Olá meu povo, como estamos? O mês de janeiro rendeu bastante por aqui com leituras surpreendentes. Hoje eu trago minha opinião sobre ‘Nunca Minta’, um dos lançamentos da Freida McFadden e que alugou um verdadeiro triplex na minha cabeça.
Livro: Nunca Minta
Autoria: Freida McFadden
Tradução: Irinêo Baptista
Editora: Record
Ano: 2025
Páginas: 280
País: Estados Unidos
Formato: Digital
Nota: 4.5/5

Quando Tricia e Ethan foram visitar a casa dos seus sonhos, eles não esperavam que os mistérios envolvendo o desaparecimento da antiga proprietária se tornariam seu maior pesadelo. Quantas mentiras uma pessoa é capaz de manter sem ser assombrada por elas? De Freida McFadden, autora do best-seller A empregada, Nunca minta é um thriller sinistro que deixa uma coisa bem clara: toda verdade tem um preço.
Tricia e Ethan estão em busca da casa dos seus sonhos.
Recém-casados, eles vão visitar um casarão antigo no meio de uma floresta no estado de Nova York. No entanto, durante a viagem até a mansão que pertenceu à Dra. Adrienne Hale – uma renomada psiquiatra que desapareceu sem deixar vestígio três anos antes –, uma nevasca terrível começa a cair. Quando chegam ao destino, Tricia percebe de cara que há algo de errado; afinal, por que haveria uma luz acesa no segundo andar de uma casa vazia há tanto tempo?
A tempestade se intensifica, o BMW deles fica coberto pela neve, a corretora de imóveis não aparece, os celulares estão sem sinal, e de repente Tricia e Ethan se veem isolados da civilização. Ali, presos na casa, temores e segredos que nenhum dos dois teve coragem de compartilhar com o outro ameaçam vir à tona. Eles só não imaginavam que a casa também guardaria os próprios mistérios.
Em busca de um livro para se entreter, Tricia recorre às estantes abarrotadas e descobre por acaso um cômodo secreto, também repleto de estantes, mas, em vez de livros, o que encontra são fitas cassete: elas contêm gravações de cada consulta da Dra. Adrienne Hale. Tricia começa a ouvi-las uma a uma e acaba montando um quebra-cabeça aterrorizante, o que a distrai momentaneamente da sensação desconfortável de que não estão sozinhos.
Qual foi o destino da antiga proprietária da casa? Ela ainda está viva? Está escondida em algum lugar? Foi morta pelo namorado da época, como os jornais levaram a acreditar, ou assassinada por um de seus pacientes? E será que, ao pisar nessa casa, Tricia e Ethan correm o risco de protagonizar um novo capítulo dessa história nefasta?
Entrelaçando passado e presente em uma história repleta de mistérios, Nunca minta é um novo thriller envolvente de Freida McFadden capaz de surpreender os leitores a cada nova revelação.
Tricia e Ethan estão casados há seis meses e procuram uma casa para chamar de lar. Mesmo que dinheiro não pareça ser um problema para eles, está complicado encontrar um imóvel que atenda a todos os desejos do casal.
A oportunidade surge quando eles veem o anúncio de um casarão a um preço praticamente de graça. A única questão é: fica num local ermo e isolado, sem sinal de celular, ou mesmo de internet. O que pode ser muito bom, mas também muito ruim, dependendo do ponto de vista.
No entanto, não custa nada ir ver a casa, afinal, está no anúncio disponível para venda. Chegando no endereço, Tricia e Ethan percebem que não estão em uma casa qualquer: esta é a antiga residência da Dra. Adrienne Hale, uma psicanalista muito famosa, porém desaparecida há três anos, num caso sem solução.
Para completar, o casal fica preso na casa, por conta de uma terrível nevasca que os impede de sair com o carro. Enquanto esperam o resgate chegar, se é que vai chegar, pois não tem como chamar sem sinal. Eles acabam esbarrando em possíveis pistas do que teria acontecido com a psiquiatra.
Além disso, a aura da casa não é das melhores, já que acontecem certas coisas que dão a entender que eles não estão sozinhos. Será que a casa é assombrada? Ou existe algo ainda mais perigoso que fantasmas pelos corredores do casarão?
‘Nunca Minta’ foi um dos lançamentos da Freida aqui no Brasil, que já chegou com bastante hype na bagagem. Por ser um livro muito esperado, eu ia deixar a “poeira baixar” antes de me aventurar na leitura. Mas como era a escolhida para o mês de janeiro no Clube Lendo com Os Morcegos, acabei dando uma chance e não me arrependi.
A narrativa é em primeira pessoa e não linear. Assim, vemos os fatos do presente pelo ponto de vista da Tricia – tentando não surtar numa casa assombrada e coberta de poeira – , e três anos atrás, pelo ponto de vista da Dra. Adrienne Hale, antes de desaparecer.
Os capítulos curtos e a escrita fluida logo me conquistaram e eu me vi devorando a leitura em pouco tempo. Cada detalhe conta e é preciso ficar atento a qualquer informação. Depois que finalizei, inclusive, percebi que muitas pistas são dadas logo na cara do leitor, para juntar as peças por si só.
Isso dá um caráter de obviedade na trama que pode até dar uma leve decepção, como aconteceu comigo. Porém, eu continuei a leitura, por não acreditar que as coisas seriam tão simples assim. E ainda bem que mantive firme na leitura, pois precisava confirmar o que estava vendo.

