20 de February de 2018

Resenha do livro: Origem

   Olá meu povo, como estamos? Hoje temos resenha do livro ‘Origem’, o último livro de um dos meus autores favoritos Dan Brown, com mais uma aventura do professor de Simbologia Robert Langdon. Vem ver o que achei! 😉
Resenha do livro Origem

Origem
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna

04/30


Livro: Origem


Autor: Dan Brown


Editora: Arqueiro


Ano: 2017


Páginas: 427


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De onde viemos? Para onde vamos?
Robert Langdon, o famoso professor de Simbologia de Harvard, chega ao ultramoderno Museu Guggenheim de Bilbao para assistir a uma apresentação sobre uma grande descoberta que promete “mudar para sempre o papel da ciência”. O anfitrião da noite é o futurólogo bilionário Edmond Kirsch, de 40 anos, que se tornou conhecido mundialmente por suas previsões audaciosas e invenções de alta tecnologia. Um dos primeiros alunos de Langdon em Harvard, há 20 anos, agora ele está prestes a revelar uma incrível revolução no conhecimento… algo que vai responder a duas perguntas fundamentais da existência humana.Os convidados ficam hipnotizados pela apresentação, mas Langdon logo percebe que ela será muito mais controversa do que poderia imaginar. De repente, a noite meticulosamente orquestrada se transforma em um caos, e a preciosa descoberta de Kirsch corre o risco de ser perdida para sempre. Diante de uma ameaça iminente, Langdon tenta uma fuga desesperada de Bilbao ao lado de Ambra Vidal, a elegante diretora do museu que trabalhou na montagem do evento. Juntos seguem para Barcelona à procura de uma senha que ajudará a desvendar o segredo de Edmond Kirsch.Em meio a fatos históricos ocultos e extremismo religioso, Robert e Ambra precisam escapar de um inimigo atormentado cujo poder de saber tudo parece emanar do Palácio Real da Espanha. Alguém que não hesitará diante de nada para silenciar o futurólogo. Numa jornada marcada por obras de arte moderna e símbolos enigmáticos, os dois encontram pistas que vão deixá-los cara a cara com a chocante revelação de Kirsch… e com a verdade espantosa que ignoramos durante tanto tempo.

   Estamos na Espanha, num dos museus de arte mais modernos e tecnológicos do mundo… O lugar perfeito para que Edmond Kirsch, um famoso futurólogo, lançasse ao mundo sua mais recente descoberta: Qual a origem da Humanidade? E mais, onde iremos parar? São duas perguntas pequenas, mas que tem causado grandes reboliços em gerações de pensadores e leigos por todo o mundo.
  Será que existe uma força maior que criou tudo o que vemos hoje? Será que foram alienígenas que nos trouxeram em “sementinhas” para sermos plantados em ouro planeta? Será que quem nos “plantou” quer saber como estamos agora? Abduções são reais? ET’s existem? São tantas perguntas que vem junto ao “de onde viemos?” e “para onde vamos?”… E será que temos as respostas? Edmond afirma com toda a certeza que sim, ele é capaz de responder e escrever seu nome na História como o cara que derrubou todas as religiões já existentes no mundo…

“De viemos? Para onde vamos? Essas perguntas fundamentais da existência humana sempre me obcecaram, e durante anos sonhei em encontrar as respostas. Tragicamente, por conta dos dogmas religiosos, milhões de pessoas acreditam que já sabem as respostas para essas grandes perguntas. E como nem todas as religiões oferecem as mesmas respostas, culturas inteiras terminam em guerra para decidir quais são as respostas corretas e que versão da história de Deus é a História Verdadeira.”  

“A ciência é a antítese da fé. Por definição, a ciência é a tentativa de encontrar prova física de algo que é desconhecido ou que ainda não foi definido, e rejeitar a superstição e a percepção equivocada em favor de fatos observáveis. Quando a ciência oferece uma resposta, ela é universal.” 

   O maior ateu de todos já começa suas provocações mostrando sua descoberta primeiro no Parlamento das Religiões do Mundo, com a participação dos líderes das maiores religiões conhecidas: Catolicismo, Islamismo, Judaísmo. Obviamente nenhum dele concorda com algo que pretende derrubar (e Edmond não poupa palavras nem humildade para afirmar isso) todas as religiões do mundo. Todos pedem para que ele pense com mais  calma em suas palavras, que ele mude de ideia, mas Edmond está disposto a mostrar sua descoberta para o mundo, custe o que custar…

“O que você escolheria: um mundo sem religião ou um mundo sem ciência?” 

