Olá meu povo, como estamos? Hoje eu trago a resenha de uma de minhas leituras mais recentes e também a mais fora da caixinha com a qual tive contato em 2025: ‘Prosérpina’, uma romantasia nacional escrita por Anna Martino.
Livro: Prosérpina
Autoria: Anna Martino
Editora: Noveletter
Ano: 2023
Páginas: 190
País: Brasil
Formato: Digital (disponível no catálogo do Kindle Unlimited até o momento)
Nota: 4.5/5

Theo Janssen, colorista e herdeiro inesperado de uma das melhores ― ainda que poucas ― lojas de tintas da Inglaterra, estava certo de que não estava destinado à felicidade. Resignado com a própria solidão, acreditava que sua vida seria pincelada apenas em tons azuis.
Mas quando Pasha, um de seus amigos mais antigos, entra em seu escritório com um enorme pacote embrulhado em papel pardo e jornal velho, pedindo para que Theo investigue se há algo de mágico em uma pintura, o colorista não poderia imaginar que seus dias monocromáticos acabariam mais rápido do que pensava.
Retratada como uma mulher em trajes dourados, segurando uma romã rachada ao meio, Prosérpina era um quadro tão belo quanto misterioso. Suas cores vivas pareciam saltar da tela, atiçando o interesse imediato de Theo. Apesar da relutância ― afinal, ele era especialista em tintas, não em magia ― aceita ajudar seu amigo, cativado pela pintura.
No entanto, há mais nessa história do que parece: após um misterioso desaparecimento, Theo se vê metido em uma confusão que pode colocar em risco o furacão de cores que transformou sua vida. Agora, ele precisa desvendar segredos do passado e encarar seus reais sentimentos se quiser salvar a única coisa que fez sentido em anos.
Theo Jansen é o mestre colorista que caiu nas graças do público por conta de seu talento ao conseguir as cores mais bonitas para os quadros. Não apenas isso, ele parece ter um dom sem igual para identificar a origem de certas tintas.
E é exatamente por conta dessa capacidade que o rapaz foi contratado para analisar meticulosamente uma pintura de 40 anos atrás, intitulada “Prosérpina”. A obra pertence ao lorde de Farrington, que busca saber mais sobre as particularidades que a originaram.
No início, Theo aceita, achando que se trata apenas de identificar se a obra seria original ou uma cópia. Mas conforme conversa com seu parceiro de negócios, Pasha, percebe que precisa procurar bem mais do que apenas cores e traços copiados.
Existe uma lenda sobre a tela, que apenas olhos muito atentos (e até dignos) serão capazes de identificar. Mas será que o colorista está disposto a descobrir o mistério que deixa tanta gente curiosa?
“De um ser amaldiçoado para outro… às vezes, dizer a verdade dá certo.”
‘Prosérpina’ é uma obra de romantasia nacional e disponível no Kindle Unlimited. Mas ela jamais passaria do meu radar, se não fosse um convite da Assessoria Lavanda. Infelizmente eu não pude participar da reunião de debate, por conta de uma falta de luz na data marcada (em pleno verão do Rio de Janeiro, isso era tudo o que eu precisava, sqn).
Logo que vi a premissa, já imaginava que se tratava de uma história fora da caixinha, e não estava enganada. A narrativa é em terceira pessoa e vemos os fatos por um ângulo mais geral.
Além disso, a história é curtinha, logo não se pode esperar grandes explicações. No entanto, foi uma experiência bem interessante.
Theo Jansen é um rapaz que ninguém descobriria o seu ofício numa primeira impressão. Ele é forte, truculento e seu jeito mais bruto lhe diriam que é qualquer coisa, menos um colorista. Mas o jovem sabe ter delicadeza e atenção quando necessário, fazendo de seu trabalho um dos mais procurados pela cidade.
Por conta da fama que atravessa fronteiras, é comum ter como clientes pessoas de posses, como Lorde Farrington, que lhe oferece uma missão bem diferente: identificar a origem das tintas em um quadro antigo.

