A Estante Aumentou | Tudo que eu trouxe da Bienal do Livro 2025

Olá meu povo, como estamos? A Bienal do Livro ainda está rolando no Riocentro (até o dia 22/06/2025), mas os três dias que participei renderam grandes aquisições para a estante.

Tentei ser bastante comedida dessa vez, e até consegui, pois comprei poucos livros. No entanto, a quantidade de autores que tive o prazer de conhecer foi tão grande, que se refletiu nos recebidos e mimos, hehe. Hoje eu trago todos os livros que chegaram por aqui (e que logo serão lidos).

Começando pelos recebidos em parceria com a Assessoria Lavanda, conheci diversos autores dos mais variados gêneros. E o resultado foram essas aquisições (autografadas, que eu nem gostei, hehe. Aliás, confira aqui algumas entrevistas feitas nos dias do evento):

Kaito – Bruno Crispim

O que é mais forte?
A vontade de sobreviver em um mundo pós-apocalíptico ou a de salvar a garota que você ama?

Kaito é enviado para morar com a avó em Tóquio. Filho de um japonês e de uma sul-africana, ele nunca achou o seu lugar no mundo e divide seu tempo entre games e a paixão por sua melhor amiga, Clara.

No Japão, ele reencontra a prima Aika, que não via há três anos. Para sua surpresa, um afeto proibido brota entre os dois. Mas as suas angústias com relação a esse triângulo amoroso são interrompidas quando o Apocalipse eclode. Cem bilhões de mortos voltam à vida, ghouls famintos por carne humana. Kaito também morre. E renasce.

Na nova vida, ao matar alguém, fica-se mais forte. Matar é a nova forma de conquistar poder. Não morrer é como mantê-lo. É a gamificação do final dos tempos ― e disso Kaito entende bem.

Tentando fugir da matança generalizada, o jovem recebe uma mensagem de Clara, que está em perigo. Kaito precisa ficar forte, e rápido, para arranjar um modo de voltar ao Brasil. Aika decide ajudar. Mas, antes, Kaito tem que entender os seus sentimentos pela prima.

Ascenção – Bruno Crispim

Miguel é um médium desacreditado, prestes a ser despejado. Quando não espera por mais nada da vida, recebe uma missão: guiar o espírito de Darla Abranches, uma adolescente suicida, em sua Ascenção.

Ele não quer aceitar. Não está a fim de ajudar ninguém. Nem vivo, nem morto. Só que é sempre fácil arrancar uns trocados da família de defunto. Com sorte, em uma tarde, consegue descolar dinheiro para inteirar o aluguel.

Mas nada é simples na sua vida. Darla, além de uma criatura mimada e teimosa, não se lembra do seu último dia. Ela não vai embora até provar que não se matou. Enquanto isso, está decidida a atormentar a vida do guia até o seu último dia sobre a terra.

Miguel, gostando ou não dessa investigação sem sentido, vai ajudar. E, no florescimento de uma amizade improvável, eles se jogam de cabeça na remota possibilidade de uma morte acidental.

Mas, queiram os dois ou não, o prazo está correndo. Darla tem apenas cinco dias para ascender. Ou ficará presa para sempre no Umbral.

Inimputável – Cirs Vaccarezza

Essa história fala de escolhas. Conto-a na íntegra, como aconteceu. Como a conheço. Sem mais, sem menos. Estou aberto a julgamentos, mas não mais disponível para condenações. Rodrigo se aproximou da entrada da velha cela e deslizou o ferrolho externo, abrindo a pequena janela na grade enferrujada. O bafo quente e úmido do lugar atingiu seu rosto, carregando um odor pesado. Lá dentro, um homem estava encolhido no canto escuro, imóvel, como se dormisse, embora o relógio de Rodrigo marcasse meio-dia. Quando a réstia de luz invadiu a cela, ele não reagiu. Permanecia estático, alheio ao mundo ao seu redor. Curioso com a apatia do paciente, Rodrigo voltou-se para seu acompanhante na visita daquela manhã: ― E nesse quarto, quem está?

