8 de March de 2022

Um Corpo na Biblioteca | Agatha Christie

Olá meu povo, como estamos? Hoje trago a resenha de ‘Um Corpo na Biblioteca’, mais um mistério da Rainha do Crime, Agatha Christie.

 

Um Corpo na Biblioteca | Agatha Christie
Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna

 

13/24
 
Livro: Um Corpo na Biblioteca
Autora: Agatha Christie
Editora: Nova Fronteira
Ano: 2014 (original em 1942)
Páginas: 184
Skoob | Amazon
 
 
 

 

Ruby Keene, uma bela jovem, é encontrada morta na biblioteca da mansão do casal Bantry, aparentemente estrangulada. Dolly Bantry, a dona da mansão, chama sua amiga, a detetive amadora Miss Marple, para tentarem descobrir juntas quem é a garota, como foi parar lá, quem a matou e qual foi o motivo. Tudo se complica ainda mais quando chega até eles a notícia de outra adolescente morta, carbonizada dentro de um carro incendiado em uma pedreira. Qual será a possível conexão entre os dois incidentes?

 

 

Um Corpo na Biblioteca | Agatha Christie
Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna

 

 

 O casal Bantry, já idoso, tinha uma vida tranquila e monótona em sua mansão. Porém, tudo muda num piscar de olhos quando a empregada aparece nervosa logo pela manhã. Ela alega ter encontrado um corpo na biblioteca. A esposa acredita e vai conferir, embora o marido ache que ainda está sonhando. 
   
Após a confirmação que era realidade e passado os momentos de pânico, o sr. Bantry chama um velho conhecido e detetive da polícia local para investigar o caso. Afinal, ninguém conhecia a moça, e o marido alega não ter uma amante. Então, como ela teria ido parar logo na casa dele? 
 
O mistério fica ainda mais intrincado quando um outro corpo aparece, dessa vez carbonizado em um carro abandonado. Cabe à polícia e à Miss Marple descobrirem antes que a fofoca ganhe a cidade e os jornais do país.
 
 

 

“A natureza humana é sempre a mesma em toda parte.”

 

 
 
Confesso que estou há um bom tempo na vibe dos romances policiais. Apesar de ter passado por outros gêneros, ando querendo bancar a detetive nas leituras. E, nada melhor para isso do que aproveitar e ler os livros de Agatha Christie.
 
“Um Corpo na Biblioteca” foi uma das últimas trocas do Skoob no ano passado e estava doida para tirar da estante e ler. Tudo começa quando os Bantry encontram um corpo na biblioteca. A vítima é uma mulher jovem e desconhecida de todos na casa. A polícia é chamada e começam as investigações. Todos são suspeitos a princípio, tanto os donos da casa, quanto os funcionários.
   
Porém, mesmo que a polícia esteja trabalhando, os rumores de que o marido tivesse uma amante e o caso terminou tragicamente já estão circulando pela cidade. Ele tem total certeza de que o culpado é seu sobrinho “desmiolado”, Basil Blake, e está doido para “limpar sua honra”. Já a esposa acha no ocorrido um meio de sair da monotonia e ter um pouco de diversão (embora eu ache um gosto bem macabro). 
 
“As pessoas fazem coisas esquisitas.”
 
 
Começa então a brincar de detetive e convida sua amiga Miss Marple para lhe acompanhar. A senhora nem pensa duas vezes e aceita o desafio. Acho engraçado, pois ela é conhecida como “a fofoqueira profissional”, mas coloca muito detetive de verdade no chinelo (rsrsrs).
Miss Marple aceita o caso, apenas para ajudar a distrair a sra. Bantry, mas acabam formando uma bela dupla
Como os policiais também estão trabalhando, somos apresentados aos dois ângulos da investigação, que podem se juntar em um momento.
A vítima, chamada Ruby Keene, aparentemente era uma jovem que tentava sobreviver como podia, fazendo os trabalhos que lhe davam. Mas ainda é um mistério que tenha ido parar logo numa mansão tão distante de onde morava.
   
