Olá meu povo, como estamos? Hoje temos mais um Trilhas e Aventuras no ar, com uma trilha super cansativa, porém legal, feita na Baixada Fluminense. Com vocês, a Serra do Vulcão, em Nova Iguaçu! Vem conferir! 😉
Depois de tanto tempo só fazendo trilhas pelo município do Rio de Janeiro, os Trilheiros Urbanos resolveram dar uma conferida nas trilhas que existem em nossa área, a Baixada Fluminense. Para quem não sabe, a Baixada Fluminense fica na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e abriga muitos pontos que fizeram a história durante o Brasil colonial.
Além disso, muitas belezas naturais ainda estão escondidas por aqui, entre elas a trilha do Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu, que abriga o talvez único vulcão do Brasil.
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
“No final da década de 70, os geólogos André Calixto Vieira e Victor de Carvalho Klein descobriram o primeiro – e, há quem diga, o único – vulcão brasileiro. Localizado em Nova Iguaçu, mais precisamente na Serra de Madureira, no Maciço de Gericinó, ele está extinto há cerca de 40 milhões de anos. Segundo os pesquisadores, sua boca tinha um quilômetro e meio, sua altura era de 300 metros, e, em erupção, o vulcão lançava rochas incandescentes de até duas toneladas.” Fonte
Como saímos de Belford Roxo, para chegar lá não tivemos muita demora. Pegamos o ônibus Xerém x Nova Iguaçu, que nos deixou próximo da estação de trem da cidade, e de lá preferimos pegar um Uber que nos deixasse na entrada da trilha. Mas tivemos um grande problema, pois seguindo o GPS, fomos parar no meio de uma favela, que por sorte não aconteceu nada, mas de acordo com um dos moradores, era bem comum aparecerem taxis perdidos por ali. Tratamos de sair de lá e tentamos outro caminho, pela UNIG, que nos deixou na entrada do parque praticamente.
Mas esse praticamente nos deu trabalho também, pois tivemos que subir a rua por uns 20min até alcançar a parte sem asfalto. O que achei interessante, é que tem umas casinhas pelos arredores, mas também uma igreja. Para nossa sorte, tinha umas pessoas indo em direção a ela, pois nos deram informações para onde poderíamos seguir, já que um dos grandes problemas de lá é a falta de sinalização, ainda mais porque o que não falta por lá é bifurcação.
São duas trilhas na realidade, a do vulcão propriamente dita, e a da rampa de voo livre. Acabamos na de voo livre, pois não achamos de jeito maneira a do vulcão. Embora não tenha sido a do nosso planejamento inicial, o esforço foi intenso para chegar lá.
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
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Foto: Carol Melo/Mundinho da Hanna |
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
O caminho é pura subida, grande parte dela a céu aberto e muito inclinado, o que dava muita dificuldade quanto mais alto chegávamos. Foram 3h de caminhada, com muitas paradas, pois o sol forte estava castigando e não tinha onde nos abrigarmos por bons pedaços do caminho. E quanto mais subíamos, mais tinha caminho para subir… pense num trajeto cansativo… (rsrsrs)
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
“O maciço era uma ilha e a permanente erosão aterrou suas margens, apenas seccionadas pelo curso do rio Guandu, que desemboca na Baía de Sepetiba. Correntes favoráveis propiciam atualmente a prática de asa delta, sendo este considerado o segundo melhor ponto do país (e melhor no estado) para a prática desse esporte. Os 2 últimos Campeonatos Anuais Estaduais de Vôo Livre (Super Race) foram transferidos da Pedra da Gávea, para a rampa de vôo livre da Serra do Vulcão.” Fonte
Felizmente, não fomos os únicos loucos a encarar a subida e encontramos com diversos grupos de trilheiros encarando o desafio da subida. Inclusive a Neide, uma moça que ficou famosa por ter ficado muito para trás no trajeto do seu grupo. Tão para trás que deve ter levado umas 5h para subir tudo e o grupo perguntava por onde ela andava a cada pessoa que chegava no fim da trilha. Quando ela chegou, a comemoração foi tanta, que agora tem até a #neidevulcao, para quem quiser acompanhar a aventura dela.