Fortunato Poeira – Ana Martino

Fortunato Poeira , o protagonista ausente deste romance, é um “trecheiro” – um homem que vive entre a Terra e a comunidade Bertha Lutz, em uma lua agrícola, fazendo trabalhos braçais para sobreviver. Quando ele morre, seu amigo Antônio, fazendeiro em Bertha Lutz, encarrega-se de preparar seu funeral. O problema é que a burocracia não permite que a cremação aconteça antes que os familiares do falecido sejam avisados. E é quando Antônio, o narrador, e seus colegas se põem a buscar esses familiares que o verdadeiro drama da vida de Fortunato se desenha – e começa uma árida disputa não só pelo funeral, mas pela memória e narrativa da vida do trecheiro.

A estreia de  Anna Martino  na Cachalote é uma dessas obras sempre bem-vindas que escapam das amarras do gênero. O universo da ficção científica é apenas o pano de fundo de uma história que vai muito além da descrição de utopias, distopias e afins. É mais um dado da realidade da narrativa. E como toda boa obra do gênero, fala mais sobre a experiência humana do que sobre traquitanas tecnológicas. Mais do que um livro sobre um futuro imaginário, Fortunato Poeira é um romance sobre um futuro possível que carrega as angústias e os anseios do presente. E, acima de tudo, uma boa história contada em um texto ágil, esperto e bem-humorado.

Sangue Raro – Lucas Santana

“Comecei a sentir a coisa estranha dentro de mim mais ou menos quando eu tinha dezesseis anos. Não sabia explicar o que era, faltavam palavras para entender e nomear, mas era algo que fervia, espalhando-se por debaixo da pele, pelos músculos, dentro dos ossos. Era feito leite derramado no cuscuz, buscando caminho entre os flocos, encharcando tudo, o gosto se alastrando por toda parte. Eram gavinhas, que se alinhavam entre os vasos sanguíneos. Borbulhava, pinicava, expandia. Parecia ruim, perigoso. Não falei para ninguém, tive medo. Naqueles dias, a gente tinha medo de tudo.”

Caetano é morador do Morro da Conceição, Recife, e um “sangue-raro”: uma pessoa com características únicas e especiais cujo sangue pode ser utilizado em rituais mágicos. O sangue dele tem a propriedade de localizar pessoas. Durante uma ditadura militar para “limpar” o país dos bruxos e dos sangues-raros, Caetano é encontrado depois de tentar fugir com seu único amigo, Paulinho, e sequestrado pelo governo.
O regime o transforma numa ferramenta para buscar inimigos políticos.

Após dez anos preso, ele finalmente consegue escapar, e terá de lidar com um mundo devastado pelo ódio e pela feitiçaria. O exército tomou conta do país e, depois de se munir de tudo o que precisava, largou a população à deriva. As cidades foram tomadas pelas águas, com a vegetação e a poluição destruindo tudo pelo caminho. Jorge, um bruxo assassino, deseja utilizar o sangue de Caetano para encontrar a filha perdida, uma sangue-raro poderosa que também foi capturada.

Agora, em liberdade e aliado a esse bruxo, Caetano precisa decidir o que fazer: se torturar pelas atrocidades cometidas com o seu sangue, ou se tornar o monstro que dizem que ele é e ir atrás das pessoas que fizeram esse caos.

A editora Record também fez uma ação maravilhosa, na qual os parceiros foram contemplados com livros de nossa escolha. E entre as opções, trouxe esses aqui:

Expresso Fantasma – Tiago Valente

A icônica cafeteria temática de filmes de terror que viralizou em São Paulo aguarda por você. Aqui você vai encontrar uma seleção de cafés quentinhos com aroma de canela, fornadas fresquinhas dos famosos biscoitos fantasmas e sobremesas inspiradas nos clássicos arrepiantes que marcaram época.

