Olá meu povo, como estamos? A Bienal do Livro – RJ começou no dia 13/06/2025 e ainda vai durar até o próximo domingo (22/06/2025). Esse ano eu tive a oportunidade de ir no primeiro final de semana e vou fazer um breve relato de minha experiência no evento.

Bem, indo logo nos primeiros dias, já se sabe que é pedir para ir no fervo. Por conta das novidades, todo mundo quer conferir o que a organização prometeu em primeira mão, fora que final de semana é perfeito para aproveitar a folga do trabalho.
Sendo assim, tive a experiência de ver uma sexta feira atípica no Riocentro. Isso porque esperava um dia mais vazio (por ser ainda dia útil) e teria a oportunidade de aproveitar os espaços instagramáveis sem filas. Até consegui, como vocês podem conferir no Instagram e no Tiktok.
No entanto, os passeios escolares (que deveriam começar apenas na segunda), começaram desde o primeiro dia. Assim, tinha diversas caravanas de estudantes por lá e causou um maior movimento nos pavilhões. Apesar do volume de gente, consegui manter o plano de apenas criar conteúdos no evento e tive a oportunidade de conhecer alguns autores nacionais maravilhosos.






Autores esses que continuei encontrando nos outros dois dias. Foi a oportunidade que eu sempre quis, de não apenas conversar, mas também entrevistar ao vivo as pessoas que são responsáveis por nos fazer sonhar acordados. E tudo isso foi possível através da Lavanda Literária, uma empresa de assessoria que faz um trabalho maravilhoso e já me tornei fã.
Recebi muitos press kits incríveis, que vou mostrar em outro post, só de unboxing (e também vai ter vídeo com mais detalhes sobre os recebidos no canal. Aguardem!). Já as entrevistas podem ser conferidas nas redes sociais.









Além de encontrar os autores, tive a oportunidade de conhecer pessoalmente diversos criadores de conteúdo que admiro, mas só via pela internet. Então foi uma boa maneira de tornar mais real a amizade formada ao longo de tantos anos.
Mas nem tudo são flores, né? Mesmo tendo momentos maravilhosos e guardado ótimas lembranças, tenho que dizer que ainda tem uma série de coisas que não posso passar pano. Uma delas é a organização. Até hoje eu não sei como é feita a escolha de quem vai ter credencial ou não na Bienal do Rio.






Um fato já esperado é que eu sou negada TODOS OS ANOS! E até hoje não sei o motivo da recusa, dado que já crio conteúdo há 10 anos e estou presente em tantas redes, que minha base de seguidores pequena em apenas uma não seria motivo suficiente (ao menos creio eu). Até porque uma série de criadores com públicos maiores que o meu também foram recusados. E assim como eu, ninguém sabe o motivo.
Aos 45 do segundo tempo, fomos informados que teríamos que seguir algumas regras de conduta. Entre elas, poderíamos consumir comidas e bebidas dentro do evento, sendo compradas lá ou não.
A equipe organizadora já relevou essa regra de podermos entrar com comida, pois eles mesmos sabem que os preços na praça de alimentação são impraticáveis. Ainda mais levando em consideração que boa parte do público que vai lá só tem grana para comprar um livro (quando tem).
O que leva a uma falha visível na segurança. Primeiro, anunciaram que comidas e bebidas levadas de casa deveriam ser em embalagens lacradas e transparentes. Isso porque as bolsas e mochilas seriam inspecionadas, para garantir a segurança de todos. Porém, nem no dia de menos movimento (que eu fui) isso aconteceu.
Até entendo que nos finais de semana (e feriado) isso seria oneroso, por conta do volume de visitantes. Mas por favor, em eventos de grande porte o mínimo seria um detector de metais, coisa que estava lá só de enfeite (e nem todos os guichês tinham). Porém ninguém foi inspecionado. Felizmente, não aconteceu nada (e espero que não aconteça), mas a gente teria um pouco mais de tranquilidade se soubesse que a segurança era reforçada.
O transporte é outra falha. Esse ano eles entraram em contato com uma empresa que faria o transporte de passageiros que vinham de locais distantes (meu caso), em ônibus especiais. No entanto, o valor cobrado nas passagens custava quase o valor de um novo ingresso no evento (que não era nada barato).
Fora isso, tem o sistema de BRT partindo do Terminal Alvorada, num ramal especial que facilita a vida de quem vai de transporte público. Mas ele só funciona nos finais de semana, enquanto que em dias úteis as pessoas tem que enfrentar um trânsito horrível para chegar no Riocentro.
Ainda não sei qual o problema de deixar funcionando durante os 10 dias do evento, sendo que é algo para facilitar a vida dos reles mortais. Isso também desafogaria o engarrafamento já comum na área em horários de pico (mas que duram o dia inteiro nesse período).
Ainda falando sobre inspeções… Por não ter conseguido uma credencial de influenciadora, quase desisti de ir na Bienal esse ano, por falta de verba para me deslocar e o próprio ingresso (eu pagaria inteiro).
Mas uma amiga me lembrou que eu poderia entrar como autora, dado que publiquei um livro acadêmico um tempo atrás. Assim, fiz o cadastro e estava preparada para comprovar que de fato escrevi um livro (afinal, era o que estava escrito no edital de cadastro).
Mas não precisei, já que os três dias que fui passei direto e ninguém (NINGUÉM) pediu comprovação de que eu era autora. Ou seja, eu poderia muito bem ter mentido só para entrar de graça no evento, que eles nem sequer iriam reparar. Se isso não é descuido da parte deles, não sei do que mais poderia chamar.