“Acredito que qualquer ser humano é capaz de coisas terríveis se você forçá-lo o suficiente.”
Tricia é uma jovem que se casou há pouco tempo e ainda está em clima de lua de mel. No entanto, o fato de ter se casado com Ethan é bem estranho entre seus amigos.
Ao que parece, seria algo muito precoce e sem sentido, o que gera momentos de desconforto e ela prefere se isolar dos comentários indesejados. No início, eu confesso que concordei com ela.
Até porque, por mais que fossem amigos, a escolha final deveria ser dela e de mais ninguém. Logo, a opinião deles deveria ficar lá guardadinha num baú e só revelada quando solicitada.
Mas conforme vamos avançando nas páginas, comecei a compreender e dar razão aos amigos da Tricia. A protagonista é iludida e imatura demais, com síndrome de Princesa da Disney, que precisa ser constantemente salva pelo príncipe encantado.
Papel que Ethan cumpre muito bem, deixando as cenas deles tão melosas que escorre açúcar e me dava enjoo. Nada contra ser meloso no relacionamento, eu mesma sou assim de vez em quando e acho que qualquer casal deve ter um momento desse, por mais discreto que seja.
Entretanto, Tricia e Ethan ultrapassam todos os limites possíveis e eu queria saber o que iriam fazer se um deles sofresse combustão instantânea! O que também me deixou desconfiada e curiosa para entender melhor como um casal que se conheceu no tempo que Tricia revela, já estar tão entrosado assim e até casou com essa paixão toda.

O mesmo acontece com o cenário de três anos atrás, quando a Dra. Adrienne Hale ainda está na ativa e demonstra uma forma bem peculiar de lidar com seus pacientes. Não apenas no trabalho, mas também na vida pessoal, a psiquiatra é muito reclusa e parece ter uma ligação muito forte com a casa.
“Não acredito em fantasmas, mas se acreditasse, o fantasma dela estaria puto agora.”
O que talvez até explique porque ela ficou com uma aura tão sombria após o desaparecimento da antiga proprietária. A impressão que dá é que, a qualquer momento, o suspense vai virar um terror, com coisas inusitadas acontecendo o tempo inteiro, desafiando a sanidade do leitor.
Comecei a criar minhas teorias logo no início, quando aparecem algumas pistas do passado, que poderiam estar ligadas ao desaparecimento de Adrienne. A sensação de obviedade é latente durante boa parte do livro.
E, agora que terminei, eu confirmo que as respostas eram muito óbvias e diretas, mas eu ignorei totalmente e mirei em outra coisa. Quando o desfecho respondeu uma série de coisas, percebi o quanto eu tinha sido feita de trouxa, mesmo com todas as cartas na mão o tempo inteiro!
Eu fiquei de queixo caído, sem saber como lidar com as informações. Além disso, fiquei surpresa com muitas revelações, que me fizeram temer o quanto a mente humana pode ser complexa e capaz de coisas tão assustadoras.
Em resumo, ‘Nunca Minta’ traz um toque de genialidade da autora, mostrando que muitas vezes a vida é direta e reta, a gente que não percebe os pequenos detalhes e só segue o caminho sem olhar para os lados. E o resultado disso pode ser devastador.
“Eu saberei a verdade. Eu sempre sei. Nunca minta para mim.”

Falando sobre o livro em si, eu li em versão digital e posso afirmar que a edição está bem revisada e com uma fonte legível. A diagramação também está bem feita, com uma capa simples, porém objetiva, em tons de preto e vermelho que retratam bem a aura sombria que ela traz.
Eu só não dei a nota máxima para a leitura porque, mesmo que tenha me feito de trouxa e dado diversos tapas na minha cara com noções de realidade, tive a sensação de pontas soltas. Algumas coisas até mais simples ficaram sem resolução, o que fez toda a diferença no desfecho, pois o arco não foi tão bem fechado.
Contudo, ainda é uma boa leitura que recomendo, especialmente se você gosta de uma opção mais rápida para o final de semana ou deseja conhecer o gênero.
Agora me conta nos comentários: Já leu esse livro, ou algum outro da autora?
Texto revisado por Emerson Silva.
Andréa
Menina, eu gostei muito mesmo dessa narrativa também, mas não fiquei com essa impressão melosa entre a Tricia e o Ethan, só achava ele muito paternalista e condescendente com ela e ficava enojada por causa disso, cara chato! kkkkkkkkk Também fiquei com essa impressão de pontas soltas, afinal, a Dra dá um mole muito grande sendo ela uma “psiquiatra tão incrível”… Enfim, quero muito conhecer outras obras dessa autora incrível! =D
Hanna de Paiva
Pois é, menina. Fiquei me perguntando como que uma psiquiatra tão inteligente fez aquilo. Mas ainda assim, vale a leitura, hehe.
moonlightbooks
Oi Hanna! Ainda não li nenhum livro da autora, quero conhecer, mas não nego que fico com receio de ter expectativas demais por causa do hype e não serem superadas.
Bjos!!
Moonlight Books