Mas o que torna a cafeteria especial mesmo é a história de amor de Renan e Gustavo. Foi aqui, enquanto Renan bolava os doces mais criativos da cidade e Gustavo fazia cada cliente se sentir em casa, que os sentimentos entre o confeiteiro e o atendente chegaram no ponto ideal. E o namoro que começou tímido virou um post com milhares de curtidas e compartilhamentos. Afinal, como não shippar esses dois?

O hype fez com que casais queer da cidade inteira adotassem o Espresso Fantasma como quartel-general, parte da clientela virasse amiga dos dois, e as tardes de trabalho se tornassem mais leves do que a massa do Caixão Brownie do Drácula.

No entanto, o clima azeda quando alguns clientes e frequentadores começam a ser dados como desaparecidos. Estaria alguém caçando os frequentadores do café? Por quê? Frustrados, Renan e Gustavo decidem investigar por conta própria, mas o perigo pode estar mais perto do que eles imaginam.

Nossa Grande Chance – Felipe Cabral

Patrick acaba de receber a pior notícia dos últimos tempos: a série da qual é roteirista foi cancelada por ser considerada “ousada demais” (leia-se: viada demais). Prestes a fazer quarenta anos, em uma crise pessoal e profissional, ele se vê perdido — e sem grana para o aluguel.

Descontando a frustração em encontros casuais, Patrick conhece Junior, de vinte e três anos, com quem passa uma noite que começa incrível, mas termina de forma um tanto quanto constrangedora.

Até que, num raro lance de sorte, Patrick se vê diante da oportunidade de entrar em cartaz com a adaptação musical de Os meninos de Icaraí, seu livro de sucesso. Animado por fazer algo em que realmente acredita e torcendo por uma reviravolta em sua carreira, Patrick se joga na montagem do musical e decide investir tudo o que tem — em termos financeiros e emocionais — nessa grande chance.

O que ele não esperava era que, abertas as audições para sua peça, o ator selecionado para o papel de um dos protagonistas seria ninguém menos que Junior.

Talvez as dores de um millennial frustrado possam ser curadas com uma boa dose de música, dança e geração Z…

Como comentei, minhas compras foram bem comedidas esse ano. Então eu passei apenas em dois estandes com intuito de comprar, pois achei boas ofertas:

Além disso, consegui pegar alguns brindes em estandes específicos, como o da própria Ciranda Cultural, que dava um livro para quem estivesse com crachá de autora, como eu. E o livro que ganhei foi:

A Queda da Casa de Usher – Edgar Allan Poe

Roderick e sua irmã gêmea, Madeline, são os únicos herdeiros da tradicional e misteriosa família Usher. Ao chegar na casa, o narrador se surpreende com o ambiente assustador onde seu amigo vive. A famosa Casa de Usher parece estar envolvida por uma atmosfera opressiva, que causa calafrios em seu visitante.

A Esposa Silenciosa – Karin Slaughter

(R$20,00 na Harper Collins)

Uma jovem é brutalmente assassinada na Geórgia. Um detento da penitenciária estadual, que foi testemunha de um homicídio ocorrido dentro da prisão, reconhece o modus operandi da morte da mulher: é idêntico ao do crime queo condenou oito anos antes, do qual sempre se declarou inocente. Isso coloca em xeque sua sentença e fornece uma nova evidência de que o verdadeiro assassino pode estar à solta. Ao investigar os crimes, Will Trent compreende que precisa solucionar a morte da jovem para chegar à verdade. Mas, quando o passado e o presente começam a colidir, ele percebe que tudo que ama pode estar em risco…

E na Principis tinha umas edições especiais de clássicos em forma de quadrinhos, pela bagatela de R$15,00. Os que eu trouxe foram esses:

Como podem ver, tenho livros novos até a próxima Bienal, hehe. Agora me conta: qual desses mais te chamou atenção, e qual dos suspenses você gostaria de ver resenha primeiro por aqui?