Olá meu povo, como estamos? Freida McFadden está com muitos livros chegando aqui no Brasil e um dos mais recentes foi ‘A Sete Chaves’, publicado pela Arqueiro.
Livro: A Sete Chaves
Autoria: Freida McFadden
Tradução: Fernanda Abreu
Narração: Alina Penteado
Editora: Arqueiro
Ano: 2025
Duração: 8h35min
País: Estados Unidos
Formato: Digital (Audiobook)
Nota: 4.5/5
Quando tinha 11 anos, Nora Nierling nem imaginava que, enquanto fazia os deveres de casa no quarto, seu pai matava mulheres no porão.
Até o dia em que ela encontrou a porta destrancada e resolveu descobrir por que o pai passava tanto tempo lá.
Décadas depois, Aaron Nierling está atrás das grades – onde vai ficar para sempre – e Nora é uma cirurgiã bem-sucedida, que leva uma vida tranquila mas solitária. Ninguém sabe que ela é filha de um famoso serial killer. E ela pretende continuar assim.
Um dia, porém, Nora fica sabendo que uma de suas pacientes foi assassinada. E o mais chocante: do mesmo modo único e terrível que o pai dela usava com suas vítimas.
Alguém sabe quem Nora é e quer que ela pague por esse crime. Só que ela não é uma assassina como o pai. A polícia não tem como culpá-la por nada.
Desde que não entre em seu porão.

Nora Nierling era uma criança peculiar. Vivia num lar tranquilo e tinha atenção dos pais. Sua mãe fazia de tudo para que a filha tivesse uma infância memorável, enquanto o pai não se importava tanto com a personalidade reclusa da garotinha.
Essa divisão de opiniões rendia algumas discussões do casal que eram presenciadas por Nora, mesmo que indiretamente. Enquanto tentava entender o que era o certo a se fazer, a menina era rendida pela curiosidade dentro de sua própria casa, em especial no porão.
Isso porque Aaron Nierling (o pai) tinha um passatempo inusitado, que rendeu a fabricação de uma oficina de móveis artesanais. Contudo, Nora se perguntava o porquê de nunca ver as criações que o pai dizia estar se dedicando tanto nos tempos livres em casa.
Eis que um dia ela descobre… E causa a ruptura de sua família de uma vez. Agora, anos depois, Nora faz de tudo para se separar do passado de filha de um serial killer.
Contudo, é complicado fazer isso quando pessoas ao seu redor estão sendo vítimas de crimes operados de modo semelhante ao que seu pai fazia anos atrás. Seria ele o responsável pelos novos assassinatos? Ou tudo não passa de uma obra de um imitador?
Fazia tempo que eu queria ler ‘A Sete Chaves’, mas nunca conseguia (por conta do preço lá nas alturas). Porém, descobri recentemente que minha assinatura do Amazon Music Unlimited me dá direito a ouvir um livro da Audible por mês. E fiquei feliz ao ver que diversos livros da Freida estavam no catálogo.
Escolhi um deles, pois nunca tinha ouvido um livro completo nesse formato e não sabia muito bem o que esperar. Então preferi ir por um que eu já conhecia a escrita da autora (e estava preparada para a farofa no final também, hehe).
A narrativa é em primeira pessoa, pelo ponto de vista de Nora. Como ela precisa nos contar tudo o que aconteceu, a história não é linear. Assim, temos uma visão da personagem quando criança, antes de saber o que seu pai fazia no porão, e já adulta, formada em medicina e tentando apagar seu passado da mente (ainda que sem sucesso).
Depois dos acontecimentos que levaram Aaron Nierling para a cadeia, sua filha foi criada pela avó, mudou de nome e conseguiu viver sua vida tranquilamente. Hoje é formada em medicina e trabalha como cirurgiã numa clínica renomada.
O emprego é cansativo, mas lhe dá uma vida estável. E ela ficaria em paz, não fossem umas coisas bizarras que passaram a acontecer nos últimos dias.
Eis que algumas de suas pacientes foram encontradas mortas em circunstâncias bem parecidas com o modus operandi de seu pai. Tudo apontava para ele, nos mínimos detalhes. Contudo, seria impossível que Aaron fizesse aquilo, já que o homem encontra-se preso e condenado a duas perpétuas.
Se não foi ele, quem teria sido? Um fã de true crime muito alucinado? Um imitador querendo fama? Será a própria Nora seguindo os genes de assassina em série?
Pelo menos é isso que se pergunta a polícia quando começa a investigar, colocando a médica contra a parede toda vez. Nora afirma que não sabia de nada, a não ser pelo que o detetive lhe conta, ou vê no jornal.
