas desde que perdeu ambas as pernas num bombardeio.
O destino de Mare também seria esse se, ao completar 18 anos, não tivesse como aprendiz de ninguém… Coisa que ela morria de medo, mas também não via outra alternativa a não ser encarar, já que não havia quem a quisesse como aprendiz. Quando mais um irmão vai convocado para a guerra, Mare se vê numa situação triste, sabendo que seu melhor amigo Kilorn teria o mesmo destino, já que seu mestre pescador havia falecido e ele não era mais aprendiz de ninguém.

Disposta a salvar a sua pela e a de Kilorn, Mare se presta até a serviços mais baixos que roubar… Quem sabe ter uma “fuga facilitada” ajudaria a começarem uma nova vida em outro lugar? E é assim que ela conheci Farley, um membro da Guarda Escarlate, que cobra, literalmente, sua alma para levá-la a um lugar seguro, supondo que tal lugar exista de fato. Disposta a pagar o valor que for pela sua salvação de seu amigo, ela aceita e, agora mais do que nunca, ela busca todas as formas de conseguir itens que lhe paguem a passagem para um lugar seguro.
E eis que nessa busca, a mocinha encontra um rapaz que não vai lhe entregar a carteira tão fácil, mas um tipo de salvação que ela nunca imaginou que teria… Que tal um emprego como camareira no palácio do rei Tiberias?
Mare acaba aceitando, afinal é melhor ter um oficio que ir para a guerra. E ainda teria como tentar pagar pelo resgate do amigo. Mas o que ela não sabia era que o tal benfeitor era, ninguém mais, ninguém menos, que o príncipe herdeiro, Cal. E ela descobre exatamente no dia da prova real, o dia em que todas as moças de casas mais poderosas se unem num combate, para que o rei escolha a futura rainha e esposa de seu filho candidato ao trono.
Tudo ia nos conformes, embora fosse uma novidade para Mare, que nunca nem tinha ouvido falar na tal prova real… Até que… uma das combatentes tinha o poder de mover rochas e acaba quebrando o escudo que separa as meninas da população que assiste às lutas nos camarotes. Durante uma manobra, algo dá errado e há um terremoto. E a coitadinha da Mare acaba indo de encontro à morte…
Como não há nada o que fazer, ela simplesmente aceita sua queda e ai sem gritar nem nada, apenas esperando cair no que resta do escudo e ser frita até o último fio de cabelo diante de todos os prateados, que não fariam nada por uma reles vermelha serviçal.
Mas acontece algo que nem ela, nem os prateados, muito menos Evangeline, a candidata mais cogitada, esperavam… Eis que Mare Barrow não apenas sobrevive à queda, mas chega na arena sem entender nada e com eletricidade saindo de suas mãos.
Algo tão inusitado assim jamais havia acontecido, pois apenas prateados podem ter poderes, como uma vermelha seria capaz de tal feito? Ainda mais uma empregada anônima?! Evangeline não segura sua raiva e parte logo para atacar a aberração, e enquanto a multidão vibra sem entender nada, a família real pensa logo em uma manobra para reverter essa situação.
Fingindo não entender o que tinha acontecido, Ellara, a rainha e também murmuradora, revira a mente da jovem mare em busca de informações. Depois de investigar sua vida inteira, lhe dá uma vida de princesa, afinal uma vermelha não pode ter poderes, mas uma prateada criada por vermelhos pode. Logo Mare Barrow se torna Mareena Titanus, uma herdeira de uma casa extinta e muito digna, capaz de soltar eletricidade pelas mãos e, a partir de então, noiva do príncipe caçula, Maven.
Isso já daria um lindo conto de fadas… seria o momento em que subiriam as letras “The end” e todos seriam “felizes para sempre”, afinal tudo se resolveu… Mas isso é apenas o começo de um jogo pelo trono, que tem muita coisa, menos um final feliz esperando por eles.
Em suas para aprender a ser uma princesa e levar um vida de identidade falsa, por ordem da rainha, Mare, agora Mareena, descobre fatos sobre a antiga rainha e mãe de Cal, Coriane, que morreu misteriosamente e muita gente pagou por isso, principalmente quem sabia demais a respeito do assassino.
Evangeline, apesar de já saber que era a preferida do rei para subir ao trono, nutre uma raiva enorme por Mare, pois se meteu em seu caminho. Mas Mare tem muito mais com que se preocupar, ainda mais com a Guarda Escarlate de olho em seus movimentos, mesmo que ela não saiba. A mocinha vai descobrir que viver em um castelo inclui teias das quais muitas pessoas pensariam duas vezes antes de se meter. A Guarda defende os direitos dos vermelhos no mundo, mas são taxados de rebeldes pela rainha.