Aos poucos, a lista de suspeitos vai aumentando, conforme os policiais e Miss Marple descobrem pistas que levam a mais pistas. Assim, conhecemos Josie, a prima de Ruby, e o colega Raymond, com quem trabalhava.      Aparentemente, eles se davam muito bem e eram empregados no Majestic Hotel, conhecido pelos shows de dança e jogos de baralho.
 
 
 

 

Um Corpo na Biblioteca | Agatha Christie
Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna

 

 
 
Nessas mesas de jogos ficavam algumas pessoas bastante peculiares e bem próximas de Ruby. Todos afirmam que a moça era querida por onde passava, então quem seria capaz de matá-la de forma tão brutal?
Além disso, todos os suspeitos têm álibis bastante críveis para a hora da morte, o que complica ainda mais. 
 
 

 

“Um álibi é a coisa mais duvidosa do mundo!”

 

 
O caso é tão bem elaborado, que parece até sem solução, especialmente quando o segundo corpo é encontrado.
Se eles têm ligação ou não, é preciso enxergar nas entrelinhas, o que não é todo mundo que consegue fazer, especialmente quando pressionados pelos amigos de Ruby. 
   
Porém, Miss Marple, como sempre, tem uma carta na manga e surpreende todo mundo. E é esse jeitinho dela que deixa tudo ainda mais inesperado. Ninguém dá nada por uma mulher de meia idade, chegando de paraquedas, começa a fazer perguntas e sai para lugar nenhum.
   
E com esse “jeitinho de quem não quer nada”, ela faz todo mundo de trouxa. Por isso, é engraçado que, mesmo ela não sendo profissional, os detetives só faltam fazer reverência e estender o tapete vermelho quando ela passa.
 
Conforme lia, estava pegando vários detalhes e já tinha minha lista de suspeitos. Porém, mesmo preparada para a revelação final, a autora mostrou que ainda é possível dar uma reviravolta aos 45 do segundo tempo e enganar todo mundo, inclusive os leitores.
   
Fui feita de trouxa direitinho, o que não é novidade, pois com os livros de Agatha Christie, é bem difícil eu acertar o culpado, apesar de ter chegado perto dessa vez. Então considero uma pequena vitória (rsrs).
   
Levando pelo mistério em si, os livros dela são maravilhosos. Contudo, acho que dessa vez eu tive um olhar mais atento em relação a certas coisas que normalmente deixaria passar batido.Não vejo muito isso com os casos de Poirot (ou não reparei, pelo menos, ficarei mais atenta), mas o tempo todo se referem à Miss Marple como “a solteirona”. Pelo pronome que se usa com a personagem, dá a entender que ela nunca se casou, já que a tradução literal de “Miss” é senhorita, que se refere a mulheres solteiras.
 
 
 

 

Um Corpo na Biblioteca | Agatha Christie
Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna

 

 
 
 
Mas eu fiquei incomodada com a forma um tanto pejorativa de como o “solteirona” foi empregado diversas vezes. Tipo: “solteironas não se casam, então ficam velhas e fofoqueiras”. Ou: “a vida de uma solteirona é assim ou assado”, como se não tivesse dado certo.
   
Na época, poderia ser encarado como uma piada, até porque o livro foi escrito em 1942. Então é compreensível que ainda houvessem certos pensamentos desse tipo. Mas hoje, se me falassem isso, eu levaria como uma ofensa.
   
A não ser isso, ler mais um caso da Rainha do Crime foi uma experiência bastante positiva, que devorei em menos de 24h e perfeita para aproveitar o feriado prolongado do carnaval.Em relação ao livro em si, minha edição é antiga, mas de capa dura. Eu gosto dessas edições da Nova Fronteira, por fazer a capa parecendo um quadro pintado a mão. 
 
 
Um Corpo na Biblioteca | Agatha Christie
Foto: Hanna de Paiva | Mundinho da Hanna

 

 
A fonte é legível e as páginas amareladinhas, o que dão conforto durante a leitura. Resumindo, recomendo a leitura, especialmente se estiver procurando alguns casos da Rainha do Crime para começar a ler. 
 
 
 
 Já conheciam esse livro? Gostam dos casos de Agatha Christie? Me contem aí!
 
 
 
Texto revisado por Emerson Silva
Postado por:

Hanna de Paiva

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