Os estandes estavam maravilhosos e diversos minieventos aconteceram por lá. Gostei que tinha uma área especial para autores independentes, muitos dos quais foram favorecidos pelo TikTok (um dos patrocinadores do ano, com a campanha do #livroalemdapagina). Mas ainda não entendi porque não chamaram mais atenção para eles e continuaram levantando a bandeira só dos autores mais consagrados.
Sobre a lotação, não vou comentar. Indo num final de semana, já era de se esperar que estivesse bem cheio. Mas a logística que organizaram para arcar com o volume de pessoas passando em corredores muitas vezes estreitos complicou um bocado a experiência.
Em resumo, diria que o saldo da Bienal foi mediano. A parte maravilhosa foi ter reencontrado pessoas incríveis e que admiro muito. Fora que fui mais como criadora de conteúdo profissional do que como mera visitante. Talvez por isso estivesse mais atenta a certos detalhes, que não notava em eventos anteriores.
O que me fez reparar em pontos negativos, que ainda acontecem ano após ano em terras cariocas. Isso decepciona um bocado e até me faz sentir desrespeitada enquanto profissional da área literária (sim, criador de conteúdo é um trabalho oneroso demais e menos remunerado do mercado).
Mas vou continuar indo? Sim, vou. Pois Bienal vai além de apenas comprar livros e sair tirando fotos em cenários bonitos.

O evento é também para gerar amizades e criar vínculos com pessoas que também amam ler e podem compartilhar esse sentimento com você. E 2025 foi o primeiro ano em que realmente senti isso, o que talvez me mostre o quanto estou amadurecendo depois de tanto tempo nesse ramo.
Se você ainda for no evento e, mais ainda, se for sua primeira vez por lá, aconselho assistir esse vídeo abaixo. Está tudo bem explicadinho e acho que você vai conseguir aproveitar bastante a experiência.
E, caso esteja curiosx para saber como foram meus dias no evento em mais detalhes, aqui está o vlog do final de semana (que inclusive é o primeiro conteúdo do tipo que faço lá no canal).
Agora me conta nos comentários: Já foi na Bienal do Livro – RJ 2025, ou alguma outra? O que acha de eventos literários de grande porte?
Moonlight Books
Oi Hanna! Claro que livros são maravilhosos, mas a Bienal é mais do que livro, é feita desses encontros especiais. Que bom que se divertiu.
Bjos!!
Moonlight Books
@moonlightbooks
Hanna de Paiva
Concordo totalmente, Cida! =)