Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Todo mundo tem daqueles parentes que são iguais à segunda-feira; a gente não gosta, mas não tem como escapar deles. Sempre há alguém que fala o que não deve, que faz piada sem graça, ou que paga de abobado nas redes sociais…Essas situações hilárias e que rendem boas risadas a Rô compartilha com você! Ela quase morre de vergonha com cada mico e mancada cometidos por sua família, coitada! Os parentes dela, sem muito esforço, conseguem estourar todos os micômetros do planeta.É tanto mico que provavelmente você irá terminar a leitura com a barriga doendo de tanto rir e dirá: “Ufa! Ainda bem que não foi comigo!”Um livro de humor, que também aborda questões sérias como consumismo, separação dos pais e o típico constrangimento que muitos adolescentes sentem em relação ao pai e à mãe. É pra pensar e se divertir!
Roberta é uma menina de quase 15 anos que, como toda adolescente, tem vergonha de um monte de coisa, inclusive dos pais que fazem coisas constrangedoras em público… Nesse livro, em que ela conta sobre sua nada mole vida, podemos conhecer um pouco sobre eles e sobre os apuros que a menina passa todo dia…
Lendo o livro, me lembrei de várias situações que passei quando adolescente (e às vezes passo ainda hoje) com meus pais. E foram sensações de pura nostalgia o que senti ao ler as páginas desse livro. A leitura é bem fluida e só li em dois dias porque tive que interromper e só pude retornar no dia seguinte, se não teria lido ainda mais rápido, de tão gostosa que é a leitura.
“Nossos pais vivem lendo manuais sobre como educar, conviver, criar filhos de sucesso e, acima de tudo, sobre como compreender a gente. Esses livros são a maior furada. Na real, não ensinam a compreender a gente coisa nenhuma.”
Como li em formato digital, não posso falar muita coisa sobre diagramação, a não ser que as páginas ficaram um tanto pesadas para carregar, já que o livro é ilustrado. Mas isso não foi de muito incômodo durante a leitura, por incrível que pareça, pois ri tanto que compensou! 😂😂 Isso sem contar que as ilustrações são muito fofas e também compensaram! 😉
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Roberta é uma jovem que tem pais separados, mora com a mãe e passa uns perrengues com ela tentando ser moderninha sem sucesso. Além disso, temos as cenas de grupos de família no WhatsApp, a tia que trabalha como vaca no presépio do shopping e o garoto que ela tanto gosta e sempre presencia seus micos. Ah, não esqueçamos da mãe comentando com todos seus amigos sobre os micos de Roberta n vezes! Quem nunca passou por isso quando mais novo levanta a mão!
“Já percebeu como certas coisas que sua mãe fala interferem na ordem do Universo?”
“Estou me sentindo vingada com a ideia de escrever este livro falando da minha família. Eles vivem falando de mim, agora é minha vez de dar o troco, né?”
“Já pediu pra sua mãe tirar uma foto sua com o celular? Por mais que você explique como se faz, no fim não dá certo, né?
Como toda adolescente, Roberta tem uma linguagem própria, cheia de gírias que ninguém entende, mas dizendo o que pensa sem papas na língua. Ela fala tanta coisa da família, que sinceramente vi parte da minha ali na ceia de Natal/Ano Novo… Tem coisas que realmente todas as famílias tem, só mudam de endereço: tios com as mesmas piadas sem graça, a prima mais velha uns dois anos, mas se sente “a experiente”, a tia que ama ar pitaco na vida de todos, e por aí vai…
São tantas coisas, que me fizeram relembrar meus parentes, que não segurei mesmo as risadas… bem que tinha o aviso logo no início!
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Mesmo sendo uma leitura fluida, a própria linguagem da Roberta é jovem, voltada para o público da mesma faixa etária. No entanto, para os adultos também vale imensamente a leitura, principalmente se você quer dar umas risadas se lembrando e dizendo para você mesmo: “minha mãe falava a mesma coisa!” ou “na minha família é igualzinho!”
No meu caso, sofria muito (hoje nem tanto, pois minha mãe finalmente me entendeu) com a organização do meu quarto… Eu sempre me “organizei no caos”, mas minha mãe chamava de bagunça mesmo e arrumava tudo quando eu viajava… resultado, voltava e encontrava um mundo perdido no meu quarto! 😂😂
“Meu quarto deve ser mesmo um lugar sagrado, porque, toda vez que entra nele, minha mãe diz: ‘Meu Deus’! Está sempre se queixando da bagunça. Ela diz que sou um furacão em forma de gente. Por onde passo, deixo sempre a maior bagunça […].”
Essa eu tive que falar com minha mãe, que concordou que meu quarto era exatamente assim, mas ela desistiu de falar e tentar arrumar por mim… 😂😂😂
Lendo esse livro, quem sabe você também se identifique com alguma passagem familiar, assim como eu achei logo uma… O Dieison acertou mesmo na dose! 😉
Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Como nota, dou cinco estrelas, pois foi muito bom!
Falando em Dieison… Esta é a mais recente novidade… Ele é nosso novo autor parceiro! Recebi esse livro com muito carinho para resenhar, e agora aqui está um pouco sobre ele:
Foto: Dieison Engroff |
Dieison Engroff é jornalista e escritor. “Um dos melhores escritores juvenis do Brasil”, título de recebeu há poucos dias de si mesmo diante do espelho enquanto fazia a barba. Tem 30 anos, reside em Humaitá, uma pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul.
Caso queira comprar o livro, ele está disponível na Amazon. E, caso desejem entrar em contato com ele, basta enviar um email para:
E aí, já conheciam esse livro? E o autor? Me conta aí!
Até mais!