Apesar de tantas paradas, cansaço e afins, a subida valeu a pena, pois no final tivemos uma vista panorâmica da cidade de Nova Iguaçu, com um vento fresco e uma paisagem bonita em volta da gente.
Outra coisa que achei interessante, foi a quantidade de mato que tem por lá, o cenário ficou tão diferente, que me senti num papel de pare do Windows ou naqueles filmes onde a mocinha sai correndo pelo campo em busca da liberdade…
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
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Foto: Patrick Ladeia/Mundinho da Hanna |
Pelo fato de ter muita vegetação e muitos caminhos não estarem bem marcados, é bom tomar cuidado com as vacas que tem pelo caminho (sério gente, tem muita vaca ali) e até com cobras, que podem nos surpreender (felizmente dessa vez não tivemos esse encontro). Além disso, tínhamos que dar passagem para muitos que estavam de bike ou fazendo motocross.
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Pontos positivos:
A vista vale a pena;
É bom saber que temos belezas naturais ainda pertinho da gente;
Temos o único vulcão do país, que ainda atrai visitantes, além de ser o melhor ponto do Rio de Janeiro para saltar de asa delta;
Pontos negativos:
Não tem sinalização adequada;
Quase não é conhecida, devido ao município pouco explorado;
Por não ter informações a respeito, podemos parar num lugar indesejado e ter problemas seríssimos.
“Mas Hanna do céu, se você não tinha tantas informações sobre esse lugar, como que tu foi parar lá criatura?!” Então, eu sabia que tinha um vulcão extinto em Nova Iguaçu há anos, por causa de uma aula de geografia ainda no Ensino Fundamental. Mas até então, não sabia que era aberto ao público. Passei anos para criar coragem de ir lá, exatamente pela falta de informações a respeito do local. Se eu pesquiso pelas trilhas do Rio na internet, tipo Pedra Bonita, ou Pedra da Gávea, obviamente teremos n blogs e canais do Youtube falando a respeito, dizendo como chegar e tudo mais. Mas quando de trata de Baixada Fluminense, ainda tem muito poucos aventureiros para cá e poucos são os sites que indicam os melhores caminhos… como no caso a Serra do Vulcão.
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Foto: Patrick Ladeia/Mundinho da Hanna |
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Foto: Patrick Ladeia/Mundinho da Hanna |
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Foto: Patrick Ladeia/Mundinho da Hanna |
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Conseguir chegar lá foi não apenas uma aventura, como também uma prova que temos belezas naturais não apenas em locais mais badalados, mas também bem pertinho da gente afinal moramos no município vizinho a Nova Iguaçu… (rsrsrs)
Bom, do mesmo jeito que levamos 3h na subida, foram 3h para descermos todo o trajeto de volta. Também com muitas paradas, pois para descer tudo de volta, os joelhos reclamaram bastante com o esforço. Fora o risco de escorregar com porções muito secas de terra pelo caminho. Tivemos que nos segurar no mato do lado para não cairmos, ainda mais nas partes mais íngremes. Por ter as bifurcações e a falta de placas, muitas vezes paramos para nos perguntar se tínhamos passado por ali na subida, o que seria mais um ponto negativo para o lugar.
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
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Foto: Erik Lourenço/Mundinho da Hanna |
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
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Foto: Hanna Carolina/Mundinho da Hanna |
Resumindo, tivemos realmente uma aventura por lá, que valeu a pena no final. Mas gostaria que tivesse mais atenção com o lugar, principalmente por parte de quem administra o parque…
E esse foi nosso quadro Trilhas e Aventuras de hoje. O que acharam? Encarariam a aventura? Me conta aí! 😉
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Foto: Patrick Ladeia/Mundinho da Hanna |
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