Contudo, ela mesma fica com medo de que seu pai, de alguma forma, esteja fazendo isso como uma forma de se comunicar com a filha, já que suas cartas nunca foram respondidas. A médica teme diversas coisas. E começa a investigar por conta própria o que teria acontecido, a fim de declarar sua inocência e limpar o nome da família.
Conforme ouvia os capítulos, ia juntando as peças e montando minhas teorias. A protagonista teve uma infância feliz até a página dois. Conhecendo os fatos por seu ponto de vista, somente, é possível perceber bem isso, além do medo constante que ela passava em casa, querendo saber o que diabos seu pai tanto fazia no porão.
Some-se a isso a relação tensa que ela percebia entre seus pais, mesmo que disfarçado de sorrisos e cafunés. Isso foi o suficiente para transformar Nora em uma moça ressabiada, com medo de relacionamentos de todos os tipos e se isolando cada vez mais do mundo.
E ser perseguida pela polícia não melhora sua visão de sociedade. Por mais que ela tente, seu passado volta cada vez mais forte para lhe assombrar e mostrar que ela não pode apagar algumas raízes.
Isso me fez questionar a própria Nora, que poderia muito bem ser a assassina e enganar o leitor (ou no caso, ouvinte). Assim, tive que prestar bastante atenção a todos os detalhes, especialmente conforme conhecia o elenco secundário que ia se apresentando aos poucos.
Devido ao formato, não foi uma experiência rápida como costuma ser com os livros físicos. Isso porque aproveitava para ouvir enquanto estava fazendo o cardio na academia e isso me limitava a dois capítulos por vez. Mesmo assim, foi uma atividade nova e que gostei, pois me senti como se estivesse em uma roda de contação de histórias.
Voltando à história, Freida McFadden soube conduzir bem a trama e me manteve imersa em diversos momentos. No entanto, algumas cenas que pareciam mais banais acabaram me dando sono conforme fui ouvindo. Não sei como me sentiria se estivesse lendo, mas nesse formato achei que deixou a história longa demais e logo me vi perdendo o interesse de ouvir. Por isso ele perdeu alguns pontos.
No entanto, quando voltou a focar no principal, fiquei logo atenta novamente e queria saber o final da fofoca. O que Freida conseguiu, cheia de surpresas, reviravoltas e farofas, como sempre.
Algumas coisas ficaram com pontas soltas no caminho e fiquei sem saber as respostas. Por mais que fossem eventos simples, acho que se a autora começou, ao menos poderia ter finalizado, para não deixar o gosto amargo que senti no desfecho.
Além disso, gostei da surpresa ao saber quem era o culpado. Achei bem parecido com alguns clássicos de mistério tradicional e me convenceram. Porém, a forma como foi feita deixou algumas coisas sem sentido e fiquei me perguntando o que eu tinha perdido no rolê.
De um modo geral, ‘ A Sete Chaves’ é um dos livros que mais gostei da Freida até o momento (ficando páreo a páreo com Brain Damage). É aquele livro perfeito para passar o tempo e curtir um final de semana tranquilo. Contudo, não espere grandes aprofundamentos em temas ou resoluções totalmente críveis.
Em relação ao formato de leitura, eu devo dizer que gostei bastante e é uma ótima opção para ouvir na academia. Além disso, diversos títulos disponíveis no catálogo são os que estão num valor salgado se comprar um ebook ou livro físico. Assim, é uma boa forma de ter acesso à história antes de decidir se vai valer o investimento ou não na comprar da mídia impressa.
Texto revisado por Emerson Silva
marla
Oi Hanna, tudo bem?
Ainda não li nada da autora, mas a proposta da trama parece ser interessante. Fiquei curiosa!!
*bye*
Marla
loucaporromances.blogspot.com
Hanna de Paiva
Que bom que gostou da proposta. =)
Moonlight Books
Oi Hanna! Quando quero saber mais dos livros da autora venho aqui. Gosto de ver sua opinião sobre as obras dela.
Bjos!!
Moonlight Books
@moonlightbooks
Hanna de Paiva
Oi Cida, que bom saber disso! ^^ Sempre que puder, trarei mais resenhas dela, =).
Helaina
Oi Hanna, ainda não li nada da autora e confesso que gostei muito da trama. Não sou muito fã de pontas soltas, mas consigo lidar com isso por conta da curiosidade para saber quem é o culpado que esse tipo de história tem. Ainda não ouvi nenhum audiobook, gosto de olhar as palavras, mas é uma experiência que gostaria de ter. Talvez comece com um livro mais curto.
Tenha uma boa semana!
Hanna de Paiva
Oi Helaina, quanto ao audiobook, acho que é uma experiência que todo mundo deveria ter ao menos uma vez, para saber como funciona. Quanto ao livro, eu recomendo sempre os livros da Freida, por serem mais rápidos de serem consumidos. Ainda mais que você gosta de mistério, que é o forte dela.