A princípio Theo aceita. Afinal, um trabalho para averiguar se era uma cópia seria bem simples de se fazer. Mas quando Farrington especifica que precisa identificar na verdade traços de magia na obra, o trabalho fica ainda mais curioso.
“Prosérpina, afinal também era Perséfone: a delicadeza das flores também era a dureza da terra que ocultava os mortos que faziam as flores brotarem.”
Conforme os dias passam, o colorista se debruça e tenta entender cada detalhe da tela. A obra é o retrato de uma mulher, ou melhor, uma deusa. Prosérpina, também conhecida como Perséfone, é conhecida por ser a esposa de Hades e rainha do submundo.
O quadro a tem como uma pessoa da Idade Média, com um vestido cheio de brocados, cabelos ornamentados com pérolas e segurando uma romã. No entanto, algo chama atenção, pois não seria comum uma deusa (e também rainha) ter dedos calejados, como se fosse uma trabalhadora pobre.
Contudo, esse é o menor dos detalhes quando Theo percebe que a obra de fato tem magia, capaz de balançar tudo o que se pudesse imaginar sobre o mundo real.
Os capítulos são curtos e a escrita é fluida. Além disso, as poucas páginas não dão tanto espaço para enrolações. Logo, a leitura se torna mais dinâmica e os atos acontecem bem rápido.
Theo também é um protagonista que cativa logo no começo, assim como a própria Prosérpina, que passa a aprontar todas desde que se viu em liberdade do cativeiro. Aos poucos, vamos entendendo mais sobre sua origem, bem como o motivo de ter ido parar na casa do lorde Farrington, que parece ter um interesse muito grande em saber da lenda.
Os personagens secundários também são cativantes, especialmente Samir (humano e escudeiro fiel de Theo), Pasha (filhote de fada e sócio de Theo) e Gwen (curandeira humana e esposa de Pasha). Embora tenham origens bem distintas, é legal ver como eles desenvolvem laços de família tão naturalmente.
“Esse mundo aqui do lado de fora da tela bem que precisaria de uns remendos, uns ajustes, essas coisas todas.”
Gostei muito da atuação, em especial de Pasha. Por mais que tente se passar por humano meio russo, nunca consegue disfarçar, por conta de seus olhos mudando de cor o tempo todo e seu jeito peculiar de aparecer de modo furtivo pelos cantos.

Por usa vez, Gwen dá um show de sororidade e compaixão diante dos acontecimentos. A moça sabe bem o que é passar por situações de preconceito e exclusão. Logo acolhe Prosérpina com todo respeito e carinho, mostrando que é possível mulheres serem muito amigas e não rivais.
Mas Samir foi quem ganhou todo o meu coração. O segurança brutamontes pode meter medo nos concorrentes de Theo, mas a realidade é bem diferente quando estão entre amigos. O anglo egípcio tem um coração gigante e sempre ajuda a todos com seu jeito inocente e puro de ver o mundo.
Torcia para que todos tivessem seu final feliz e fiquei muito contente em ver como as coisas foram se desenrolando. A autora respondeu muitas perguntas que ficaram ao longo da trama, dando um gostinho de leitura finalizada. Mas confesso que senti falta de alguns pontas melhor amarradas, o que dariam um gostinho ainda melhor na trama.

Falando sobre o livro em si, eu li a versão digital e posso afirmar que adorei a diagramação e revisão: ambas estão perfeitas. E a capa, por sua vez, é literalmente uma obra de arte, com destaque para Prosérpina e Theo, já mostrando mais ou menos o que o leitor vai encontrar.
Ainda assim, é uma leitura que gostei muito e recomendo. Em especial se estiver procurando uma opção para sair da ressaca literária.
Texto revisado por Emerson Silva.
MArla
Oi Hanna, tudo bem?
Não conhecia o livro, mas a trama parece ser cativante. Que bom que gostou da leitura!!
*bye*
Marla
https://loucaporromances.blogspot.com
Hanna de Paiva
Ele foi uma experiências muito fora da caixa para mim. Recomendo!
Samuel
Acabei de ler essa matéria e achei interessante e resolvi compartilhar no facebook. storysaver | insta story
Hanna de Paiva
Opa, que bom que gostou =)