Os prateados amam se vangloriar por serem “superiores” com sua mutação, mas ainda são covardes, mandando vermelhos para guerra lutarem entre si contra outros vermelhos que defendem seus ideais e direitos, além de outros reinos prateados.
Um verdadeiro jogo de xadrez, onde a rainha é quem manda e cerca por todos os lados, em busca de sua vitória. O que ela seria capaz de fazer para conseguir se manter no trono? Até onde ela iria para vencer? Ao cai de gaiata na família real, Mare começa a entender cada vez mais o lado da Guarda Escarlate e vai descobrir que viver de aparências é apenas a ponta do iceberg na política prateada. Ainda mais quando Mare descobre que ela não é uma aberração, já que há outros vermelhos como ela que os prateados tentam esconder há anos, para evitar a queda do reino.

 

“Se você não consegue vencer alguém usando seu poder, vença usando sua cabeça.”

 

“É da nossa natureza destruímos. É a contante da nossa espécie. Não importa a cor do sangue, os homens sempre cairão.”

 

Será que Mare vai encontrar os outros? Quem vencerá essa guerra? O que Mare é afinal? Essa é uma distopia que me conquistou o coração e se tornou um dos meus favoritos de 2018. É aquele livro que você olha a capa e se apaixona automaticamente. Tem tudo o que eu esperava: Aventura, jogo político, ficção científica e uma pitada de romance… e o melhor, é uma série!
Só ouço falar bem desse livro e eu sou mais uma a ler, falar bem e recomendar várias e várias vezes a série inteira. Me apaixonei pela Mare logo de cara, pois ela é uma mocinha diferente, que não fica sentada esperando o príncipe encantado. Ela luta para sobreviver, mesmo quando se vê nas garras da rainha. Defende seu povo e não se deixa abater por sedas caras, que ela sabe que é sua irmã que faz e muito bem aliás, nem pelo poder da família.

Ela sabe que é mais poderosa que todos, e sabe que pode muito mais do que pensam da “menininha elétrica”. E tem um toque de romance, que a autora soube colocar de uma forma bem palatável. Não ficou nada meloso, mas é algo gradual e forte, mesmo que não pareça no início. Amei também Cal, com sua postura de príncipe apaixonado, mas sem perder a classe, muito menos seus princípios. Muitas vezes os dois batem de frente, afinal cada um quer apenas defender seu povo, o que achei super legal também.

 

“O que meu povo vem fazendo com você e seu povo é uma ofensa aos fundamentos da humanidade. Oprimir e aprisionar vermelhos num círculo perpétuo de pobreza e morte, apenas por pensarmos que vocês sejam diferentes de nós? Não é certo. É como todos que conhecem história podem lhe contar, termina em desastre.”

 

Apesar da Ellara ser uma “rainha má”, ela me conquistou, confesso. A mulher me lembra mesmo a rainha do jogo de xadrez. Manda em todos, mas quem olha, parece até uma peça enfeitada e nada mais. Mas tem a força de derrubar um reino, sem levantar um dedo.

 

“Todo mundo trai todo mundo.”

 

“Não se engane, minha menina. Você também está no jogo, mas como peão de alguém.”

 

Maven me surpreendeu, com aquela carinha de menino abandonado, que sempre fica na sombra do irmão mais velho e blá blá blá… mas na real ele é mais esperto que muita gente… e confesso que me assustou… e muito! Evangeline eu já sabia que era do jeito que era, porque ela não se esconde em máscaras, mas o Maven… cruzes! Não esperava, sério!

 

“[…] Fui calmo no passado, permitindo aos nossos irmãos vermelhos uma vida boa, próspera e digna. Mas eles cospem em nós, rejeitam nossa misericórdia e trazem consigo o pior tipo de destino.”

 

A escrita da Victoria é fluida e os fatos acontecem no momento certo. Ela nem arrasta e nem deixa suspense demais… Gostei bastante da medida que usou e espero que mantenha assim nos próximos volumes. A capa é sensacional! Pena que peguei a versão digital, mas vou cogitar comprar o exemplar físico, só para ter essa capa linda na minha estante!

Como li a versão digital, posso falar que a fonte é bem legível, sem erros de digitação nem de ortografia. E posso falar também que amei a arte que tem no início de cada capítulo, que é contado pela visão da mocinha Mare. Então temos a visão de uma vermelha tentando viver num mundo que literalmente não é o seu, e sendo um peão no jogo da rainha, mesmo tentando se mostrar mais forte.
Super recomendo a leitura de A rainha vermelha. Merece nota máxima!

 

“Vamos nos levantar, vermelhos como a aurora.”

 

Já leram a série? O que acharam? Me contem aí!

 

Postado por:

Hanna de Paiva

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