“As religiões das trevas partiram e reina a doce ciência.” (William Blake)

   Até onde você iria para lutar pelas suas ideias?  É assim que começamos mais uma aventura de Robert Langdon… Ah sim, como ele vai parar no meio disso tudo? Eis que o simbologista nada mais é que o ex-professor do futurólogo e atual amigo, com quem foram debatidos inúmeras vezes tantos questionamentos, os quais ajudaram a responder essas perguntas que tanto afligem a Humanidade. E, claro, ele não poderia estar de fora da apresentação dessa revelação tão importante para nós… Langdon, o simbologista e especialista em arte mais clássica, se vê perdido no Guggenheim, um museu conhecido por arte super moderna. O prédio por si só é uma obra de arte moderna (ou seja, algo bem esquisito aos nossos olhos e dele também). Mas o que era para ser um cenário de uma descoberta científica hi-tech, passa a ser o cenário de uma perseguição e crime. Eis que, prestes a revelar a maior descoberta do século, Edmond Kirsch é assassinado ao vivo mundialmente, em pleno palco.
   Isso complica ainda mais por ter a participação indireta do palácio real no meio da confusão, já que a curadora do museu nada mais é que Ambra Vidal, uma espanhola linda e noiva do futuro rei da Espanha…
   Todos são suspeitos de interromper a apresentação do futurólogo… E sobra para Ambra e Langdon descobrirem o que Kirsch queria revelar, além de tentar descobrir quem está por trás disso.
   Essa parte não é nenhum spoiler, já que todos os livros de Dan Brown envolvem perseguição ao professor Langdon enquanto ele tenta resolver enigmas históricos. O autor dessa vez nos mostra uma Espanha rica em detalhes arquitetônicos, históricos e ainda valores tradicionais, pelos quais a sociedade ainda preza bastante, principalmente a realeza…
   Discussões sobre religião estão sempre presentes e, dessa vez, temos a participação da igreja palmariana, uma seita que se originou a partir de católicos que, por algum motivo saíram da igreja apostólica com sede no Vaticano e criaram sua própria sede na Espanha, com um papa próprio (ou antipapa, como é conhecido). Junto a isso, temos a grande discussão entre Criacionismo e Evolução, um assunto apesar de debatido, ainda é um tabu para muita gente, inclusive com lados extremistas. Há ainda a ideia de que a religião possa ser absorvida pela ciência. Isso seria possível? Quais seriam as consequências de algo assim no mundo em que vivemos hoje em dia?

“A comunidade crescente de ateus adora colocar a Igreja no papel de vilã.”

“A evolução é a favor da religião. As comunidades religiosas cooperam melhor do que as não religiosas, portanto desenvolvem-se mais prontamente. Isso é um fato científico!” 

   O que eu achei do livro? Bom, eu sempre fui fã da escrita do autor, essa não é novidade, mas confesso que desde ‘Inferno’ a receitinha dele não dá muito certo para mim. Em ‘Origem’, com toda a questão sobre Evolução (minha área de pesquisa), imaginei que daria certo e ele voltaria a ser aquela explosão que foi em ‘O código Da Vinci’ e ‘Anjos e demônios’, mas me enganei redondamente. Ele continua nos instigando por passar sempre por locais turísticos em seus livros (acho incrível como o professor de Harvard nunca consegue resolver os casos perto de casa, rs). Mas me incomoda e muito ver que Langdon está ficando velho e besta!
   Sério… Nos primeiros livros ele era mais esperto, pegava as pistas no ar e resolvia tudo antes de todos… Nos últimos livros, ele é sempre inocente que “entra de gaiato nos crimes” e acaba perseguido pelos assassinos, sem saber o motivo… E até para resolver os enigmas ele parece que perdeu a mão também… Os acontecimentos ficaram muito, mas muito previsíveis e eu já sabia “quem era o culpado” na metade do livro… Tudo bem que sou bem curiosa para thrillers da vida, mas já saber quem era o “vilão” na metade do livro perdeu a graça para mim, ainda mais sabendo do histórico do autor em esconder evidências…
   Se é um livro ruim, não é… Só o fato de ter n discussões filosóficas e até científicas sobre essas questões da origem do Homem valem a pena a leitura, sem contar os lugares onde ocorrem as histórias, que sempre me fazem colocar mais um nome na lista de “lugares para a Hanna ir antes de morrer”…

“[…] E ainda que seja politicamente correto tratar com equanimidade os pontos de vista da ciência e da religião, essa estratégia é perigosamente equivocada. O intelecto humano sempre evoluiu rejeitando informações desatualizadas em troca de novas verdades. Foi assim que a espécie evoluiu.”   

  Outra coisa que me incomodou bastante foi que o centro das atenções, que deveria ser a grande descoberta de Kirsch, ficou de lado boa parte do livro… todas as atenções de repente se viram para Langdon e no quanto o professor especialista em arte clássica ficou perdido em arte moderna… Sério, por mais que parecesse um desafio para o professor “sair da zona de conforto”, isso deixou a leitura bem arrastada e sem graça…

Origem
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna

  Mas acho que estou ficando enjoada dos livros do tio Brown, talvez essa seja a verdade… O final (que não vou contar), também me deixou bem decepcionada, pois como já tinha tudo sido revelado bem cedo, não diretamente, mas deixava pistas óbvias, acabou ficando besta demais…
   No entanto, por conta dos lugares mencionados, a tecnologia e toda a discussão profunda (ou quase) sobre ciência x religião (que me fascinam), darei quatro estrelas para o livro. E recomendo que leiam também, afinal vale muito a pena ler se você também curte esses questionamentos filosóficos.

   E então, já tinham lido esse livro? O que acharam? Curtem Dan Brown? Bora conversar! 😉
   Ah, eu fiz a leitura desse livro em conjunto com a Fernanda do blog parceiro Prateleiras da Fê, não esquece de passar lá para saber o que ela achou da leitura. 😊
   Até mais! 

Postado por:

Hanna de Paiva

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